Algumas semanas depois... mês de dezembro
AURORA POV.Eu não sei bem se posso chamar o que tenho com Filipe de relação, mas as coisas tem desandado. Ele vem me cobrando por atenção e as vezes até fica um pouco grosso por causa disso. Ele tem uns crises de ciúmes repetitivas e sempre sobre a mesma pessoa e isso já tá me esgotando num nível que eu recuso até em ficar por perto e hoje de novo era um dos dois que ele tirou para isso.
Eu já estava cansada de ficar falando com ele pelo whatsapp, mas o Filipe não dava trela.
Lipe
Eu não tô errado, Aurora.
Você não entende as parada que eu falo, eu sei a maldade de homem e ele tem contigo.Aurora V.
Para de palhaçada, Filipe. Que saco!
Desde cedo com isso cara.
Dá um tempo, porra.
Tem é tempo que eu não tenho nada com ninguém além de você, não foi isso que você me pediu?Lipe
Pedi
Mas não tô reclamando só disso e tu tá ligada.Aurora V.
Então, porque tá com isso na cabeça?
Você viu alguma coisa?Lipe
Chega, Aurora.
Tu faz como bem entender.
Vai querer ir lá no evento ou não?Aurora V.
Não!Lipe.
Tranquilo.QUE ÓDIO!
Que cara teimoso do caralho, porra.
Deixei o telefone de lado e desisti de vez de dar atenção para essa surtação do Filipe em cima do Geizon Carlos.Foquei em cuidar de mim e passar o resto da noite sendo só eu. Fiz minhas unhas dos pés, dei massagem no cabelo, finalizei ele todo bonitinho, fiz minha sobrancelha, depilação a cera e outras mil coisas.
Terminei tomando um banho de banheira, hidratei minha pele, vesti uma camisola de seda. Jantei e fui dormir.
Quatro da manhã.
Eu não sabia exatamente se estava sonhando ou era loucura da minha cabeça, mas tinha alguma coisa vibrando perto de mim e tocava uma música bem baixa. Meu subconsciente queria que eu continuasse meu sono, mas eu acabei despertando um pouco. Achando que era só o despertador do celular, desativei sem nem olhar. E me ajeitei pra tentar voltar a dormir, mas fui interrompida. Abri os olhos e vi a tela do meu celular preenchida pela foto do Xamã, fiquei sem entender, juntei as sobrancelhas dando rugas de dúvida no meu rosto.
Apertei o verde e levei o telefone ao ouvido.
— Oi, Geizon. Porque tá me ligando uma hora dessas.
— Preta, tô mal. — ele respirou forte e eu sentei na cama, escutei ele afastar o celular e um barulho estranho ecoou na ligação. — Preciso de uma ajuda, na moral.
— O que tá acontecendo? O que cê tem? — eu já estava ficando nervosa, levantei da cama já procurando uma roupa, vesti uma calça jeans e me enfiei numa regata e peguei um casaco mais fino, vestindo por cima.
— Acho que sabotaram alguma coisa lá no meu camarim, eu comi altas paradas. Mas preta, acordei com maior dor, já vomitei pra caralho. — Ele falava respirando fundo e eu escutei ele vomitar outra vez e até fiquei com um pouco de ânsia.
— Eu vou aí te buscar e vamos no médico. Tenta tomar um banho e se vestir. — Ordenei e ele concordou cheio de resmungos, desliguei a ligação e enfiei o celular no bolso.
Calcei um tênis, catei minha carteira e chave do meu carro. Não deu em quinze minutos eu já estava estacionando e entrando com tudo na casa do Geizon. Ele estava sentando no sofá, a mão pressionando o estômago, suando demais.
— Índio? Vamos?
— Tá doendo pra caralho, Aurora. Tu não tem idéia. — ele gemeu de dor e eu fiquei com um aperto enorme do peito.
— Vamos, eu deixei o carro ligado. — Me aproximei, ele esticou a mão me entregando a carteira dele e o celular. Dei apoio para ele. Ele foi até o carro resmungando pra caralho de dor.
Chegamos no hospital depois de que eu dirigi igual uma louca, aquele homem enorme parecia pequeno de tanto que se contorcia no banco do meu carona.
Eu estava morrendo de medo de perder o meu amigo.
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Eterno Depois do Fim - FILIPE RET
FanficCom ela a vida tem momentos incríveis Com ela todos meus sonhos são mais possíveis Lucros invisíveis são melhores Separados somos fortes, juntos imbatíveis • todos os direitos reservados. • história original • não autorizo adaptações • contém hots