Eterno Depois do Fim - FILIPE RET

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AURORA POV.

— Não sei como tu consegue ficar com um bagulho dessa altura no pé.

— Dói um pouco, se ficar muito tempo usando, mas dá pra suportar... mas se quiser fazer um carinho, eu quero. — Eu disse olhando meu salto e passei a mão no meu tornozelo. Eu distanciei um pouquinho no divã que estavamos e joguei a perna pra cima dele, tomando cuidado para não pagar calcinha. — Hum e aí?

— Abusadona e eu ainda entro na tua onda. — ele tirou o fecho do meu salto e botou o sapato no nosso meio, começou a passar os dedos e pressionar devagar na minha pele, eu suspirei de satisfação e vi os olhos do Filipe presos em mim.

— Continua aí, pô. — remexi meu pé e ele voltou a atenção pra lá. — Eu tô cansada viu, T-re. Vamos embora que horas?

— Tu beijou meio mundo e agora quer ir embora né, safada?

— Tu não me dá a moral de dar um beijo nessa tua boca, aí eu tenho que me divertir de outras formas. — dei de ombros e ele riu, negou e tirou a mão do meu pé e parou na minha coxa.

PANE TOTAL NO SISTEMA, SOCORRO!
VOU SER DESCONFIGURADA.
ALGUÉM PRA ME AJUDAR? POR FAVOR?

Ele começou só deslizando o polegar, num carinho quase imperceptível, eu já estava sentindo todos os meus músculos tremendo na velocidade 390 da dança do créu.

O que? Calma aí, estamos falando o Filipe Ret, eu sei que sou amiga dele há mais de quatro anos, mas querida, por acaso você acompanhou ele nos dois últimos anos? Ele simplesmente explodiu em um GRANDE gostoso.

As costas largas, fortes, os ombros largos e também mais fortes. A barriga, as coxas. Senhor, isso foi uma covardia gigante com sua filha, tá? Eu tenho sim meus lá pontos fracos por homens com essa estrutura totalmente desenhada, parece que todos os detalhes são pensados com tanta delicadeza mesmo que quando você olhe para um homem assim, pense em TUDO, menos que ele vai usar a delicadeza pra te com

— São cinco da manhã, dorme lá em casa e eu te deixo no condomínio amanhã cedo. — Filipe atrapalhou meus pensamentos impuros, olhei a mão dele que agora tinha os dedos pressionando minha pele, me apertando, tive que morder meu lábio imediatamente antes que deixasse escapar um murmurinho que fosse.

Pensar na possibilidade de dormir na casa dele, só nos dois, apenas NÓS DOIS. Deixava que todos os meus pelinhos ficassem arrepiados. Eu desprendi meu lábio da mordida quando vi que ele estava me encarando, sorri sem graça e assenti.

— Calça isso de novo, preta. Vou pegar minha mochila lá no camarim.

Ele apontou para o meu salto e se distanciou de mim, estávamos em uma boate na Barra. Ele tinha feito um show aqui há mais ou menos duas horas atrás, mas quando soube que eu estava aqui curtindo também, resolveu ficar mais um pouco. O pessoal da equipe também estava por aqui, mas acho que acabaríamos todos indo embora na mesma hora, só que o Filipe e eu iriamos em seu carro que ele havia me emprestado para vir pra cá.

Catei minha bolsinha de cima do Djavan e fui na direção do Geizon Carlos, me despedir e parabenizar pelo aniversário. Ele estava num canto conversando com um pessoal, mas assim que me viu abriu um sorriso enorme e veio ao meu encontro já abrindo os braços para que me recebesse.

— Parabéns, índio! Se fizer uma churrascada, pode me chamando tá? Eu vou querer e quero aquele pão de alho. — Bati de leve em seu peitoral nu e deixei a mão ali.

— Claro que chamo, Aurora Boreal! — ele selou meu pescoço e ecoou uma risada baixa. Ajeitou meu cabelo empurrando para trás dos ombros e eu ergui mais o rosto, para ficar com o olhar na altura do dele. — Vai sozinha?

— Não, tô esperando o Lipe. — sorri e ele ficou me olhando, até tombar um pouquinho a cabeça de lado. — Não rolou nada ainda, amigo... — fiz um biquinho e ele beijou meu rosto, dando risada.

— Vocês dois são fodas... fica só nesse chove e molha pra caralho e não dá nada nunca.

— Já contigo, né?! — comentei fazendo desdém e ele gargalhou, me soltou do abraço e desceu a mão para o meu quadril, onde apertou e eu continuei olhando ele dar risada. — Fumou pra caralho já né, Xamazin?

— O suficiente, Aurora. Apenas o suficiente. — Ele riu e alguém chegou ali chamando por ele. Eu acabei ficando e rindo sozinha.

Há uns meses atrás eu tive um flerte com Geizon e vocês lembram do que eu disse sobre gostar de homens que tem uma estrutura mais larga né? Costumam ser bem gostosos e não é gostosos COM FORÇA pra te fazer molhar a calcinha em um beijo, também tem força para outros assuntos. Se é que vocês me entendem... Mas o Tião do caminhão é piranhudo, — apesar da macetada ser excepcional — demais, para construir algo mais sério.

E eu também não queria me arriscar assim, o único que eu cairia de corpo e alma... não me dá uma brecha por menor que seja.

Mas que inferno viu, Filipe!
Porra!

oi, gente, ansiosas?