Lembram se de eu dizer que ele dizia que gostava de mim, mas não me amava, sim, ele dizia que me amava nas conversas picantes, mas que com o tempo ia se apaixonar por mim por isso o ele dizer que não queria ir embora.
Ao sair do quarto atrás de Felipa, eu lá vi o carrinho, ele era grande, mais espaçoso do que eu imaginava, feito de ferro cinza, por cima dele uma enorme toalha que me esconderia, por um momento fiquei olhando ele, mas depois afastei a toalha me abaixei e me coloquei lá debaixo. Tinha realmente uma pequena abertura em que eu ficaria abaixada e caminharia com os meus pés se claro, não fosse muito distante o quarto onde ele supostamente estaria.
Felipa ajeitou a toalha vendo realmente se não me conseguiriam ver e então ela começou empurrando aquele carrinho muito devagar. Durante o caminho eu só pensava nas palavras dele, quando ele me demonstrava sentir desejo, o meu peito apertou e eu fiquei com medo de ter criado uma imagem irreal dele na minha cabeça,as minhas lágrimas já queriam aparecer,mas eu logo segurei o choro e tentei tirar aquela imagem da minha mente. Um tempo depois senti o carrinho parar e eu sabia que estava prestes a ter a certeza se ele estava ou não com alguém.
Ouvi Felipa bater à porta, em menos do quê, dois minutos alguém se dirigiu à porta.
— Bom dia, vocês receberam um prêmio são os clientes, número 300 e por isso tem direito a um serviço de quartos personalizado, apenas peço que não mexam muito no carrinho ele está com problemas técnicos — disse Felipa, num tom politicamente correto e logo empurrando o carrinho para dentro daquele quarto.
— Muito obrigada — disse Cris, não quis acreditar que era mesmo ele, rezei naquele momento para que ele não estivesse com alguém. Estava desconfortável debaixo daquele carro, mas não podia sair naquele momento, por isso me deixei ficar lá.
Apercebi-me que nem tinha reparado que tinha comida em cima do carrinho, mas a realidade é que tinha. Senti num momento ele ou alguém se dirigir ao carrinho, dentro de mim, eu sentia medo, receio ou talvez apenas adrenalina por poder ser descoberta.
— Amor, vem pra cama — disse uma voz familiar, eu conhecia aquela voz, não era à toa, eu sempre tinha sido amiga, ou melhor amiga daquela garota, ela tinha sido ex dele, ex do Cris. Não estava acreditando que ele estava fazendo aquilo.
O meu corpo começou tremendo, não entendia porque aquilo estava acontecendo comigo, ela que disse sempre que não o amava mais e até tinha seguido com a sua vida em frente.
Desarredei a toalha só um pouquinho, muito pouco para que eu conseguisse ver eles, vi então os pés dele se afastarem, e logo eu vi ele se dirigir à cama. Não conseguia ver muito, por isso tive que fletir um pouco os meus joelhos e ao o fazer por um momento o carrinho abanou, fazia com que o que tinha em cima dele fizesse barulho. Rezei ou desejei que eles não tivessem ouvido.
— Você ouviu algo meu amor? — perguntou Marília a garota que eu conhecia como ex dele.
— Deve ter sido alguma corrente de ar, ou algum problema no carrinho, como a garota disse. — disse Cris.
Suspirei de alívio quando percebi que o meu disfarce estava salvo por um momento. Ao levantar a cabeça um pouco mais eu dei de caras com eles. Uma dura e crua realidade, ela estava com uma espécie de lingerie preta rendada muito transparente e ele, eu apenas conseguia ver as suas costas e o bumbum demonstrando que ele estava nu. O vi beijar ela, a tocar, eu devia ter desviado o olhar no primeiro instante que vi, mas não consegui. Depois de realmente uns minutos eu me coloquei para dentro daquela toalha.
Estava talvez em negação sem acreditar, mas as minhas mãos suando demonstravam que alguma parte do meu corpo sabia que aquilo era real. Fiquei ali ouvindo os gemidos loucos deles, as promessas vãs de amor e talvez carícias que eu não via. Não entendia como ele tinha feito isso comigo. De início não, mas depois as palavras de Felipa me vieram à cabeça todas às vezes que antes ela me tinha dito que ele tinha " traído" a ex dele comigo e eu tinha sido patética ou burra em confiar nele, não que ela me chama-se de alguma dessas palavras, mas a realidade é que eu me considerei naquele momento isso por ter confiado nele.
Tentei ficar naquele carrinho imóvel, mas não era fácil, primeiro as minhas mãos começaram tremendo, talvez de raiva, depois as minhas pernas na posição que estavam eu não estava aguentando de verdade. Talvez me tenha passado pela cabeça que fazer um " barraco" como Felipa tinha dito não era assim tão ruim, as minhas mãos estavam fechadas em punho como se eu quisesse esmurrar alguém, ao ouvir ainda os gemidos deles e, além disso as estocadas fortes, sim uma coisa que eu me atentei porque estava com muita raiva, sim, a raiva apareceu um tempo depois quando eu percebi que aquilo era real, mas não apenas isso a ânsia de saber que eles estavam juntos. Decidi que não, que não ia fazer barraco, pelo menos não naquele momento eu ia esperar e o confrontar e aí eu iria dizer tudo o que tinha entalado na minha garganta.
Depois de um tempo ainda estava debaixo daquele carrinho, sem saber como sairia quando alguém bateu à porta, logo Cris foi abrir.
— Desculpe vir incomodar, mas estamos com falta de carrinhos e eu preciso levar este — disse Felipa. Aí estava a minha oportunidade para sair dali pensei.
Felipa foi empurrando de novo o carrinho, desta vez de costas para a porta, quando ela estava empurrando o carrinho, reparei que naquela toalha tinha um buraco e fiquei a observar Cris, ele que estava com uma cara de pervertido como se estivesse admirando Felipa.
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Contos Variados
Short Story- Plágio é crime , diga não á cópia Contos diversos , a partir de um tema proposto *Muitos capitulos eróticos quem for suscetível não leia🤭🔥🔞* [Esteve ou está no ranking] 🥇Tristeza 🥇Privado Capa feita por @SibelyVictorya