𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 3

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𝗨𝗺 𝗳𝗶𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗶𝗳𝗲𝗿𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗼 𝗵𝗮𝗯𝗶𝘁𝘂𝗮𝗹...

Nunca acreditei no que ele dizia, ele sempre dizia que eu era diferente, que sentia algo diferente por mim, que não sabia como explicar o que sentia.

Eu duvidava disso, ele antes tinha alguém e tinha mentido para ela como ele poderia estar falando sério?

Mas eu levei isso como uma brincadeira, eu gostava de me sentir desejada e até mesmo do pouco de atenção que ele me dava. Por um tempo eu acreditei que ele poderia ser o meu Christian Grey, seria o meu escravo online, ambos nos usaríamos para ter prazer e haveria um dia em que nós encontraríamos alguém e seríamos felizes ou então um de nós sofreria quando isso acontecesse.

Todas as vezes que ele demonstrava sentir ciúmes, porque dizia sempre que queria ser ele a gozar na minha bocetinha, isso me fazia querer que ele poderia sentir mais do que apenas um tesão por mim.

Eu não queria sentir o que estava sentindo, estar a apegar-me a ele eu não queria, mas a realidade é que eu estava verdadeiramente a apegar-me a ele.

Eu devia fazer isso? Não ele tinha mentido tanto para mim, como para a namorada anteriormente, mas foi isso que aconteceu eu apeguei-me a ele. Nós sempre dizíamos que ia demorar para estarmos juntos, ele vivia do outro lado do oceano e não tinha muitas possibilidades financeiras. Mas um dia eu fui surpreendida, fui acordada pela minha mãe de manhã cedinho.

— Cati acorda — disse ela não muito alto. Nem vos falei sobre mim Catarina, cati para as pessoas mais chegadas uma pessoa um pouquinho carente demais de atenção.

— Que foi mãe, porque está me acordando tão cedo? — eu lhe perguntei.

— Está aqui alguém para falar contigo — disse ela.

Nesse momento eu levantei-me e me sentei na cama esperando a pessoa que me procurava. E eu então o vi, não sei o que senti ou como explicar o que senti naquele momento. Todas as vezes que eu tinha duvidado dele desapareceram e eu queria tocá-lo e beijá-lo. Pensei que era apenas algo virtual, mas não ao vê-lo ali eu percebi que o meu sentimento era verdadeiro.

— Olá preguiçosa ainda na cama? — perguntou ele com aquele ar tão descontraído e um sorriso no rosto.

— Sim, — eu disse um pouco envergonhada ao olhá-lo.

— Feliz ao me ver? — perguntou ele.

— Claro que sim — eu disse para ele. Eu estava mais que feliz ao vê-lo, mas eu não devia eu ia acabar me machucando se eu me apegasse.

Disse-lhe que ia vestir-me, se ele me podia dar um minuto e assim foi, eu fiquei mudando de roupa no meu quarto enquanto ele estava na cozinha me esperando.

Dirigi-me à casa de banho após me vestir para fazer as minhas higienes pessoais, até arranjar o meu cabelo, sim, era algo desnecessário e até um pouco bobo, mas o fiz porque eu própria sentia-me um pouco boba com a presença dele ali.

Sai do banheiro, e dirigi-me à cozinha, inicialmente eu pensei que seria cedo, mas ao olhar para o relógio eu percebi que era hora de almoço, passava do meio dia. A mesa já estava posta, os meus pais já tinham almoçado.

— Já almoçou? — perguntei para ele que estava sentado numa cadeira ao meu lado.

— Já sim, mas ainda não tive a minha sobremesa...- disse ele num tom irônico, eu percebi isso, o duplo sentido naquela frase esperava que eles não tivessem percebido.

— Cris...- eu disse dando-lhe um olhar atrevido.

— Já me calei — disse ele rindo.

Comi um bife com esparguete, depois disso levantei-me e fui lavar as mãos.

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