Dizem que, quando se ama, você é capaz de tudo.
Mas, o que fazer quando você ama por dois? O que fazer quando você ama uma pessoa e essa não te ama de volta? E, o pior: o que fazer quando essa pessoa é seu marido?
O que fazer quando as câm...
UC é uma Fanfic Larry Stylinson com o universo alternativo Mpreg. Se você não gosta desses gêneros, feche a História, por favor. Se você gosta, divirta-se!
Esta Fanfic é de minha total autoria e contém todos os direitos reservados a mim. Ela começou a ser escrita em 2014, tenha isso em mente.
Unconditionally é uma história de fã onde Harry e Louis representam papeis e relações fictícias, assim como os demais personagens.
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Boa Leitura. x
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OS fleches fortes e claros das câmeras cegava meus olhos. Os cliques dos disparos a cada foto chegavam-me como um baque de realidade, porém eu deveria estar acostumado, não deveria? Três anos de farsa, três anos fingindo uma coisa que não acontece realmente. Mas eu não estou e nunca vou estar acostumado.
Eu sabia que ia ser assim desde que me envolvi com os Styles. Para falar a verdade eu não tive muita escolha, mamãe sempre dizia que era o meu destino, sem trocadilhos ou armadilhas, mas no final de tudo eu armei minha própria armadilha.
Desviei minha visão para o homem ao meu lado e tive certeza que mantinha um brilho no olhar. Os seus cabelos escuros em uma bagunça organizada que eram seus cachos. Alto, pele branca perfeitamente esculpida para seu corpo magro. Mas o que me fascinava e me fascina até hoje, são seus olhos incrivelmente verdes, como grandes esmeraldas em seu rosto.
Meu marido.
A pessoa que deveria me amar, porém não ama. Mas eu o amo e essa é minha armadilha: eu amo por dois e amar por dois dói, como uma faca que se crava cada vez mais fundo ao meu coração sempre que meu sentimento é ignorado. Mas eu não posso fazer nada, eu não irei obrigá-lo a me amar.
Seu olhar se encontra com o meu quando ele vira a cabeça em minha direção, olhos azuis contra olhos verdes, e ele sorri falsamente apaixonado sem qualquer brilho no olhar. Os disparos se intensificam, reluzindo em sua pele e eu sei que são para as manchetes, colunas e tabloides de fofoca.
Seus dedos agarram os meus superficialmente, seu toque me aquece de certa forma mesmo sendo frouxo. Eu sempre fui vulnerável ao seu toque, fui criado para agradá-lo, agradar sua família. Acho que eu falho na primeira parte.
Pelo canto do olho pude ver um dos caras do evento nos liberar. Oh Deus, obrigado! Casa finalmente. Meu corpo implora e protesta em cansaço e sinto meus músculos tensos. Eu só quero a minha cama.
O Carro negro já nos esperava na porta quando eu e Harry começamos a andar, o tapete vermelho felpudo que nos levava a saída faz a sola nova do meu sapato deslizar cócegas. Seguro-me nos dedos atados aos meus levemente soltos de Harry para não escorregar. Um pequeno grupo de repórteres tomou nossa frente, nos cercando e tapando a passagem.
- Harry! Harry! - Gritavam todos juntos, desconexos, enlouquecendo-me levemente. Suspirei soltando a lufada de ar quente da minha boca, e logo forçando um sorriso.
- Quando o casal terá filhos? - Pergunta Taylor, sorrindo falsa para mim.
Taylor é uma loira alta, seus cabelos cortados em um chanel que moldava seu rosto. Corpo magro, perfeita aos olhos de muitos homens e mulheres. Uma repórter e colunista de uma revista de fofoca que faço questão de desprezar. A meu ver como profissional, ela é irritante e enjoativa, mas acho que só pra mim mesmo já que dos três anos de casamento, dois deles ela é amante de Harry, amante que ele mesmo faz questão de jogar na minha cara sempre que pode.
- Acho que... - Harry sorriu sacana para a loira sem sal a sua frente - Está cedo para Lou engravidar, quem sabe mais pra frente? - Piscou.
Houve uma época em que a humanidade esteve à beira da extinção. Eu não era nascido ainda, nem sonhava em nascer para falar a verdade, uma doença hemorrágica atingiu e castigou a população, matando um por um. Na época a família Styles não era renomada e não tinha credibilidade como é hoje, mas isso mudou drasticamente justo por causa da catástrofe.
Um Styles salvou a população, alterando o DNA do corpo humano, aumentando as células de defesa do organismo. Com as novas alterações, por acidente ou não, alguns homens começaram a ovular ao chegar à puberdade, levando-os a fazer exames decorrentes até descobrirem a causa. Um efeito em cadeia fez homens terem útero expandido, podendo assim como as mulheres engravidar.
A população decadente, com muitas mortes e poucas vidas, buscou naquele erro a chance de se reerguer e popular o mundo novamente. Infelizmente ou felizmente, eu sou um dos tantos de hoje em dia que podem engravidar.
- Não é, Lou? - Ouvi sua voz rouca me solicitar. Seus olhos e sorriso frios vidrados em mim.
- Sim.- Sussurro sem ânimo e sinto sua mão apertar-se contra a minha em uma advertência. Suspirei, forçando ainda mais o meu sorriso para fazê-lo no mínimo parecer verdadeiro.
Vejo Paul, nosso segurança e meu amigo, entrar na nossa frente tapando a visão das câmeras e dos repórteres.
- Chega! Para o carro, por favor, saiam! - Sua voz grave ecoou pelo espaço aberto enquanto empurrava devagar as pessoas para que elas se afastassem.
Quase o abraço em tamanho agradecimento, queria apenas me jogar nos meus lençóis de cetim branco que embalavam meu colchão. Harry e eu não dormíamos juntos, ele não gostava nenhum pouco de mim, e por mais que eu tente ignorar esse fato diário que me estapeia a face.
Ás vezes penso que é demais para suportar, mas eu continuo segurando minhas estruturas rachadas enquanto posso. Não, eu não vou quebrar, eu não vou partir. Eu serei contínuo até onde eu puder.
Acordo de meus pensamentos quando sinto a mão de Paul em meus ombros me empurrando delicadamente, ou não tão delicadamente assim, para dentro do Mercedes negro e de vidros filmados.
Sentei-me ao banco traseiro estofado do lado esquerdo do carro e vejo Harry dar a volta no mesmo calmamente, entrar pela porta direita e se acomodar por ali, deixando um vão entre nós. Solto um suspiro que estava preso em meus lábios a manhã toda e deixo meu olhar vagar pela paisagem do lado de fora, mal vejo Paul sentar no banco do passageiro e Scott, nosso motorista, arrancar com o carro rumo a mansão que eu chamo de lar.
