cuidando parte II

634 77 5
                                    

POV: Juliette

Eu estava completamente sem chão, estava doendo em mim também vê ela tão frágil e indefesa, tudo que eu queria era protegê-la e cuidar dela! Quando percebi o que tinha acontecido, mesmo sem saber ao certo, meu sangue ferveu... E tudo que eu queria era ir atrás daquele ibecil e fazer ele pagar por tudo isso. Meu coração tá tão pequenininho. Estava tentando a todo custo segurar as lágrimas, o que ela menos precisa era de alguém frágil ao lado dela nesse momento, eu só queria ser seu apoio, ela queria a minha presença, não sei ao certo porque mas, fiquei "feliz" por isso. Quando enxerguei aquele machucado na sua costela durante o banho, não aguentei e uma lágrima escapou! Foi quando ela intensificou o choro, e eu me esforcei para ser forte! Tomamos banho, sim. Tomamos porque meu roupão ficou totalmente insopado, eu não quis tirá-lo estava sem roupa por baixo, eu tive medo dela achar que eu estava sei lá, invadindo seu espaço e sendo incoveniente, eu jamais faria isso. Embora eu sinta um turbilhão de sentimentos quando ela está comigo, eu jamais me aproveitaria de uma situação como essa! Enfim... Terminamos levei ela para o closet, peguei uma roupa para ela e uma para mim, deixei ela se trocando e fui para o banheiro!

Terminei de me vestir, pedi uma pizza pra gente... Quando terminei voltei ao closet bati na porta.

-Sarah... Tá tudo bem? Perguntei preocupada atrás da porta, mas não obtive resposta.

-Sarah... Posso entrar? E nada!

Quando entrei ela estava sentada em frente a penteadeira, com a cabeça apoiada nos braços, seu choro era silencioso, o que fez meu coração apertar mais ainda... Então me aproximei de vagar, toquei seu rosto secando as lágrimas!
Ela levantou a cabeça e olhou para mim.

-sshhhi.... Não chora mais! Vai ficar tudo bem!

Peguei a toalha sequei o cabelo dela, peguei uma escova, pentêei.

-Ponto... falei colocando a escova em Sima da penteadeira lhe estirando a mão. Vem comigo?

Ela levantou e a levei até a cama! Deitei e puxei ela para os meus braços, ela deitou a cabeça no meu peito enquanto eu fazia carinho nos seus cabelos. E e comecei cantarolar, uma música que amo, e não sei porque achei que era perfeita para esse momento, não sou nenhuma cantora, mas... Amo a música, amo a forma como ela fala comigo e gosto de passar isso para as pessoas, principalmente os meus. Quem me conhece sabe!

-Eu já comprei passagem só de ida daqui
Porque se a de volta eu tiver
Eu sei que eu nem vou
Eu sou gaivota que esqueceu como voar
Peixe de rio que já se perdeu no mar
Do seu olhar

Mas se você chorar, benzin, não dá
Coração não vai guentar
Te dou colo pra deitar
Mas se você me pede pra ficar
Não vou mais me segurar
Nunca mais vou te soltar

Eu já comprei passagem só de ida daqui
Porque se a de volta еu tiver
Eu sei que еu nem vou
Eu sou gaivota que esqueceu como voar
Peixe de rio que já se perdeu no mar
Do seu olhar

Mas se você chorar, benzin, não dá
Coração não vai guentar
Te dou colo pra deitar
Mas se você me pede pra ficar
Não vou mais me segurar
Nunca mais vou te soltar

Mas se você chorar, benzin, não dá
Coração não vai guentar
Te dou colo pra deitar....

Essa música expressava exatamente o que eu estava sentindo, tudo que eu queria era ser o colo dela!

Até que percebi a respiração dela leve, estava dormindo.... Quando o entregador chegou, que me ligaram da portaria do prédio avisando, me esforcei para sair de vagar para não acorda-la, quando eu ia conseguindo ela me puxou mais para si.... Então passei a mão nos seus cabelos.

-Ta tudo bem linda, eu só vou descer e pegar a comida que eu pedi... Vou voltar rapidinho, me espera aqui? Falei e deixei um beijo na sua testa.

Ela me soltou e eu consegui descer, vê ela tão vulnerável, com medo e insegura estava acabando comigo. Eu sabia exatamente o que era esse sentimento. E me doía muito.
Voltei rápido, ela ainda estava deitada! Mas, acordada, coloquei a pizza na mesa e me aproximei.

-vamos comer? Pedi pizza, você deve está com fome! Perguntei ela então me olhou e falou depois de muito tempo.

-Não, obrigada! Eu estou mesmo sem fome! Respondeu em voz baixa!

-Mas, você vai comer visse? Porque eu não gosto de comer sozinha! Falei brincando, e ela sorrio fraco, aquilo aqueceu meu coração.
Sorri dei a mão para ela, pareceu pensar um pouco antes de pegar, até que aceitou levando da cama!

Fomos em direção a mesa, como tinha apenas uma cadeira ela sentou, e eu sentei na ponta da mesa de frente para ela!
Começamos a comer em silêncio, até que ela falou!

-Porque tá fazendo isso por mim?
Eu a olhei surpresa, de tantas coisas que ela poderia falar, escolheu logo uma pergunta que não faço ideia de como responder? Pensei um pouco para responder.

-Eu não sei porque ou como dizer! Mas, eu me importo com você... E te vê assim, dói aqui. Peguei a mão da e levei ao meu coração que já estava acelerado.
Ela me olhou com os olhos marejados.

-Obrigada! Ninguém nunca cuidou de mim assim, sem pedir algo em troca! Respondeu com a voz embargada.
-Eu achei que você me odiasse! Falou com o semblante triste, baixando a cabeça.
Então eu levantei seu queixo para me encarar!

-Ei... Não, olha... Eu posso não entender o que eu sinto, mas... Eu tenho certeza, que o menos sinto por você é odeio!
Falei sem pensar, as palavras pareceram saltar da minha boca! Ela me olhou de uma forma intensa, imediatamente suas orbes verdes, se tornaram mais escuros, por causa da pupila dilata, e por a primeira vez desde que ela chegou aqui, eu consegui vê brilho nos seus olhos, e um sorriso tímido nos seus lábios. Ela então, levantou ficando entre minhas pernas, eu ainda estava sentada da mesa. tocou também o meu rosto, eu comecei sentir minha respiração ficar pesada! Ela foi se aproximando até eu sentir sua respiração quente de encontro a minha!

-Eu posso? Ela perguntou olhando nos meus olhos, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, e logo desviou para os meus lábios, eu não consegui responder com palavras, apenas puxei ela pela sintura e colei nossos corpos e lábios, em um selinho longo, ela levou uma das mãos a minha nuca e logo ela pediu passagem para a língua e eu sedi! Não sei o que aconteceu comigo, mas... Naquele beijo que experimentei de todas as sensações que eu poderia experimentar! Não era só um beijo, não era urgente, não era apenas desejo, era mais que isso. E confesso tenho medo de tudo isso.

****
Me perdoem a demora! Não consegui ontem, e o de hoje tá menor, estou um pouco corrida, mas prometo que amanhã tem mais. Espero que gostem.

Eu era apenas euOnde histórias criam vida. Descubra agora