𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 13

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Dias depois, eu já estava em casa de Felipa ela que me obrigou a me mudar para casa dela, com a desculpa que eu estava com uma " famosa" depressão, acho que depressão não era a palavra correta a usar eu estava triste sim, não dizia deprimida, no início tinha sido fácil eu achar que iria conseguir aceitar apenas sexo com ele, mas para uma libriana raiz, isso não é fácil, sim, dizem que temos muitos " contatinhos " e até pode ser verdade, termos eles online quando somos solteiras, mas quando isso passa para a realidade para " real life" não é a mesma coisa.

Cada beijo, cada toque, faz o nosso coração disparar, sentir sensações diferentes. E isso aconteceu comigo me apaixonei por Cris, mesmo achando que isso não ia acontecer e estava sofrendo. Estava no sofá, quietinha assistindo um filme Felipa parecia estar cozinhando, comecei sentindo o cheiro de fritos que de início não entendi o que era, mas logo descobri, o cheiro era de batatas fritas, amava e ainda amo, mas naquele dia o cheiro me fez correr e logo eu estava com a cabeça quase enfiada na sanita vomitando. Achei que estava chocando alguma coisa, já que o cheiro de fritos nunca me tinha feito vomitar antes. Passado pouco tempo, Felipa estava perto de mim.

— Amiga, o que aconteceu? — perguntou Felipa parecendo preocupada.

— Nada não, deve ter sido algo que eu comi — eu disse, acabando de deitar basicamente tudo o que eu tinha tomado no pequeno-almoço que tinha sido uma tosta.

— Me diz uma coisa, você e o Cris se protegeram né? — perguntou Felipa. Ao ouvir aquela pergunta, eu não conseguia raciocinar, não estava entendendo de todo o que ela queria dizer com isso era como se eu estivesse burrinha.

Passado um tempo eu consegui pensar direito e aí sim, eu apercebi-me que não eu e ele não nos tínhamos protegido de todo.

— Cati, me responde por favor, você e ele usaram, camisinha, pílula, me diz que sim? — perguntou ela quase surtando talvez não no bom sentido da palavra.

— Não — eu disse abaixando o rosto, não estava acreditando que eu realmente podia estar grávida e sozinha.

— Cati, porquê, me diz apenas o porquê? — disse ela agarrando a minha cabeça, parecia que ela não estava zangada apenas preocupada comigo.

— Eu acho que amava ele — eu disse começando a chorar, eu não achava eu sabia deveras eu amava ele e não sabia se o iria conseguir esquecer.

— É claro que você ama ele, ele um babaca por não amar você do mesmo jeito — me surpreendi com ela dizer aquilo e logo a olhei, vendo que ela parecia sincera.

— Que você vai fazer meu amor — disse ela, as mãos dela ainda estavam na minha cabeça e ela tinha já a sua encostada a mim como me confortando.

— Eu não sei — eu disse, a realidade é que era verdade eu não sabia. Comecei pensando se eu estivesse mesmo grávida o que eu iria fazer, estava sozinha, se Cris soubesse podia dar tudo ao bebê, mas isso não o ia fazer amar me e eu nem queria isso, um bebê nunca, foi algo que eu considerei que pudesse fazer com que uma família resultasse, isso não significa que um casal se ama.

— Eu não sei de verdade, eu estou soz...

— Cati, olha para mim, nem se atreva a acabar essa frase, você não está sozinha entendeu? Não está, eu estou aqui e vou ajudar você de todas as formas possíveis e ainda vou ajudar essa neném se ela realmente estiver aí dentro — disse ela logo acarinhando a minha barriga.

Meses depois

Estava parada em frente ao espelho, um espelho comprido no meu quarto, um quarto que era em casa de Felipa, depois de ter descobrido a minha gravidez decidi que não queria e não precisa de Cris na minha vida, talvez um dia no futuro eu lhe dissesse a verdade e não iria impedir o meu filho de o conhecer. Estava em frente ao espelho, apenas de calcinha, e sutiã rendados, rosa, pois tinha acabado de experimentar umas roupas que tinha comprado na shopp uma loja de roupa online que eu amava. Olhei-me no espelho vendo que se notava pouquinho, mas já se notava, me sentia de certa forma feliz e radiante mesmo sabendo que estava praticamente sozinha, não completamente, pois Felipa sempre fazia questão de me mostrar que estava lá. Passava a minha mão pela barriga a tocando acarinhando e deixando o meu sorriso bobo ser refletido pelo espelho. Sem mesmo ter reparado logo senti Felipa por trás de mim, o seu queixo pousou em cima do meu pescoço e ela logo tocou a minha barriga com as suas mãos um pouco frias. A respiração dela perto do meu pescoço me arrepiou de uma forma que nem eu mesma tinha entendido. Ela passou uma das suas mãos por um braço meu como me acarinhando, até aquele momento a ideia de que ela podia estar interessada por garotas nunca passou pela minha cabeça, mas naquele dia aquele toque suave demonstrava realmente isso. Eu própria não me considerava lésbica ou mesmo bi, mas o toque dela não me repudiou, sim, fez o meu corpo arrepiar, mas num sentido que eu própria não me estava conhecendo. Fiquei imóvel vendo o que ela ia fazer se tinha sido apenas um toque involuntário um erro. A boca dela logo subiu e ela veio falar no meu ouvido numa voz baixinha que demonstrava bem que ela sentia desejo.
— Me deixa tratar de ti, você merece e esse neném que está aí dentro vai ficar feliz pela mamãe.

Mal consegui dizer um " Aham", ela estava mordiscando de leve a minha orelha e colocando a língua que parecia de certa forma quente dentro da minha orelha. As minhas mãos que antes tinham estado na barriga agora estavam caídas, não sabia realmente o que fazer, uma das mãos dela ainda estava na minha barriga, a outra que tinha passado pelo meu braço desceu e estava passeando entre o elástico da minha calcinha, senti ela enroscar para do elástico no dedo o esticando e depois o deixando, o que me causou um certo ardor como um pequeno beliscam, mas isso só veio me alertar e fazer entender que com pequeninos detalhes eu estava já molhada esperando algo acontecer. Quando pensei que ela ia me fazer algo ali mesmo, a mão dela entrelaçou na minha quase me encaminhando ou puxando para outro lado.

— Anda cá — disse ela, em poucos passos ela e eu estávamos perto da cama, eu estava em pé sem saber como reagir eu nunca tinha tido um caso com uma garota, mas a realidade é que aquilo, o toque dela me tinha excitado.

— Deita na cama por favor — disse ela se colocando detrás de mim. Fiz o que ela me mandou e fiquei deitada, senti uma almofada me incomodar detrás das costas e logo a tirei. O meu corpo estava com adrenalina o meu coração batia mais rápido de expectativa.

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