OI AMORES, TUDO BEM COM VOCÊS?
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O meu sorriso fácil descansa em nos meus lábios enquanto minha mente vagueia, os pensamentos já um pouco desconexos pela bebida abafam o som do pub, deixando apenas a vibração da música alta me prender na realidade.
A minha frente Zayn, Liam, Niall, Gemma, Thales e Marie jaziam risonhos. A conversa gritada mantida pelo grupo era sem fundamento e, vez ou outra, Liam estava fazendo Thales passar vergonha na frente de Marie.
Havia se passado uma semana desde meu primeiro dia no orfanato. Nesses dias de trabalho li e reli relatórios de todas as crianças residentes do Holy, focando minha atenção em um caso especial. A história ainda desmembrada de Anthony me prendeu de tal forma, que me fez revisar seu formulário feito pela diretora várias e várias vezes. Seus olhos tristonhos levam-me a me empenhar para trazer luz para sua vida.
Diante do meu esforço pela semana, Harry conseguiu me convencer a vir a um pub, alegando descontração pelo meu esforço e comemoração pela conquista da nova fase da minha vida.
E assim, duas da manhã da madrugada de um sábado, encontro-me levemente bêbado em um ambiente acalentado pelo calor corporal das pessoas na pista de dança. As paredes escuras refletindo as luzes coloridas de led e o burburinho de conversa sendo abafados pelas músicas eletrônicas berrantes pelo som.
- Oh, pare com isso, seu merdinha! – Liam murmurou com a fala embolada pela bebida, amassando um guardanapo e jogando em direção ao rosto de Thales, errando grandemente. – Você está inventando.
- Não preciso inventar nada, bola fofa. – Thales berra ainda mais alto do que de costume, seu sotaque forte e presente em sua voz pelo álcool. – Sou brasileiro, tenho imunidade a álcool, conheço o poder da cachaça.
- Cachaça? – Sinto minha língua enrolar para soltar a palavra latina.
- É, Lou. – Ele bate em meu ombro sem nenhum motivo aparente e, logo após, passa o braço atrás de Marie em um ato inconsciente de carinho e proteção.
O brasileiro me ligou na madrugada de quarta para quinta, berrando seu surto a quem quisesse ouvir que havia beijado sua vizinha e, em suas próprias palavras, foi o "melhor beijo da minha insignificante existência". Desde então os dois estavam ficando e meu amigo resolveu trazê-la para apresentá-la ao resto do pessoal.
- E o que seria cachaça? – Pergunto enrolando a língua mais uma vez e rindo bobamente logo depois.
- Não posso contar o segredo da minha terra natal. – Ele sorri largo. – Mas, vou te mostrar quando o Harry voltar com as bebidas.
– O que isso tem a ver com Absolut? – Niall perguntou inclinando-se sobre a mesa. Thales direcionou-lhe um sorriso ladino enquanto levanta uma de suas sobrancelhas. – Não me diga que...
– Vira-Vira! – Zayn gritou batendo na mesa e todos nós soltamos um riso alto.
Encostei-me contra o banco estofado que envolve a típica mesa redonda de pub e relaxei as costas, levando a taça quase finalizada de vinho até os lábios e sentindo um rastro fulgurante por minha garganta ao dar o último gole. Girei meu olhar pelo local rapidamente, minha cabeça oscilando minha visão pelo ambiente, borrando quase tudo por míseros milésimos de segundos.
Noto vagamente membros da produção disfarçados pelos cantos do pub, suas câmeras menores pelo lugar presas em suas roupas. Estão atentos a cada movimento nosso, assim como as câmeras do estabelecimento quais as imagens serão fornecidas para o reality depois.
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UNCONDITIONALLY
FanficDizem que, quando se ama, você é capaz de tudo. Mas, o que fazer quando você ama por dois? O que fazer quando você ama uma pessoa e essa não te ama de volta? E, o pior: o que fazer quando essa pessoa é seu marido? O que fazer quando as câm...