Capítulo 39

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A dor da perca..🥀

Se passaram dias, meses desde a morte da Duda, e era como seu uma parte de mim faltasse. Em todas as noites eu chorava e orava por ela, eu só queria tirar essa dor de mim, eu queria morrer e ficar perto dela.
Me olho no espelho e seguro uma faca, fico pensando em fazer aquilo, mas.. eu pensei como a dor do meu pai seria grande, minha sobrinha, e minha irmã.. mas, eu teria minha mãe e a Duda por perto.
Respiro fundo antes de tentar de fazer algo, e eu estava decidido aquilo, mas meu pai entra no quarto e me segura.

- Filho? oque você está fazendo? - ele pega a faca da mão dele

- Eu não aguento mais ficar sem ela, está doendo muito, eu quero ela de volta! - começa a chorar desesperadamente

- Filho..- abraça ele - não vai adiantar você querer se matar, não vai tirar sua dor, a probabilidade de você ir com ela se fazer isso é mínima, e pensa na sua família, e nela, acha mesmo que ela ia querer isso?

- Tem razão pai.. mas eu não aguento mais sentir dor. - chorando

- A dor vai passar, você vai se acostumar a ficar sem a presença dela, e vai ser só uma lembrança.

- Ela nunca vai ser só uma lembrança, ela me salvou quando eu não estava suportando mais a dor de não ter a mamãe por perto. - enxuga as lágrimas

- Tem razão, me desculpa por ter dito a isso, ela significou muito para você.

- O que eu vou fazer sem ela? - respira fundo

- Não sei filho, pra melhorar a dor da sua mãe eu segui em frente, saia, me diverti, tentava encontrar algo para esquecer meus problemas.

- Eu não consigo fazer isso..

- Porque não acha outra namorada? está novo pra sofrer tanto assim.

- Pai, você não entende! por favor me dê licença.

Ele sai do meu quarto e então eu pego a garrafa de tequila e alguns compridos de ansiedade, me sento na cama e começo a lembrar dela, do seu cheiro, da sua voz, sua risada, do seu toque em meu corpo, do seus cabelos castanhos compridos, e seus olhos esverdeados. Cada dia estava mais difícil conviver sem ela, eu bebo mais um gole da tequila e me deito na cama. Eu cochilo um pouco mas não por tempo suficiente, pego o colar que era muito importante pra mim porque fez parte de duas pessoas que eu mais amei em toda a minha vida.

- Se ao menos eu conseguisse trazer você de volta, eu consertaria tudo e te amaria por toda a minha vida, cuidaria de você em todos os momentos possíveis nos piores e nos melhores momentos, iríamos viajar para vários lugares, e seríamos tão felizes juntos.

Faziam 1 mês desde que a Duda morreu, um mês em que a minha vida perdeu o sentido e desde então a tristeza mora em mim. Todos os dias eu chorava, em todos os lugares que meu pai me obrigava ir eu não conseguia me sentir bem.
Eu recebi algumas visitas como a Amy e o Mateus, eles me fizeram bem, me lembravam dela. Um dia desses eles me chamaram pra ir na casa do Mateus assistir o filme favorito dela. E foi um momento em que eu me senti mais perto dela. E o Mateus era uma pessoa incrível que ajudou muito ela com sua amizade.

Um dia desses eu recebi pessoas que nunca achei que ia ver de novo, a Anaju e a Heather, abro a porta e elas já iam entrando mas eu entro na frente.

- O que estão fazendo aqui? - diz em um tom frio

- Sentimos muito pela morte da sua querida namorada, fomos no enterro e você parecia arrasado.- Anaju diz em um tom irônico

- Pois é, né? - da de ombros

- Algumas pessoas comentaram que você precisava de pessoas para te distrair, então pensamos que éramos as pessoas certas. - diz heather

- Não, não preciso de ninguém, sei me virar sozinho. Obrigado, agora podem ir.

- Se você resolver pode nos ligar, caso precise. - Anaju toca em seu rosto fazendo o mesmo se afastar.

- Não vou precisar, vocês não tem senso? eu sempre vou amar ela, vocês são ridículas! Adeus. - fecha a porta na cara delas

Volto pro meu quarto, e bebo mais e mais, chego até fumar um pouco pois dizem que relaxa, dou alguns cochilos mas não o suficiente para descansar.
Não percebo que já era de manhã, olho meu celular que marcava 13h41, meu pai entra no quarto com uma expressão de preocupação.

- Filho, porque você não sai um pouco? Você é jovem, e faz tanto tempo que não sai desse quarto e nem se quer abre a janela.

- Eu não vejo mais sentido na vida.- diz em um tom frio

- Isso vai ter que mudar, as aulas começam em fevereiro, e você vai estar no último ano, e vai acabar o ensino médio e fazer uma faculdade.

- Tanto faz, eu preciso dormir um pouco agora, eu não dormi a noite.

Meu pai sorri e se retira, bebo o resto da tequila que estava ali e me deito na cama e adormeço.

continua...

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