65 - eu te amo

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— Isis Melchior LeBlanc, você quer namorar comigo? — ele perguntou, o joelho começando a doer.

Quando o dono da loja avisou por meio de mensagem que ela havia se levantando para subir ao camarote, ele se ajoelhou, esperando a levantadora.

Agora, vendo ela ali, com a sacola dos presentes na mão e todas as suas cartas na outra, ele respirou aliviado.

Mas ainda sim seu nervosismo não tinha acabado.

Isis estava paralisada, como se não acreditasse no que estivesse acontecendo.

Tomado por uma súbita coragem, ele começou a falar.

Estavam sozinhos.

— Não sei como começar a falar. Realmente não. Você chegou na minha vida como um furacão, esparramou seus cabelos pelo meu carro e me fez ir em jantar com todas as suas amigas. Me contou seu trauma e me passou a segurança para contar sobre o meu. — ele disse, engolindo em seco. — Sei que pode achar precipitado, porque não fizemos nada... Ainda não dissemos o famosa "eu te amo", não tivemos relações sexuais, nada. Apenas a companhia um do outro, que me mostrou que você é aquela pessoa, sabe? A pessoa que eu quero passar o resto da vida junto. Então o que te peço é que responda à minha pergunta precipitada: você aceita namorar comigo e viver o que puder ao meu lado? Viajar ao invés de uma festa cara de casamento, ver os meus jogos enquanto eu vejo os seus?

Ela enfim pareceu acordar do que estava pensando.

— Sim. Sim. Sim. Sim. Mil vezes sim, Giorgian. — ela respondeu, soltando a sacola perto da porta e se ajoelhando ao lado dele, abraçando-o fortemente. — Não me importa se não fizemos tanta coisa, o que importa é o que sentimos e eu sinto muita coisa por você.

Ele começou a lacrimejar.

— Eu te amo e não precisa responder agora, mas...

Ela o beijou.

— Cale a boca, seu idiota, eu também amo você. — e Isis estava chorando. — Muito.

Camisa 14 - G. De ArrascaetaOnde histórias criam vida. Descubra agora