Grand Chelem | Lando Norris

Capítulo 15 ;

Eleanor se mantinha parada na porta, ela podia ver a mãe dali e se questionava se deveria mesmo ter vindo. O único problema é que ela não conseguia pensar em qualquer assunto que faria Madeleine a procurar.

— Oi filha — Madeleine disse com um sorriso nervoso, olhar na direção da mulher fazia o estômago de Eleanor embrulhar, era como se olhar no espelho.

— Madeleine — Eleanor disse forçando um sorriso, olhando para o homem ao seu lado.

— Madeleine? — O homem ao seu lado perguntou em um tom baixo. Eleanor já sabia que mãe havia mudado o nome, mas não imaginava que o seu marido, ao menos, era o que ele parecia ser.

— Bom, pelo menos ela te contou que tem uma filha — Eleanor disse rindo — Eleanor — completou estendendo a mão e se apresentando.

— Albert.

— Madeleine, ou deveria te chamar de…

— Betty.

— Bom, espero mesmo que você não esteja aqui para me convidar para ser dama de honra, pois terei que fingir que sinto muito ao negar e eu não sinto, Madeleine.

Madeleine revidou os olhos, ela deveria ter imaginado que Eleanor não a chamaria pelo novo nome.

— Não querida, nós já somos casados — ela disse sem problema nenhum.

— Minhas felicidades então, mesmo que atrasada — Eleanor disse em seu tom irônico habitual — Madeleine me desculpa, mas eu estou de férias e pretendo usar meu tempo livre fazendo coisas que eu gosto, com pessoas que eu amo, então por favor, podemos ir direto ao motivo que trouxe você e seu marido até aqui?

— Sua irmã está doente e precisa de um doador de medula. 

— Eu tenho uma irmã? — Eleanor perguntou rindo.

— Sim, ela é uma garota incrível — Madeline disse abrindo um sorriso — Por isso precisamos de você, Lole.

— Não me chama assim, você sabe que só o meu melhor amigo me chama assim e não é porque você ouviu ele falando isso uma vez na sua vida, que tem direito — Eleanor disse irritada. 

— Eleanor não fala assim com a sua mãe, ela está passando por muita coisa.

— Ela está passando por muita coisa? — Eleanor perguntou olhando para Albert — Você não tem direito de falar nada, porque você não estava lá quando eu me trancava no quarto e chorava por horas sozinha, tentando fazer silêncio para o meu pai não ouvir, apenas porque era doloroso demais ter criado expectativa aos sete anos de que sua mãe apareceria no seu aniversário, de que ela ligaria no Natal, como ela havia prometido. E eu tenho obrigação de te ouvir — Eleanor disse olhando para a mãe — porque você não estava lá como disse que estaria.

— Albert não tem nada haver com isso, filha — Madeleine disse baixo — Não seja ríspida com ele.

— Vai se foder, Madeleine — Eleanor disse rindo.

— Eleanor, a nossa filha está muito doente — no entanto Madeleine respirou fundo, se corrigindo. — A sua irmã está muito doente e talvez você seja a única salvação dela.

— Eu sinto muito pela… como é mesmo o nome dela? — Eleanor perguntou em um tom divertido, porque de fato sua querida mãe não havia se importado em mencionar o nome de sua irmã.

— Sam…Samantha — Albert disse a olhando.

— Que lindo, o nome da vovó — Eleanor disse rindo — pela primeira vez fico feliz da vovó ter falecido no verão dos meus cinco anos.