Juliette Freire, é uma famosa professora de dança, dona da freire dancing, um estúdio de dança, conta com a ajuda de uma equipe bem capacitada que também são seus amigos, e devido ter crescido tanto na sua área profissional ela já não necessita atua...
Eram 7h da manhã quando o despertador de Sarah tocou. Meio atordoada, desativou o alarme com um toque arrastado. Levantou-se devagar, tentando ignorar o turbilhão que ainda girava dentro dela. Lucas continuava dormindo, e ela optou por não acordá-lo. Caminhou até o banheiro, onde a água quente do banho serviu mais como refúgio do que como renovação.
Enquanto cuidava da higiene matinal, sua mente revisitava insistentemente a cena da noite anterior — o quase beijo. Quase. Quase demais.
Saiu do banheiro envolta no roupão. Lucas já estava acordado, espreguiçando-se. Veio ao seu encontro e lhe deu um beijo rápido, ainda com voz de sono:
— Bom dia, meu amor. Nem me chamou...
— Bom dia. Eu não quis te acordar. — respondeu, seca, sem conseguir disfarçar o incômodo que ainda habitava dentro dela.
Ela se dirigiu ao closet, em silêncio. Secou os cabelos, fez uma maquiagem leve, o suficiente para manter a aparência — porque por dentro, era só bagunça.
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(Como sarah, estava vestida. O visual minimalista refletia sua tentativa de equilíbrio.)
Sem esperar por Lucas, desceu para preparar o café. Queria espaço, mesmo que fosse só por alguns minutos.
Quando ele desceu, ela já estava à mesa, tomando o café em silêncio. Sentou-se ao lado dela. Comeram sem dizer uma palavra, até que ele não aguentou mais o peso do silêncio.
— Poxa, você vai ficar assim? Eu já te pedi desculpa! O que você quer mais? — perguntou, a frustração escorrendo na voz.
Sarah o olhou com calma, mas não disse nada. Porque naquele momento, tudo o que ela dissesse viria com mais dor do que resposta.
— Você vai continuar fingindo que eu não tô aqui? — insistiu, impaciente.
Mas o que Lucas não sabia... é que o que deixava Sarah distante não era apenas o erro da noite anterior. Era tudo. Era o acúmulo. O vazio. Era a dúvida que crescia a cada manhã em que ela acordava ao lado dele... e ainda assim, se sentia sozinha.
— Não. Só não estou me sentindo muito bem. Não é nada com você!— mentiu.
Já estava cansada demais de repetir as mesmas cobranças. Fingir, às vezes, era menos doloroso que lutar.
— O que você tem? Quer ir ao hospital? — perguntou, num tom preocupado, tentando se reaproximar.
— Não. É só um mal-estar... daqui a pouco passa. Vamos? — respondeu, já se levantando da mesa.
— Vamos. Te deixo na agência e mais tarde te pego pra gente almoçar?
Ela apenas assentiu com a cabeça, sem prometer presença.