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AURORA POV.
Conseguiu fazer eu ficar mais puto ainda, Aurora. — Filipe parou na minha frente, cruzando os braços e aquilo me chamou atenção. Ele ficava todo grandão assim, os ombros mais largos e o peitoral em destaque. Que delícia. — Aurora?

— Oi, Lipe. — respondi devagar e ele estava com o olhar no meu, o maxilar travado e eu estava resistindo muito a vontade de dar um beijinho nesse rosto e no bico que se formava na sua boca conforme ele ia se estressando mais ainda. — Vamos embora já?

— Não sei, você quer continuar esse joguinho e escolher com quem você vai pra casa? — ele respondeu grosso e eu broxei na mesma hora.

— Ai T-re, que saco cara! Pra que isso? — me levantei de uma vez da poltrona e ele chegou ainda mais pra frente, quase colando o corpo no meu.

— O que você quer? Ah? Eu vi vocês dois aqui no canto e entendi muito bem o que ele falou. — ele estava tão mais rouco que o normal, era consequência dos três shows de hoje e se agravou mais ainda por ele estava com raiva.

— Entendeu é? — lambi meu lábio inferior e ele desviou o olhar rapidinho para ali. — Posso aceitar então e a gente fechar o ménage?

— Você é muito otária, Aurora. — ele não aguentou e acabou dando um sorrisinho, relaxou o corpo e eu fui com tudo, abraçando ele como dava, mas parei as mãos em suas costas. — Que foi?

— Para de graça cara, vai todo mundo perceber esse teu ciúmes aí, tá? Coisa feia, tendo crise em pleno camarim...

— Tô pouco me fodendo sobre o que vão pensar, Aurora.

— Para de ficar me chamando assim, Lipe. Vou chorar, tá? Você tá muito bravinho, não gosto. — fiz graça e me estiquei, deixando um beijo no queixo dele e depois outro em cima do maxilar, no lado esquerdo.

— Qual teu nome? — ele já estava se rendendo, já tinha uma mão presa no meu quadril e a outra passou no meu rosto, tirando um pouco do meu cabelo que tinha vindo para frente.

Minha preta... — respondi mencionando como ele me chama e ele acabou rindo. — Mas quero saber de outra coisa.

— Diz, minha preta.

Olha lá, tá vendo? muito fácil dobrar esse homem!

— Você ainda tem que fazer o que, antes de me deixar responder aquela pergunta lá? — mordi meu sorriso e ele desceu o olhar no meu decote. — Seria mais gostoso ainda, se você esvaziasse esse camarim só pra gente.

— Você quer?

— Uhum... — respondi com manhã e ele desceu o olhar na minha boca, ficou olhando por alguns segundos, subiu nos meus olhos e voltou pra minha boca de novo. — Dá beijinho, amor.

— Se eu te beijar aqui, depois de você falar que quer transar dentro do camarim... Aurora, eu vou te foder tanto e todo mundo vai ver.

— Delícia, assim eu gozo ainda mais rápido. Pura adrenalina. — provoquei e ele subiu uma mão no meu pescoço, apertando devagar e eu revirei os olhos.

— Safada do caralho!  — eu assenti sorrindo e ele sacudiu meu rosto, me soltou indo atender o restante dos fãs e começou a fumar. Eu consegui deixar ele ansioso e estava achando graça nisso.

Observava o Filipe se dividir entre fumar e atender alguns poucos fãs que restavam, ele tirava as fotos, conversava, dava uns meios sorrisos e eu me amolecia toda.

Quando faltava uma última dupla de meninas que deveriam ter entre 15 a 17 anos no máximo, eu me aproximei da bancada que continha algumas coisas dele como o celular, carteira, chave do carro e afins. Fiquei encostada ali e bebi do copo de whisky que eu vi ele deixando ali uns minutos antes.

Eterno Depois do Fim - FILIPE RET Onde histórias criam vida. Descubra agora