UNCONDITIONALLY

9. Tolos

Hey meus queridos, tudo bem?

Eu estou muito feliz! Chegamos a 1K de leituras e para muitos isso é pouco, mas para mim é muito! 

Quero fazer uma observação: No ultimo capítulo Harry diz que é onze horas da manhã quando eles estão no estúdio, e em outra parte da narração o James diz que está feliz em tê-los ali aquela noite. Não foi erro de digitação. Os programas geralmente são gravados durante o dia e exibidos a noite em outra data. Espero que não tenham confundido.

Outra coisa: eu não coloco quem está narrando pois creio que vocês se acham facilmente na narração (e também por que esqueço), mas se quiserem eu coloco. Por favor, me digam.

Enfim, mais uma vez obrigado!

Boa leitura.

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SORRIO olhando Zayn tentar afastar as mãos de Liam de seu cabelo, arrumados em um topete perfeito como todos os dias. Ele resmungava entre um afago e outro que o Payne dava com seus dedos embrenhando nos seus fios negros rapidamente, já que Malik os retirava e resmungava. Eles estavam na minha esquerda, mais propriamente no armário de Liam, tentando achar algum dinheiro para comer já que Zayn estava resmungando de fome, neguei com a cabeça rindo ao que Zayn soltou um palavrão e Liam o olhou sorrindo bobo.

- Acordo, não tenho trabalho procuro trabalho quero trabalhar, o cara me pede o diploma não tenho diploma não pude estudar... - Thales batucava com o lápis contra o metal do armário cinzento. Cantava alto acompanhando creio eu a música que estourava nos seus fones. Ele estava à minha direita, de olhos fechados. Falava tão rápido que para mim parece mais um monte coisas emboladas, não que eu entenda Português. - E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado que eu saiba falar. Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá! - Ele começou a balançar a cabeça batendo o lápis mais forte ainda. As pessoas passavam o olhando estranho e eu começo a rir.

- Thales. - Eu chamo. - Thales! - Repito ao ver que ele não me ouviu. Aproximo-me e retiro um de seus fones.

- Oh, Oi! - Sorri me olhando. Eu começo a rir e ele franze a testa. - O que?

- Você está cantando como se estivesse em cima de um palco, cantando rapidamente e alto! - Explico e ele morde os lábios ficando vermelho e olhando para os lados - O que é isso que estava escutando, rap brasileiro?

- Sim, de um cara chamado Gabriel! A letra é legal. - Ele deu de ombros desligando a música.

Sorrio para ele, desencostando do armário e o moreno imita meu ato. Zayn pragueja, mandando o dinheiro que procurava para a puta que pariu e fechando o armário com raiva, gritando para Liam mais uma vez tirar os dedos de seu cabelo. A aula já tinha acabado e o corredor se esvaziava aos poucos. Abri meu armário e joguei meus livros ali, resolvendo deixar todos nessa noite. 

Meus ombros doíam e só de pensar que ainda é segunda feira, me desanimo. Depois da entrevista com James, Harry e eu voltamos para casa sem dirigirmos uma palavra, cada um foi para seu quarto e se trancou por lá a tarde toda.

Mordo os meus lábios nervosamente enquanto caminho pelo extenso corredor rumo à saída. Em minha mente repasso a gravação de hoje mais cedo e suspiro me lembrando perfeitamente da mão de Harry contra a minha, mesmo seus dedos estando folgados nos meus. Suas palavras em relação a mim me causaram espanto e, por mais que seja estúpido, causou-me esperança. Uma faísca perigosa de uma esperança em algo já falido.