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AURORA POV.| Festa do Caio | 18h
Tava tudo lindo, exatamente como eu imaginei que ficaria e talvez até melhor. Era a primeira festa do Caio que eu fazia questão de comemorar em grande estilo, a de um ano foi no salão do prédio onde eu morava lá em Minas só pra os mais chegados e alguns amiguinhos da escolinha que ele estava.

Agora era diferente, tinha os meus amigos, os padrinhos, familiares do Filipe, o Filipe, amigos e familiares lá da escolinha, a professora dele. Tanta gente que eu já estava quase uma barata tonta indo de gente em gente cumprimentar junto do Caio e quando eu cansava o Filipe fazia isso. Ele tava fazendo isso pra fazer média comigo também, já que hoje mais cedo fez uma ignorância absurda comigo só porque eu pedi que ele voltasse lá em casa pra pegar a segunda troca de roupa do Caio.

Eu fiquei puta, fiquei mesmo! Tanto que mandei ele ir pra casa do caralho e o Geizon foi buscar pra mim, foi aí mesmo que ele fechou a cara. Todo estressadinho.

Tô nem aí, não pedi ninguém pra me tratar mal e na hora eu nem maudei em nada de pedir para o Índio e também quer saber? Já tem tempo demais de todas aquelas histórias e ninguém merece um Filipe birrento, só resolvi ignorar e deixar ele de lado.

Eu estava na mesa do tema com o Caio tirando algumas fotos quando a fotógrafa chamou pelo Filipe, ele veio foi parando do nosso lado e fomos tirando as fotos. Até que ele passou o braço por trás de mim, Caio estava no meu colo. Ele segurou no meu quadril, forte e eu olhei a mão dele, olhei pra cara dele, olhei a mão de novo e fingi que iria abstrair.

Tiramos umas três fotos, quando terminou, puxei a mão dele do meu quadril e ele tomou um susto.

— Que isso, Aurora?

— Você tem que tirar foto com o seu filho, não precisa de aproveitar da situação. Faz o favor de não me encostar de novo!

— Caralho cara, eu nem fiz nada. — Ele ajeitou o Caio no seu colo e eu me distanciei deles, deixando ele sozinho na mesa fazendo as fotos com o filho.

— Que estresse! Preciso beber, preciso de cerveja e bem gelada. — Parei do lado do Lennon, cruzei meus braços e ele ficou me olhando. — Que?

— Desfaz esse bico que ele tá lá da mesa achando maior graça. — eu revirei os olhos com o comentário do Lennon. Olhei pra mesa e o Filipe tava mesmo rindo, me olhando e negou. Virei de costas pra ele.

— Vocês são dois palhaços!

— Só te alertei, cara. — ele se fez de bobo mas tava rindo também. — Quer cerveja, minha princesa? Lenninho busca!

— Quero, pega daquelas canecas enormes que eu sei que estão servindo, quero ela russa de tão gelada que tá a cerveja. — pedi e ele beijou meu rosto, foi buscar minha bebida e eu vi o Caio passar correndo por mim.

Filipe parou de frente pra mim, segurando um copo de whisky e eu fiquei encarando a bebida e desviei. Não precisava de nada quente, só gelado.

— Que tromba é essa aí?

— A única que eu tenho, me deixa em paz! — dei as costas pra ele, encontrei com o Lennon no meio do caminho e sequei a caneca num botada só na boca.

— Mermão, qual foi da tua, Aurora?

— Me arruma outra, vou dá uma olhada no andar de cima do salão. — dei a caneca vazia pra ele e subi a rampinha que me dava acesso no andar de cima, tinha uns jogos por lá e eu encontrei com Maria e Agnes jogando um de basquete, me enfiei no meio delas e me permiti curtir um pouco da festa.

Por volta das oito e meia da noite  a animação da festa já estava anunciando o parabéns e eu estava tentando conversa o meu príncipe a sair do pula-pula, consegui e fui para a mesa com ele no colo, ele pulou para o colo do pai e cantamos o parabéns com todo mundo ali.


uma hora eu quero matar o Filipe em outra eu tô dando risada das merda q  ele arruma


Eterno Depois do Fim - FILIPE RET Onde histórias criam vida. Descubra agora