Cap 28: Sarcófago de Senfu

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Marc e eu embarcamos em uma pequena navegação, que levaria as pessoas até o nosso destino.

- Tá, o que a gente vai fazer exatamente aqui? Qual é o plano?

Assinto, assim, direto e rápido, tínhamos tempo de sobra para conversar até chegarmos lá e ele ia direto, falando sobre isso, sendo que, temos tantas coisas pra conversar.

- Não é agradável ser mantido no escuro, não é?

Ele vira o seu rosto e respira fundo.

- Okay, eu entendo que.. não tenha ficado feliz por eu ter vindo assim pro Cairo, eu entendi isso.

- Espera, é um pedido de desculpas? - Me aproximo, quando ele ia se pronunciar, o interrompo - Isso é bom ou ruim? - Falo sarcasticamente.

- Olha só..

- Isso é muito bom... Isso é muito bom.

- Olha já que a gente vai passar a noite juntos.

- Uhum.

- Que tal a gente dar um tempo nessa besteira toda e bolar uma estratégia contra o.. - Viro o meu rosto, fala sério.

- Mogart.

- Mogart.

- E só pra você saber, eu não tô indo nisso pra ajudar, eu tô aqui por mim e todos que morrerão se o Harrow tiver sucesso.

- Tá, entendido - Assenti.

- Que bom - Falo encostando minhas costas novamente.

- Eu sinto muito, se é que vale de alguma coisa... E esse tal de Mogart, ele tem mesmo esse sarcófago?

- Sim, eu perguntei pra ele, a coleção de Mogart é a fonte principal pra aqueles que lidam com antiguidades.

A música que os viajantes ouviam se faz mais alta, chamando nossa atenção.

As pessoas estavam dançando com felicidade, pelo menos, eles estavam felizes.

- Eu não ouço essa canção desde o nosso casamento.

Olho para ele e sorrio.

- Eu nem sequer prestei atenção nisso, estava tensa demais para prestar atenção em uma música...

- Desculpe..

- Poderia ter me contado, não é? Como tem sido pra você, sobre o Steven.

- Tudo o que eu sei é que eu tinha tudo sob controle, até pouco tempo.

- O que aconteceu?

- Ah.. Deixa pra lá.

Me aproximo e seguro suas mãos.

- Poderíamos ter lidado com isso juntos.

- É, eu não costumo fazer isso, não é? Eu nunca fui capaz de falar sobre as coisas..

- Coisas reais?

Olhamos um para o outro.

- Isso.

- É, eu sei, mas não significa que nós não poderíamos..

E então ele me afasta dando leves tapinhas nas minhas mãos.

- É, pode ser só que é meio tarde pra isso agora - Ele respira fundo - Eu também tenho certeza que não era o único a esconder algo.

- Sim, não era, não te contei muitas coisas Marc, acho que foi por isso que tínhamos uma certa distância entre nós.

- E esse papo de Deusa Sekhmet? Você estava na pirâmide de Gizê..

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