Hello, it's me...
Leiam as notas finais, Please? :)
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A luz opaca do pequeno jardim na frente do hospital, atravessava as portas de vidro da sacada do quarto esbranquiçado e iluminava o piso de granito preto, sábado se revelou um dia frio e cinzento logo cedo. Meus olhos pairam cansados e sem rumo sobre o topo das poucas árvores lá embaixo, a grama é umedecida vagarosamente com a fina garoa liberadas pelas nuvens brancas que encobrem o azul do céu.
Suspirei pesado sentindo meu corpo protestar pela noite desfalcada de sono, meus dedos se entrelaçando uns contra os outros e eu tento estrala-lo com o intento de relaxar as juntas, viro-me devagar para o interior do quarto pela décima vez nessa longa manhã, apenas para checar Harry mais uma vez. Seu corpo está ereto sobre a cama, seu peito sobe e desce lentamente e seu rosto parece ainda mais pálido sob a luz do dia refletida nas paredes brancas.
Quando Harry acordou no hospital o dia estava para despontar no horizonte, não ficou acordado por muito tempo e, logo após meu abraço seguido por minhas palavras em rompante, sua mente derivou para um profundo sono que dura até agora.
Acordei de meu estado de inércia quando sinto meu celular vibrar no bolso da minha calça moletom que havia colocado para dormir ao chegar da faculdade, sem tempo de pôr nada decente antes de vir às pressas para o hospital. O apelido de Thales é ofuscante na tela do celular e eu sorrio levemente, sabendo que foi Zayn que mudou o nome ontem ao pegar meu celular.
- Hey. – Murmurei, minha voz está rouca e falhada pelo meu choro ocorrido há horas atrás e minha falta de fala até então. Thales pronuncia algo em português do outro lado da linha que eu não consigo decifrar. – Em inglês, por favor. – Sorrio contra o aparelho.
- Oh, desculpe Lou. – Sua risada um pouco alto acompanha sua fala – Com minha mãe e irmã em casa eu acabo acostumando a falar minha língua nativa.
- Tudo bem, T, eu entendo. – Respondo calmamente enquanto caminho devagar para a poltrona ao lado de Harry.
- Você está bem? – Ele diz devagar, murmurei algo em uma curta concordância enquanto fecho os olhos e encosto minha cabeça no estofado. – Você tem certeza, pigmeu?
- Eu estou no hospital...
- Oh, meu deus! – Thales basicamente grita me interrompendo e eu afasto o celular do meu rosto levemente. – Que hospital? O que aconteceu? Você está bem?
- Hey, calma. Eu estou bem, me deixe terminar de falar. – Minhas palavras são um pouco estridentes e não tão baixas assim. – É Harry. Ele acordou no meio desta madrugada sem conseguir respirar e tivemos que trazê-lo para o hospital às pressas.
- Deus, Louis. – Seu tom e falho pela surpresa. – Ele está bem agora? – Pergunta devagar e eu apenas balbucio algo em concordância – E Você está bem, baixinho?
- Eu... – Fecho meus olhos sentindo as lágrimas queimarem minhas pálpebras, pesarosas para cair. – Eu achei que fosse perdê-lo, eu achei que fosse perder uma parte de mim, T. – Meu suspiro sai falhado quando eu tomo uma longa lufada de ar, e as lágrimas antes presas, escapam e escorrem por minhas bochechas. – Eu nunca achei que uma dor pudesse corroer tanto. É como um ácido que percorre minhas veias.
O soluço corta minha fala, meus ombros pesam e eu me curvo sobre minhas pernas tomando meus cotovelos como apoio. Meu choro e rústico e pouco barulhento é o único som presente no quarto hospitalar além do aparelho irritante ao lado do cacheado.

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UNCONDITIONALLY
FanfictionDizem que, quando se ama, você é capaz de tudo. Mas, o que fazer quando você ama por dois? O que fazer quando você ama uma pessoa e essa não te ama de volta? E, o pior: o que fazer quando essa pessoa é seu marido? O que fazer quando as câm...