Não se deixe enganar pela capa fofa, de fofa essa história tem nada. Na verdade essa história é sobre uma atração que se tornou uma dependência emocional.
Eloisa tem uma vida monótona, dês do seu apartamento até a cafeteira onde ela sempre toma um c...
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Eloisa
Novamente aqui, nesse mesmo lugar, nesse mesmo banco, nessa mesma mesa em frente a vidraça da janela. Muitos poderiam pensar, "que vida monótona ela tem", não vou mentir, minha vida é monótona, sem nada radical, sem aventuras, sem ação, mas ela continua sendo colorida, mas não é porque minha vida é plana que estou aqui, na verdade estou aqui por duas coisas, primeiramente eu gosto da vibe desse lugar e a segunda coisa é que ele sempre vem aqui...
Quem é ele? Bem, o nome dele é Nicolas, Nicolas Oliveira Barroni, sei disso pois eu sou muito curiosa e pesquisei tudo sobre ele, sei que ele tem 32 anos, sei que é italiano, sei que tem uma filha, sei o seu signo, sei até o endereço de onde ele mora, tá, mas como uma pessoa consegue descobri tudo sobre a outra assim do nada? Era o que eu pensava também, deixa eu começar do começo, eu me mudei para a Turquia a três anos atrás, e durante dois anos venho aqui nessa cafeteria todos os dias de manhã extremamente 5:06 da manhã, eu venho aqui porque é perto do condomínio onde eu moro e também como já disse no começo eu gosto dessa vibe. E vindo aqui que eu conheci o senhor Barroni, um homem de quase dois metros e meio que me despertou um grande interesse, como eu sempre via ele com roupa social eu pensei "ele pode trabalhar com algo relacionado" então pesquisei no Google sobre advogados, juízes, jornalista, todas as profissões que usam roupas sociais, e quando digitei empresário, apareceu um monte e o Nicolas, foi aí que soube o seu nome e o básico sobre ele, ele é um Ceo dono de uma empresa de jóias, e também dono de alguns bares de luxo por aqui, mas nada dizia sobre ele vim pra esse lugar, até entendo, essa cafeteria é meia desconhecida, pouco gente vem aqui e só funciona até às 10 da manhã, claro que nenhum paparazzi ou algo assim vai pensar que o um Ceo frequenta esse tipo de lugar. O que me leva a pensar que ele só vem aqui pois quer um pouco de paz, não deve ser fácil ser um mega empresário.
Enquanto ele não chega, vou resumir minha vida, sou brasileira -- carioca -- tenho uma irmã mais velha, ela foi o motivo da minha mudança, Estér, bom, ela sempre foi a predileta dos meus pais propositalmente, minha mãe é médica e meu pai é dentista, e mesmo com todo o tempo deles ser mais pro trabalho deles, eles davam mais atenção pra minha mana, e por essa razão ela é bem mimada, não é uma pessoa ruim, mas é bem mimada que chega a ser uma pessoa insuportável, como eu me sentia mau -- não só em casa como na escola, pois eu não gosto de estuda -- eu me mudei para Turquia, escolhi Turquia por causa das novelas turcas que eu sou apaixonada, sempre via no celular de madrugada, e continuo vendo só que pela tv, mas como eu era menor de idade -- 17 anos -- eu vim com a minha melhor amiga que é um ano mais velha que eu, a tia dela mora aqui, então compramos um apartamento, mas ela não ficou por muito tempo já que se mudou com o seu namorado. Enfim, eu ainda tenho contato com os meus pais e adivinha só, minha irmã quer vim pra cá, arrumei uma desculpa de que no meu apartamento só tem um quarto, então Estér vai ficar em um hotel, mesmo ela sendo minha irmã o meu santo não bate com a dela.
Sou pintora, tenho um pequeno estúdio no meu apartamento, mas ultimamente não vendo tantos quadros assim, sabe? Vender arte não é tão fácil assim, eu adoro pintar mais pra diversão, só que escolhi isso pra minha vida profissional.
___ moça? -- a voz da garçonete de cabelos transados com o nome Maria me acordou dos meus pensamentos, eu não chamei ela aqui.-- vai pedir mais alguma coisa?
Observei ao redor da cafeteria, Nicolas ainda não chegou, será que ele não vem?
___ me vê mais um croissant com café com leite e uma salada de frutas, eu sempre fico aqui mais um tempinho, você é nova aqui? -- perguntei pois é um garçom que me atende.
___ sim sou, vou trazer seu pedido com licença -- a mesma pegou o prato e a xícara vazia da minha mesa colocando em uma bandeja e saindo.
Respirei fundo, não sou uma pessoa ansiosa e tão pouco de ficar nervosa com os outros, mas aquele homem me deixa desconcertada automaticamente. Ouvi o som do sino da porta anunciando a entrada de mais alguém, um sorriso bobo surgiu ao meu rosto com a entrada dele, Nicolas não é observador, pois se fosse ele já iria me ver aqui parecendo uma psicopata olhando pra vítima.
Me surpreendi quando ele se sentou a mesa a frente a mim, ele está perto, muito perto, tão perto que posso sentir o seu perfume amadeirado, o que fez surgi borboletas do meu estômago, ultimamente Nicolas se senta mais longe de mim o que me faz aproveitar a "vista" mas agora ele está perto de mais.
___ seu pedido.-- me assustei com a voz de Maria dando um pequeno pulo da cadeira enquanto ela põe o meu pedido em cima da mesa -- está tudo bem?
___ s-im.-- sério, Nicolas nem olha e nunca falou comigo, mas ele me deixa embolada em mim mesma.
Maria deixou meus pedidos a minha frente e foi atender o Nicolas, confesso que sinto uma pontada de ciúmes e inveja, eu sei que ela é garçonete e é o trabalho dela atender as pessoas, mas poxa ela tem que sorrir descaradamente? Ela não sorriu pra mim, por que ela tem que sorrir pro meu home...digo pro Nicolas?
