UNCONDITIONALLY

8. The Late Late Show

Hey amores, tudo bem?

Tem um recadinho nas notas finais, leiam por favor.

Boa Leitura anjos.

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MEUS olhos fixaram no rosto de Tomlinson, que por sua vez me encarava de volta. Percebi que ele tentava de todas as formas não piscar, porém o azul profundo tão costumeiro de seus olhos o entregava, já que havia se transformado em um azul raso afetado graças as suas lágrimas contidas. Ele mordia o lábio com certa força, o tornando avermelhado e eu tinha quase certeza que daquele ato surgiria um ferimento, vi quando ele desceu sua mão da mesa para sua perna e soube que tentava descontar sua frustração no pobre tecido da calça.

Eu sei que ele gosta de mim, sei que faria o possível e o impossível pela minha família e sei mais ainda que sou um idiota bastardo que, assim como ele desconta sua angústia em sua calça, eu desconto nele. Somos todos angustiados por motivos opostos que nasceu de uma mesma decisão, uma maldita decisão. O encarando assim de frente, notando todas suas emoções trasbordarem por sua face, eu me repreendo levemente. Talvez se tivesse começado de um modo diferente, nada disso seria necessário, se eu tivesse tentado nada disso seria necessário. É. Talvez Gem tenha razão.

Apesar de ter em mente isso, não posso simplesmente aceitar seus sentimentos e tomá-los para mim. Tão logo tudo o que disse para minha irmã é a mais pura verdade: Eu quero encontrar amor um dia também.

Pela minha visão periférica, consigo notar que Thales me encara. Não trajava qualquer expressão no rosto, piscava lentamente enquanto seus olhos me analisavam sem dizer quaisquer palavras desde a minha fala. A respiração pesada de Louis cortava o silencio pesaroso do ambiente, a comida parecia ter sido esquecida nos três pratos postos a mesa enquanto nos encarávamos e antes de sequer reagir escuto o toque abafado de um celular no cômodo. Louis abaixa sua cabeça e o procura nos bolsos e logo olha a tela.

- Com licença. - Ele profere baixo enquanto se levanta e devagar, retira-se do cômodo pondo aparelho na orelha.

Volto meu olhar para o homem à minha frente que ainda me encarava. Eu arqueio uma de minhas sobrancelhas em desafio e ele solta a respiração pesadamente no ar e, assim como eu , se recosta na cadeira desviando brevemente o olhar. Parece tomar fôlego ao me encarar novamente.

- Eu conheço o Louis há um ano, - Ele iniciou seu provável discurso. - Nos encontramos por acaso nos corredores de NYU. Ele é extrovertido, amigo de todas as horas, a pessoa mais amável que conheço e também a pessoa que mais ama e então e eu te pergunto: Por quê? - Me encara em acusação.

Vinco a testa.

- Por quê, o quê? - Perguntei baixo.

- Por que o fere? Por que você tem que ser uma maldita faca que o fura incansavelmente? - Ele se inclina em minha direção sobre a mesa. - Você sabe dos sentimentos dele por você, sabe que ele se atiraria na frente de uma bala e morreria por você e mesmo sabendo disso pisa no amor dele como se fosse nada, como se fosse um tapete feito apenas para você passar por cima inúmeras vezes, sempre que quiser. - Ele rosnou as palavras em minha direção. - Não sou a pessoa mais adequada para entender sobre o amor e seus obstáculos e já comentei isso com Lou, porém mostrei meu ponto de vista e por incrível que pareça eu o encorajei a tentar mais uma vez, a se arriscar mais uma vez e sabe o que ele fez? - Ele pergunta retoricamente e eu apenas o encarei em silêncio. - Ele chorou por minutos a fio no telefone e mesmo ele não ter me dado à resposta, eu sei que ele irá se arriscar, mesmo sabendo que você o irá machucar mais uma vez. Ele está disposto Harry, cansado de tudo, mas ele quer tentar. E você?