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FILIPE POV.
Arrumei minha calça e vesti minha blusa, sentei no djavan que tinha ali fiquei observando a preta se vestindo.

Nós só paramos porque alguém passou batendo na porta e pedindo que fizessemos menos barulho. Aurora caiu na risada e acabei me rendendo e ri junto dela.

Ela ajeitou o cabelo num rabo de cavalo preso com uma mecha do próprio cabelo e eu fiquei só olhando, ela pegou as coisas que caiu da bancada e veio me entregar, mas puxou a mão antes que eu pegasse.

— Que foi? — Me levantei e tomei da mão dela, botando as coisas no meu bolso.

— A gente já transou sem camisinha quatro vezes no meio desses dias aí...

— Hum e o quê, tem? — perguntei sem entender nada, neurose uma hora dessas.

— O que tem, tu não saia comendo essas putinha aí sem camisinha não né?

— As vezes rolava. — falei a verdade, vou mentir pra quê? Vou ganhar em nada. — Mas eu sou limpo, Aurora. Fica despreocupada, pretinha.

— Tá, Lipe... vou confiar então. — ela deu um sorrisinho e eu me aproximei, beijando sua boca e deixei um tapa na bunda. — Uma tara absurda na minha bunda, né cara?

— Maior rabão gostoso. — falei na boa perto do ouvido dela e ela se arrepiou. — Safadona, cara!

— Ai, ai, Filipe. Vamos embora, ein, tô cansada. — ela desconversou já saindo do camarim e eu fui atrás, uns seguranças aparecem logo atrás da gente e eu puxei ela pela nuca, passei o braço pelo pescoço dela e a prendi do meu lado.

— Sentou pra caralho e só parou porque atrapalharam a gente... se não tava de boa em cima de mim. — Falei baixo só pra ela ouvir e ela riu.

— Não precisa sussurrar, eu tenho certeza que eles ouviram tudo! — ela olhou de relance para trás e eu dei risada.

Com certeza ouviram.

AURORA POV.

Quando saímos no estacionamento ainda tinha um pessoal por ali, mas estavam mais bêbados do que sóbrios para reconhecer o Lipe e parar pedindo foto. Os seguranças foram na van e o Lipe e eu fomos no carro dele. Direto para a lagoa, na casa dele. Eu tinha um trabalho amanhã a tarde, mas estava muito cansada para reclamar e pedir pra ele me deixar em casa.

Em minutos depois já estávamos entrando no condomínio, ele estacionou e descemos. No meio do caminho ele tinha parado em um drive e iríamos ainda comer.

Entrei na casa tirando meu salto e jogando de lado, meus pés imploraram por aquele alívio e foi instantâneo que eu soltasse um resmungo de satisfação.

— Que isso, Aurora? — Filipe passou por mim rindo e eu dei o dedo do meio pra ele. — Achei que ainda tava no transe aí. Nem te encostei.

— Cala a boca, Filipe! — eu gargalhei, que cara otário. 

— Vem, preta. — Ele veio da cozinha com uma garrafa de água e passou na minha frente, subindo também com o nosso lanche.

Cheguei no quarto e ele já estava até sem camisa, sentado desamarrando o tênis.

— Eu iria comentar uma coisa, mas lembrei que eu já tô dando horrores mesmo. Nem vale o comentário. — Falei e ele levantou o olhar já com um sorrisinho safado na cara.

— Me diz, minha preta. Solta aquelas tuas cantadas. — eu assenti, mordi meu sorriso e me sentei do lado dele.

— Eu tava pensando, é realmente um pecado um homem como você no mundo e tanta gente querendo uma oportunidadezinha. — Sinalizei um espaço bem curtinho com os dedos, quase encostando um no outro e ele já começou a gargalhar. — Mas agora ninguém vai ter nada, tomei conta e é isso aí mermo.

— Tomou é? Tô sabendo dessa parada não. — ele jogou os dois tênis de lado e levantou da cama, abrindo a calça e a tirando, eu levei os olhos para as coxas dele e fui subindo.

— Não? Então tá, vou mandar uma mensagem aqui por meu amigo Tarzan de São Conrado... — puxei o telefone do bolso e fingi digitar. Ele me puxou da cama, me prendendo nele e eu tirei o celular do foco dele. — Que foi, Lipe?

— Eu não tô gostando dessa parada, Aurora.

— De que, gatinho? — eu ri e ele ficou me olhando fixo. Passei minha mão passando no cordão que ele usava e o puxei, beijando sua boca. — Hein?

— Quero você só pra mim.

sim, tô escrevendo pra não enlouquecer enquanto espero o jogo começar



Eterno Depois do Fim - FILIPE RET Onde histórias criam vida. Descubra agora