31

2.9K 239 78
                                    

mês de abril - três meses em Minas.

AURORA POV.
Nessas últimas semanas eu já trabalhei tanto e tive um retorno tão bom que acabei fechando com duas lojas daqui, mas nada de contrato longo, só ganharia conforme trabalhasse pra eles e só nesses por fora eu já juntei mais um dinheiro na conta.

No início do mês encontrei com o Lennon em um show que ele fez por aqui, Geizon passou passou pela cidade também e participou. Me apresentaram ao Chris quem eu já conhecia pelas músicas mas agora estávamos bem próximos, chegamos já até a sair algumas vezes por aqui, ele me levou pra conhecer algumas coisas em Belo Horizonte e uns pontos que ele me contou que eram bem importantes na história da cidade.

No último fim de semana ele me levou em Tiradentes, me contou a história do lugar e eu fiquei encantada, por lá tinha umas feirinhas de artesanato e ruas de paralelepípedo e sério?! O que é aquelas casinhas coloniais? Eu fiquei louca, quase quis morar por lá mesmo, se pudesse.

Hoje ele iria me levar em uma padaria aqui do centro de Minas que ele me afirmou com todas as letras que era o melhor lugar do mundo pra comer pão de queijo e café.

Não ia negar nunca!! Eu sou apaixonada em pão de queijo e está nessa cidade e não provar, seria sacanagem né?

— Vamô, meu bem! — ele me chamou assim que parou o carro e desceu o vidro da janela.

— Vamos! Tô morrendo de fome e já tô aqui há meia hora te esperando, cara.

— Uai, não tive culpa não. Peguei um trânsito aí, nem te conto. — ele se explicou e eu achei bonitinho. Era engraçado como as vezes ele puxava muito as maneiras do pessoal daqui de falar, se expressar... era maneiro.

— Tá perdoado, sô!

— Tu não tira onda com minha cara não, carioca! — ele apontou o dedo pra mim e eu dei risada.

Já estava dentro do carro, coloquei meu cinto e ele voltou a dirigir. Fomos conversando um pouquinho, mas foi rápido até chegarmos na tal padaria. E eu fiquei encantada quando a vi, era linda, bem colonial mas ao mesmo tempo tinha uma pegada moderna, bem decorada e uns doces tão bonitos na vitrine que eu senti minha boca aguar na hora.

— Vem, vamos nessa aqui. — Ele segurou na minha cintura só pra me guiar e pegamos uma mesinha mais pro fundo, discreta e com privacidade o suficiente.

— Nossa não sei o que tá melhor... o cheiro desse lugar ou o tanto de coisa gostosa! — comentei maravilhada e ele deu risada.

— Sabia que tu ia gostar, tem uma cara de quem adora esses docin assim. — ele comentou rindo ainda e eu o olhei. — É brincadeira!

— Posso nem discutir, eu amo uns docinhos mesmo! — dei de ombros e peguei o cardápio do lugar.

— O quê desejam? — a garçonete perguntou parando no nosso lado e eu olhei para o Chris.

— Posso pedir?

— Claro, me convidou! Quero fazer a prova. — sorri e ele assentiu.

Pediu por duas médias e pães de queijo, eu também pedi por um suco de laranja e um pedaço da torta de limão que eu namorei da vitrine assim que entrei na padaria e bati o olhar nela.

— E aí? Me diz que tu já provou pão de queijo melhor que esse e eu vou saber que tá mentindo. — ele perguntou assim que eu já estava comento o segundo pão de queijo.

— Cara... isso aqui é descomunal! — eu respondi me deliciando e tomei do meu café. - Vou te obrigar a me trazer aqui todo dia agora. Se vira, sósia do Lucas Carlos.

— Porra, Xamazin é foda! — ele gargalhou e eu ri junto.

Geizon quem tinha me ensinado esse apelido. Aliás, tô morrendo de saudade do meu índio. E o meu magrelo.

40 comentários para o próx.

a vida tá fácil né?

Eterno Depois do Fim - FILIPE RET Onde histórias criam vida. Descubra agora