Resolvi postar esse cap curtinho só pra pedir perdão pela demora, estou muito corrida nesses últimos tempos e essa história precisa de bastante atenção pra ser escrita. Até logo <3
Ps: Quando escrevi o Thomas foi literalmente pensando na cara de maluco do Thomas Shellby :)
Boa leitura e não esqueçam de favoritar pfvr!
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Havia apenas algumas horas, mas ela já estava sentindo falta da outras. Olhando em volta, tentando ajustar os olhos ao lugar escuro e o nariz ao cheiro de mofo, escutou passos pelo local. Um 'click' foi escutado ao longe e a luz foi acesa.
Jisoo olhou em volta, notando algumas caixas empoeiradas, alguns canos vazando; quando terminou de reconhecer o lugar, notou quem havia ligado a luz. Um arrepio passou por seu corpo. Não era frio, também não era medo. Era uma repulsa colossal, como se ele fosse um saco de estrume vindo na sua direção.
Os olhos azuis dele estavam ainda mais claros, o cabelo preto bem penteado para trás, mas estava pesando bem menos que da última vez que o viu. Tinha loucura naquele olhar, naquela expressão. Ela sabia o que vinha a seguir, então apenas prendeu a respiração quando o viu retirar o terno caro, jogando-o para o lado.
Um soco forte foi desferido em seu estômago. Com os braços presos por correntes acima da cabeça, sua única reação foi se curvar para frente, tossindo.
— Quanto tempo, meu amor!- Ele a pegou pelo rosto, fazendo-a focar em seu olhar. — Você não faz ideia de como senti sua falta.- Ele se afastou novamente, a atingindo com um soco novamente no estômago.— Você não tem nada para me dizer?- Ele falou baixo, abaixando o rosto para que ficasse próximo ao dela.
Tossindo, Jisoo deu um meio sorriso.
— Só que você bate feito uma putinha.- Disse ao recuperar a respiração, levantando a cabeça para que ele pudesse ver que ela falava sério.
Talvez ela não se lembrasse antes, o medo dele machucar mais uma de suas amigas era grande e mais doloroso que as surras em si, mas ele realmente batia fraco, um projeto de garoto chorão e mimado que nem sequer sabia bater direito.
—Sem querer ofender as putas do mundo, claro.- Endireitou sua postura.
— Você está corajosa demais, Kim Jisoo.- Disse apertando suas bochechas entre a mão grande, o cabelo agora despenteado caindo em seus olhos.— Estou vendo que vou precisar quebrar seu espírito de novo pra que você aprenda a me respeitar.- Disse entre dentes.
— Você deveria poupar sua pouca força, Thomas.- Ele arregalou os olhos. Jisoo não deveria saber seu nome.— Oh, ficou surpreso que sei seu nome?- Ela riu, fechando os olhos por causa da dor no estômago.— Eu sei tanta coisa sobre você, Tommy. É assim que seu pai te chama, certo?- Ele passou a mão esquerda entre os cabelos, puxando a gravata para baixo, afrouxando-a.
— Eu vou acabar com quem te passou essas informações.- Ele se aproximou de repente, puxando o rosto dela para junto do seu, quase colando seus lábios.
— É por isso que seu pai prefere sua irmã Thomas, porque ela não fica só ameaçando de fazer nada.- Jisoo sorriu, provocando-o.— É por isso também que ela vai herdar tudo que deveria ser seu, mesmo sendo filha adotiva do velho Ian Wolf.- Os olhos de Thomas iam perdendo o foco, Jisoo conseguia ver que estava entrando em sua mente com aquilo. Ela queria poder torturá-lo fisicamente, mas já que era impossível, sua mente bastaria. Seu plano estava em ação, mas ela precisaria se esforçar um pouco mais para conseguir o que queria.
É engraçado o que uma infância sem amor dos pais faz com alguém. As pessoas subestimam o que o "eu te amo" ou um "tenho orgulho de você" faz com a mente de uma criança. O Thomas por exemplo, nunca ouvia nada de positivo vindo do pai, o que fez com que ele virasse um adulto inseguro, agressivo e extremamente sensível à críticas, que arrancaria o próprio braço se isso fosse motivo suficiente pra fazer o pai sorrir. Patético.
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Mercenárias - Livro I
RandomA regra para trabalhar como mercenária era clara: sem testemunhas. Uma mínima ponta solta pode custar sua vida e a missão, Lisa e Rosé sabiam bem disso. Mas como seguir essa regra quando alguém do seu próprio time armou uma emboscada para te matar...