69 - estrangeiro

173 10 0
                                    

- Eu não esperava que você fosse se mudar e arranjar um namorado. Ainda mais um estrangeiro. - Antony LeBlanc, o pai da sua namorado, disse, em alto e bom som, como se quisesse espantar Giorgian.

E de fato ele queria.

- Pai, receio que os meus relacionamentos não precisem da sua aprovação... - Isis disse, um sorriso falso em seu rosto. - Viemos aqui por termos respeito com o senhor e porque o meu relacionamento com o estrangeiro é concentro.

Antony bufou de leve, algumas de suas atitudes parecidas com as de Isis.

- Bem, estava na hora.

Giorgian comprimiu os lábios, deixando uma linha fina.

Queria muito responder, mas sabia que Isis gostaria de se defender desses comentários idiotas sozinha.

- Não estava na hora. - ela retrucou. - Foi uma decisão minha, goste você ou não.

O pai dela riu.

- Parece sua mãe falando.

Arrascaeta não se aguentou.

- Melhor do que se parecer com você. Já imaginou se nossos filhos - se referiu a ele e Isis. - tiverem atitudes como as suas?

O mais velho o fuzilou com o olhar.

- Quem te deu o direito de falar assim comigo? - perguntou com raiva.

- Eu. - Arrascaeta deu de ombros. - A partir do momento em que vocês faz comentários que deixam a minha namorada desconfortável, você está, automaticamente, me deixando desconfortável.

- Olha aqui, garoto...

Isis revirou os olhos.

- Pai, por favor. Até onde eu saiba você era decente com seus futuros genros. - provocou.

O empresário ergueu as sobrancelhas.

- Não se meta, Isis!

- Ah, cale a boca, seu velho insuportável. - o jogador se levantou, apertando levemente a mão da namorada. Quase riu quando viu a cara do sogro. - Não sei como sua ex esposa te aguentava, você é horrível. - se virou para a levantadora. - Podemos ir? Eu que quis vir, mas a ideia agora me parece repugnante.

Isis parecia querer rir, mas se conteve para ir embora.

Ela também não aguentava mais.

- Claro, amor. - o puxou para um selinho.

Ambos se viraram para a saída e quando finalmente colocaram os corpos dentro do carro dela, começaram a gargalhar.

- Obrigada. Por me defender. - ela disse, recuperando-se das risadas.

- Não me agradeça. Ele é horrível. - ele fez uma careta. - Como você aguenta?

Ela riu novamente.

- Não me pergunte. Levei anos para conseguir fazer esse homem parar de me encher.

Camisa 14 - G. De ArrascaetaOnde histórias criam vida. Descubra agora