Grand Chelem | Lando Norris

Capítulo 24 ;

Estar no paddock sempre foi como estar em casa para Eleanor e é na Mclaren que sem dúvidas a beleza se inspira, para ela sempre ser grata ao seu trabalho, fazer algo pela equipe que sempre cuidou tão bem dela era seu maior orgulho. Ela se distrai com os pássaros, com o horizonte brilhando, com as pessoas passando, mas a verdade é que quando ela está ali, em seus momentos de folga, ficar apenas admirando em silêncio todos os detalhes é um pequeno prazer. Às vezes as coisas perfeitas precisam que apreciem ela além da superfície. Nenhuma imagem consegue detalhar tamanha emoção que é estar daquele lado do show que é a fórmula 1 e por mais que ela se sinta agradecida e contemplada por fazer parte disso, naquele momento dói saber por tudo o que a sua equipe do coração tem enfrentado e ainda assim mantém o sorriso no rosto e o bom humor.

— Você sentiu o pescoço? — Eleanor perguntou assim que eles entraram no quarto destinado a Lando no motorhome.

— Não, eu estou bem — Lando respondeu rapidamente.

— Tem algo te incomodando? — Eleanor conhecia bem demais Lando para conseguir ler sua expressão tão facilmente.

— O Oliver apareceu bem quando as informações foram vazadas e você tem acesso a toda a nossa equipe...

— Porra Lando, você acha que eu vazei qualquer informação da equipe pra eles? — Eleanor gritou.

— Não Lole, eu só perguntei...

— Vai se foder Lando Norris — Eleanor gritou um pouco mais alto, abrindo a porta do quarto que era destinado a Lando no motorhome — A McLaren é minha casa, minha família, antes mesmo de você saber como se fala o nome da equipe, eu nunca trairia o lugar que um dia cuidou de mim e entre todas as pessoas, saber que você cogitou isso... vai se foder.

Eleanor bateu a porta com força, ela sabia que as pessoas ali tinham ouvido, mas não se importava.

— Eleanor — Zak chamou, abrindo a porta de sua sala.

— Zak, eu não fiz isso.

— Nunca pensei que tinha feito, o Lando também não, mas ele...

— Mas ele preferiu deixar o ciúmes falar mais alto e cogitar essa possibilidade — Eleanor respondeu — Lando não precisa de mim, boa classificação hoje, eu vou voltar mais cedo para o hotel.

— Tem alguma coisa que eu possa fazer por você, querida? — Zak perguntou apoiando a mão no ombro da ruiva.

— Só pega o filho da puta que nos atacou.

Zak sorriu, Eleanor sempre seria um deles.

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Não importa o que dizem por aí, o amor não é caos, é o oposto disso, é calmaria. Mesmo nos piores dias não chega gritando, derrubando porta, vem de mansinho como quem não quer nada e na verdade nada quer, não destrói, não causa confusão, o amor é como uma brisa da manhã e silenciosamente vai ajeitando as coisas e quando Eleanor abriu a porta do quarto, tudo que Lando sentiu foi calma, mesmo que sua mente estivesse agitada.