Qual é a sua ideia de um mundo perfeito?
Qual é a diferença entre a vida e morte? Será que os dois são inimigos?
Oque faria se fosse imortal?
Em um mundo onde a morte não existe, um mundo considerado perfeito, ainda tem a graça e o medo?
Há mais de...
Me levantei levando a mão ao rosto imediatamente. Uma luz forte invadiu meus olhos.
Olhei ao redor, abrindo os olhos lentamente. Me encontro em um jardim, o lugar era plano, e o mato batia em meus joelhos. Algumas árvores, e flores no meio de tanto mato levemente alto.
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-- Então é assim o paraíso?-- perguntei a mim mesmo. Se eu morri, porque não estou no SubMundo como os outros?
Fui caminhando, olhando a paisagem ao redor. O silêncio tomava conta daqui, nem mesmo barulho da natureza é possível escutar.
-- Bem Vindo!-- escutei uma voz feminina atrás de mim.
Me virei rapidamente, o cenário mudou. Agora estava em uma espécie de painel de vidro fino e transparente que flutuava no espaço.
A mulher era extramente gigante, cabelos azuis como o mar, olhos claros e uma pele morena que combinava com ela. Ela diminuiu se tamanho, e ficou sobre a plataforma comigo.
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-- Quem é você?-- perguntei admirando a beleza dela.
-- Eu sou a Criadora.-- respondeu ela.-- Bem vindo, ao Início dos Tempos.
-- Mas não tem nada aqui.-- falando olhando para o vazio, somente escuridão e a luz de alguma estrela que brilhava a quilômetros de anos luzes de distância.
-- Por isso é o Início dos Tempos.-- disse ela.-- Eu ainda vou criar.
-- Por que me trouxe aqui?-- perguntei.
-- Uma vez Fênix, sempre Fênix, você é atrevido e tem um coração que queima como o fogo do Inferno.-- disse ela.
-- Elogio ou ofensa?-- perguntei.-- Tanto faz, preciso voltar.
Ela deu um sorriso que fez minhas espinhas tremerem. Senti uma dor tomar conta do meu corpo, é como se meus órgão estivesse derretendo, minhas pernas ficam bambas e caío no chão me debatendo.
-- Faz isso para.-- falo.
-- Vai respeitar sua Criadora?-- perguntou ela.
-- Sim!-- afirmei.
-- Maravilha.-- diz ela e faz a dor desaparecer.
-- Oque você quer de mim?-- perguntei diretamente sem enrolar.
-- Apenas um acordo.-- disse ela.
-- Que tipo de acordo?-- pergunto.
-- Eu quero que você se torne um Oráculo.-- disse ela.-- Se aceitar, caminhará sozinho pelo resto da sua vida, será onipontente, onipresente e oniciente, terá informações para todas as perguntas e dúvidas do mundo.
-- Parece ser muito bom para receber de graça.-- falo.-- Oque você ganha com isso? Oque eu ganho com isso além de mais poderes, eu já tenho muitos, não preciso de mais.
-- Eu quero me aposentar.-- disse ela.-- E você ganhará oque você mais quer. No fim de tudo, garantirei que seus amigos mortos retornem, todos os seus amigos e aliados terão seu desejo principal realizado, todos aqueles que têm como missão ressuscitar um parente querido falecido.
-- Sinto que está me escondendo algo.-- falei.-- Oque é?
-- Se aceitar meu acordo, você não poderá ter contato com mais ninguém. É um caminho sozinho e solitário.
-- Eu salvo meus amigos, e não poderei aproveitar com eles?-- perguntei.
-- Isso mesmo.-- disse ela.
-- Você é louca. Isso é loucura.-- falei.-- Eu darei um jeito, sempre damos um jeito.
-- Te darei um tempo para pensar.-- disse ela.-- Agora, volte para a Terra.
Sinto uma pressão contra meu peito. Minha visão fica turva.
Viro a cabeça e estou no meio da rua. E pessoas passavam do meu lado.
