Eterno Depois do Fim - FILIPE RET

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FILIPE POV.
— Eu tô morrendo de fome, dá pra parar naquele drive do MC? — Aurora estava inclinada no banco, concentrada em se livrar dos saltos. Eu liguei o ar do carro e dei a partida.

— Era só passar numa padaria, Aurora. — olhei o relógio e marcava quase cinco e meia da manhã.

— Prefiro me alimentar de um BigMc, batatas fritas e uma coquinha! — ela comentou já animada e eu dei risada, parei em um sinal e só observei ela jogando as pernas no meu colo. — Você não terminou a massagem e eu gosto de ver você girando o volante com uma mão só...

— Fetiche nessa porra, Aurora?

— Prefiro chamar de tesão, Filipe. — ela me olhava descaradamente e eu dei uma risada fraca. — Ah, T-re o que é xvideos perto da minha imaginação fértil quando penso em você!

— Caralho, Aurora!

— Quê? — deu de ombros como se não tivesse falado nada demais e eu neguei, dei risada. Ela era completamente maluca.

Paramos no drive, fiz o pedido dela e acabei pedindo pra mim também, mas só quis um Milk Shake de Ovo Maltine. Paguei tudo no débito e fomos para a parte de pegar os lanches, peguei e dei para Aurora segurar.

— Hum, muito bom! — ela resmungou e eu estava com um mão girando o volante e a outra apertando devagar o pé dela. Aurora estava simplesmente com a língua no canudo da minha bebida, ela tinha sugado dali e me olhava pronta pra dá um sorrisinho. — Muito gostoso.

— Aurora...

— Tô falando do seu Milk. — ela fez uma pausa dramática, lambeu o restinho da bebida que ficou nos lábios e eu quase perdi o controle do carro.

Essa diaba vai me enlouquecer numa tirada dessas, que ela sempre tem na ponta da língua.

Ela me deu minha bebida e se concentrou no seu próprio lanche. Depois quase 15min, estávamos na lagoa, estacionados em frente a minha casa, ela estava terminando de sugar o refrigerante do copo e eu estava esperando meu cérebro descongelar depois de ter bebido o final do Milk shake tão rápido. Não foi uma boa idéia.

Larguei o copo vazio de lado e pousei as mãos geladas na perna da Aurora, ela deu um resmungo baixinho e eu esfreguei mais ainda uma das mãos nela, chegando a subir para perto do limite da mini saia e voltei para o mesmo lugar de antes, nos pés. Fiquei fazendo um carinho devagar na perna dela e ela estava tentando se manter concentrada no refrigerante, mas não durou muito tempo.

— Dois “a u u aa” e acaba o fantástico — reclamou num sussurro quando eu subi uma das mãos de novo e eu não aguentei,  dei uma gargalhada tão alta que quase sentia minha caixa torácica tremendo. — Não faz essas paradas comigo, Filipe. Eu perco meu rumo.

— Que nunca teve né, preta! Acabou? Vamos entrar, bora. — dei dois tapinhas na sua coxa e ela olhou o movimento, eu não sei quantos segundos levou para ela largar tudo e simplesmente pular no meu colo, a porta do meu lado já estava aberta para que eu saísse, então deu ainda mais espaço para ela se encaixar no meu colo e fazer o pano da saia subir. — Aurora...?

— Para de se fazer porra, eu tô tentando te dar um beijo tem pra mais de meses, você sempre se desvia, se faz de sonso, finge que não ver as minhas investidas. — Aurora estava com as unhas arranhando devagar minha nuca, foi automático minhas mãos irem parar em seu quadril e logo uma delas começar a deslizar nas suas costas. — Se você não quer mesmo me beijar, você não vai me alisar assim né?

— Eu nunca disse que não queria te beijar, Aurora.

— Não? Mas suas atitudes são um pouquinhos demais né? Nem preciso que você fale alguma coisa. Sempre correu de mim. — ela falava mansinho demais, desceu uma das mãos para o meu pescoço, trilhou uma parte na extensão da minha corrente e passando a mão por dentro do pano que pegava no meu ombro, senti um aperto dela ali e vi seus dentes morderem devagar o lábio inferior. Aurora rebolou o corpo no meu colo, meus olhos foram imediatamente para suas coxas grossas me prendendo debaixo dela, a calcinha de renda branca apareceu e eu respirei fundo, mas meu corpo não obedeceu da mesma forma. Minha mão que estava no quadril dela, apertou, a que passeava nas costas, pressionou os dedos contra a pele quente da minha preta e eu senti a Aurora se arrepiando. — Porque você só não me beija?