XI- Here comes the sun

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Bebe água, deixa o fav. O de sempre. :)

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Lisa se sentia fria, como se um balde de gelo
tivesse sido derramado sobre sua cabeça.

Quando chegou ao segundo necrotério da cidade procurando por informações, o atendente foi bem menos solícito que o primeiro ao dizer que não olharia informação alguma para ela, apenas entregaria o corpo para o governo. Ela fechou a mão por cima do balcão, atônita e inerte demais para ligar para mais um defunto na sua lista. Mas ele teve sorte, Jisoo notou a intenção de Lisa e antes mesmo de registrar já estava puxando a outra para o outro lado da sala pedindo calma.

Muito dinheiro depois, elas tiveram autorização para reconhecer o corpo. Mas ela não conseguia se mexer. Ver Solar naquela situação nunca esteve nos seus planos.

Com um ataque de pânico diferente de qualquer coisa que ela já havia sentido, lentamente se sentou no chão do lado de fora do morgue, o ar frio saindo por debaixo da porta fazendo seu corpo inteiro arrepiar; queria tanto que aquela história não fosse verdade...

Jisoo juntou todas as forças que tinha e, sem avisar, entrou na sala gelada para o reconhecimento.

Nem precisou falar nada para a outra, seu olhar disse tudo. Era ela, sem dúvidas.

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─ Winter, 1997.- Rosé falou com alguém no fone enquanto pisava fundo no acelerador.─ Código 521325.- Jennie apenas escutava, curiosa com o que era aquilo.─ Sim, uma equipe de limpeza. Budapeste, 225, Fifth Street.- Ela assentiu novamente.─ Preciso de uma equipe menor daqui três dias. Quero a equipe de Solar.- E desligou, voltando sua atenção para Jennie.─ O que você quer perguntar?

─ Eu? - Jennie tentou se fazer de desentendida.

─ Você está me olhando estranho desde a hora que saímos.- Voltou sua atenção para a estrada.─ Se quer saber de algo, pergunte.- Disse num tom um tanto quanto autoritário.

Jennie pensou bem se deveria perguntar aquilo ou não. Ela já imaginava o que seria, mas não tinha certeza se queria confirmar.

─ Por que Jisoo já tinha uma mochila pronta?- Perguntou calmamente. Rosé revirou os olhos.

─ Você não é burra, por favor.- Disse impaciente e a outra assentiu.

─ É impressionante como você é fria.- Jennie olhou para frente e escutou a risada seca de Rosé.─ Você ia mesmo matá-la?

─ Era o que ela queria e o melhor para minha missão.- Disse simplesmente, passando a mão entre os cabelos loiros. Jennie pôde ver que ela queria dizer algo também.

─ O quê?- Ela perguntou.

Rosé ficou calada, os olhos fixos à frente, o lábio preso entre os dentes numa tentativa de manter a boca fechada.

─ Me senti aliviada quando ela voltou.- Disse firmemente, desistindo de tentar manter a postura.

Jennie a olhou pelo que pareceu ser horas. Ela piscou algumas vezes, tentando registrar o que aquilo significava.

Afeto.

Ela assentiu, se virando.

Amor vincit omnia.- Disse para si, suspirando.

Rosé escutou a expressão, mas decidiu ignorar. Estava com a cabeça cheia para aquilo.

Elas finalmente chegaram, as outras duas esperavam sentadas naqueles bancos de espera horrivelmente desconfortáveis, sob aquela luz amarelada que parecia ter sido feita para enlouquecer qualquer um.

Mercenárias - Livro IWhere stories live. Discover now