Capítulo 10 ; Hungria

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Uma das coisas que Eleanor mais gostava em seu trabalho, era conhecer o mundo, ela sempre tirava um tempo para saber sobre a história de sua próxima parada e a race week dessa semana era em Mogyoród, um pequeno e tradicional Vilarejo no condado de Pest, na Hungria. Um dos momentos históricos mais marcante é a Batalha de Mogyoród, entre Salomão, rei da Hungria e seus primos Géza e Ladislau, que reivindicavam direitos ao trono. 

E era exatamente um guia da Hungria, mais especificamente sobre os tradicionais grande prêmios, que ela lia quando o treino livre três começava, esse ela tinha ganhado de um dos mecânicos da Mclaren, que tinha descendência húngara e estava animado para ver a ruiva conhecendo um pouco mais sobre o país e essa também era uma das coisas que ela mais amava em seu trabalho, ela se sentia em casa, como uma grande família. 
 

— Aqui está falando que esse grande prêmio é sempre disputado em alturas elevadas do verão europeu — Eleanor disse erguendo o olhar do guia, vendo a chuva que caía do lado de fora do box — e eu estou com frio.

— Nada é uma verdade absoluta Eleanor — ela ouviu em meio a risadas, enquanto Lando era chamado de volta ao box, com menos de 10 minutos de treino.

Lando não saiu do carro, mas a ruiva ainda assim foi até ele, debruçando seu corpo por baixo do halo e erguendo a viseira do amigo.

— Eu adoro você pilotando na chuva, mesmo que me deixe nervosa — Eleanor disse com um sorriso no rosto — eu te amo — disse por fim, beijando o capacete dele e recebendo um sussurro de também amo você, assim que fechou a viseira, vendo o carro deixar a garagem, de volta para  pista.

A chuva era quase inexistente, mas ainda assim deixava tudo caótico e foi a voz de Lando invadindo seu fone, 5 minutos depois dele deixar a garagem, que fez ela largar o guia da Hungria e focar na tv.

— A umidade pós-chuva embaça a viseira do meu capacete, está um pouco complicado aqui — Lando diz no rádio, enquanto a pista escorregadia desafia suas habilidades e pneus. 

— Certo, tente levantar a viseira protetora alguns centímetros, apenas para que o ar quente da sua boca escape pela abertura no capacete. — Paul diz rapidamente. 

Eleanor fecha os olhos ao ouvir a respiração pesada do piloto, corridas com chuvas sempre leva os melhores pilotos a exaustão física e mental. 

Uma respiração e uma rotação errada do pneu, é o suficiente para fazer Lando ver seu carro passando veloz e direto pela curva que deveria estar virando, percebendo que o controle havia escapado de suas mãos. 

— Porra — Ele grita no rádio enquanto seu pé tenta desacelerar o carro com cuidado. 

— Lando, prepare-se!— Paul grita sem tentar esconder o tom aflito, enquanto o carro avança em direção à barreira protetora.

— Norris, você está bem? A equipe de segurança está a caminho. — Paul chama, o tremor em sua voz denuncia seu medo.

— Espero que eles sejam rápidos, porque eu realmente preciso de um médico, porra — Lando diz com a voz irritada, sua cabeça lateja e o gosto metálico toma conta de sua boca.

— Lando, você está bem? — A voz é reconfortante e isso faz um sorriso aparecer em seu rosto.

— Estou nem na medida do possível, Loe — Lando diz com a voz falha e cansada — consigo mexer todas as partes do meu corpo, mas minha cabeça e ouvido doem e minha boca está sangrando.

— Algum sinal de fumaça ou fogo? – Por pergunta com a voz calma, mas ele sabe que a amiga está tomada pelo medo.

— Não, o carro está ótimo para quem bateu tão forte.

Grand Chelem | Lando NorrisOnde histórias criam vida. Descubra agora