Grand Chelem | Lando Norris

Capítulo 6 ;

Nada supera a agitação de uma race week. Cada pessoa envolvida com a corrida lida com a pressão de maneira diferente, mas todos sentem as tensões aumentando à medida que a hora do Prêmio se aproxima. A antecipação dos eventos mantém todos os participantes ligados, antes mesmo dos carros terem seus motores ligados todo o holofote está nos pilotos e equipes, Eleanor nunca se preocupa com esse momento, Lando tem uma relações públicas maravilhosa e ele realmente se sai bem nas rodadas rápidas de entrevistas, encontros, lidar com os fãs e patrocinadores. Mas são os sábados que a preocupa, muito mais que os domingos. Os sábados sempre foram seu dia favorito da semana, a excitação de saber quem iria garantir o lugar na primeira fila para o céu. Então Lando começou ficar nervoso a cada sábado na sua estreia e agora que ela estava ao lado dele a cada momento, ela percebia que com a tensão pré classificação era a pior para o jovem piloto e isso a deixava preocupada. Essa era a quinta corrida da temporada, mas para Eleanor ainda era tudo desafiador e estar sentada na garagem, assistindo às voltas rápidas, a deixou ansiosa como a muito tempo não ficava, ela estava inquieta demais.

E então aconteceu, Lando bateu e a única coisa que ela fez foi fechar os olhos e prender a respiração, soltando apenas ao ouvir a voz do amigo no rádio, dizendo que estava bem.

— Nos últimos segundos, mas ele está bem, é o que importa — alguém falou.

— Zak, está tudo sobre controle, né?

— Está sim, ele está bem, a batida não foi tão forte quanto pareceu, ele acabou de dar entrada na enfermaria, pode ir lá ver ele.

E sim, tudo estava bem com Lando e ela precisou deixar isso claro para o pai e os pais de Lando mais de uma vez por mensagem, falando que ele inclusive daria às entrevistas nos próximos minutos.

Só que Lando estava visivelmente incomodado durante as entrevistas, não pela posição que havia classificado, afinal um quinto lugar era ótimo, mas Eleanor percebia de longe como ele alternava o peso do corpo incansavelmente entre uma perna e outra, além de tentar alongar as costas enquanto andava pela roda de jornalistas.

— A batida foi forte? — Eleanor perguntou assim que ele se aproximou.

— Não, só vão precisar trocar a asa — respondeu com a voz calma.

— Não estou preocupada com o carro Lando — Eleanor respondeu de forma dura, apoiando a mão na lombar do amigo, que rapidamente fez cara feia de dor.

— A batida não foi forte, mas acho que deu mau jeito, está incomodando um pouco — respondeu fazendo careta — mas o carro também é importante, você deveria se preocupar com ele e não o tratar como um qualquer.

— Seus engenheiros vão cuidar muito bem dele — Eleanor disse rindo, ela amava o tom brincalhão do amigo, mesmo em momentos como aquele — Abaixa o macacão e deita na maca.

— Essa frase poderia soar tão sacana, se não fosse pelo fato que eu te pago para dizer ela — Lando disse deixando o macacão cair na cintura e se deitando na maca como ela havia pedido.

— Eu achei que você estava com dor, mas você parece muito bem para fazer piadinhas — Eleanor respondeu rindo erguendo as pernas dele, de forma que suas costas fossem alongadas.