— Querem vir almoçar connosco, nós oferecemos? — perguntou íris para nós, um avontade enorme na sua cara como se ela estivesse sorrindo.
— Não sei, de verdade nós não queremos incomodar — eu respondi, um pouco tímida.
— Não incomoda, pago eu — disse Fernando. Admirei-me com a resposta dele , ele parecia cada vez mais próximo de mim
—E os meus pais? — eu perguntei, o meu pai ainda estava à minha espera e não sabia o que se tinha passado e a minha mãe não ia morrer à fome.
— Pode chamar a sua mãe e o seu pai, não se preocupe — disse ele para mim.A minha mãe telefonou para o meu pai que não tardou lá, descemos e logo pedimos hambúrgueres na esplanada que tinha perto da loja. Nos sentámos na esplanada, ainda não sabia como olhar para Fernando, ele parecia uma espécie de protetor, parecia diferente de uma imagem talvez rude que eu tivesse criado na minha mente. Às vezes o olhava enquanto comia e dava um pequeno sorriso sem dizer nada. Via também o seu sorriso algumas vezes para mim.
— E que tal se fizermos uma festa do pijama, só de garotas, todas nós, a sua mãe pode vir — disse Maria uma outra tatuadora.
— Eu não sei… — eu ia dizer, mas fui interrompida por iris.
— Vai sim, eu também vou apenas tenho de passar em casa avisar o Gui para cuidar do Edu por mim, mas estarei lá em breve — Guilherme é o marido dela e Eduardo o filho com 10 anos.
Depois do almoço ficámos na loja até às 6 da tarde quase noite quando fechou, Maria nos disse que podíamos ir no carro dela, eu, a minha mãe e Rute a outra garota. Percorremos a cidade até ao carro dela, entrámos e fomos até à sua casa. Ao chegar lá, a casa era pequena, mas parecia acolhedora.
Estava tímida sem saber o que fazer em casa dela, ficamos conversando, Maria pediu pizzas e nos sentámos á volta da mesa tempo depois comendo, iris voltou antes mesmo de as pizzas terem chegado e vinha animada. Sim nós já tínhamos uma relação boa porque eu passava a minha vida lá entrando para fazer tatuagens e piercings. Sim eles não sabiam do meu passado, mas ficaram sabendo.
Após comermos iris me perguntou o que eu queria assistir e claro que como viciada em crepúsculo não podia ser outra coisa, só que me arrependo.
Tempo depois eu estava já sentada no sofá deitada um pouco triste por estar vendo crepúsculo, Lua nova, senti a porta ser aberta e esperei para ver quem viria. Vi Fernando aparecer, algo nele parecia diferente e eu não sabia o quê, era como se um peso tivesse saído dos seus ombros ele já não demonstrava uma ansiedade algo que antes ele demonstrava.
— Como você está, tratou de tudo? — perguntou iris para ele.
— Sim, tratei de tudo, acho que vou até à loja tratar de algo depois eu volto — disse ele se afastando. Algo em mim me fez levantar e antes de ele sair eu disse: — Vou com você — eu disse me dirigindo até ele.
— Tem a certeza? — perguntou ele me encarando, algo que me fez ficar tímida.
— Tenho sim, — eu disse envergonhada.
— Nós já voltámos...- disse ele para os seguintes, vi o olhar da minha mãe, mas desconsiderei.
Dentro de mim, parecia ter começado a criar um nervosismo miudinho e eu não sabia qual a razão disso ter acontecido, as minhas mãos tremiam, uma sensação de calor devido ao nervosismo dentro de mim. Pensei que ele tivesse um carro, mas não, era uma mota, ele subiu nela e logo me deu um capacete, me sentei nela e ao ouvir ele dizer: — Se agarra em mim — eu fiz o que ele disse-me, me agarrei, algo dentro de mim fez me sentir protegida por ele e fui capaz de aproveitar aquele passeio até à loja.
Chegando à loja nós descemos. Ainda não estava tendo consciência que ele e eu íamos estar sozinhos no mesmo local. Saímos da mota, a porta do prédio estava aberta ainda, entrámos subimos as escadas e ao chegar em frente à loja Fernando colocou a chave e abriu a porta, estava escuro ainda lá dentro. Tinha receio de perguntar se ele tinha feito ou mandado alguém fazer algo tanto ao Marco como ao Steve, por isso não perguntei. Entrei e fiquei olhando as decorações da loja enquanto ele foi até ao computador ver algo.
Passado um tempo, fui me aproximando dele, fui para trás do balcão e fiquei perto o observando.
Sentei-me no balcão balançando as minhas pernas, me sentia sim, protegida, mas com vergonha também diante dele.— Quer me perguntar algo? — perguntou ele desviando uma vez o olhar e logo o mantendo de novo no ecrã do computador.
— Não — eu disse envergonhada de novo.
— Sei que quer, mas eu espero até que você queira... — disse ele, acrescentando de seguida — … Como você está?
— Estou melhor agora — eu disse e a realidade é que com ele do meu lado eu sentia que podia ser eu, estar bem, havia algo dentro de mim talvez um sentimento por ele, não sabia dizer se amor, paixão, pois eu mal o conhecia, mas algo nele me transmitia proteção.
— Pronto, já está, já podemos voltar — disse ele logo se virando para mim.
Sabia que devíamos ir, mas algo em mim me dizia que eu não queria ir, eu queria estar ali com ele, algo me fez ficar vulnerável e uma lágrima apareceu no canto do meu olho.— Hey que se passa, não precisa chorar — disse ele tocando com o polegar o meu rosto e o acarinhando, estiquei os meus braços para o abraçar no pescoço. Nesse momento senti o seu perfume misturado com um cheiro, cheiro esse que eu associei a ele, e o caracterizei como o seu cheiro.
Achei estranho, pois foi ele que me afastou e não eu. Ele se afastou ficando como acanhado andando de um lado para o outro sem saber o que fazer, parecia.
Sai de cima do balcão e no momento em que eu o ia abraçar mudei de ideia e o beijei, parecia tão certo, uma das mãos dele veio para o meu rosto e a outra para a minha cintura, com um aperto firme nela, como se eu soubesse que ele parecia me reivindicar para si. Após o beijar eu não queria parar, os meus beijos ficaram rápidos e talvez desajeitados era como se eu precisasse dele para mim. Agora as minhas mãos já estavam nas laterais da sua cara, não deixando que a sua boca se afastasse da minha e ele colocava as suas mãos segurando o meu bumbum. Depois de um tempo, eu sabia o que eu queria e eu tinha a certeza disso. Fui com uma das minhas mãos ao colarinho da sua camisa, começando a desabotoar ela. Mas ele colocou as suas mãos nas minhas me impedindo de o fazer.
— Assim não…— disse ele.
— Porquê? — perguntei não entendendo.
— Você não me quer? — perguntei, me sentindo de certa forma decepcionada.
— Eu quero, mas não assim — disse ele me deixando sem entender de novo.
— Assim como? — perguntei sentindo um friozinho na barriga que eu não estava entendendo.
— Eu quero que seja especial para ti — disse ele me encarando, e roubando um beijo dessa vez lento e demorado, eu sentia muito sentimento no seu beijo.
Fiquei sem ar e apesar de ter amado o beijo eu o parei, para falar.
— Será especial para mim, desde que eu esteja com você — eu disse olhando o seu rosto e sentindo um friozinho, a realidade é que depois do que me tinha acontecido eu não tinha estado com um homem, mas eu sentia-me protegida e preparada para estar com ele.
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Contos Variados
Short Story- Plágio é crime , diga não á cópia Contos diversos , a partir de um tema proposto *Muitos capitulos eróticos quem for suscetível não leia🤭🔥🔞* [Esteve ou está no ranking] 🥇Tristeza 🥇Privado Capa feita por @SibelyVictorya