(1.4)

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- Pai? - Arregalo os olhos surpresa.

- Olá minha querida. - Ele me abraça com força.

Ele invade meu apartamento logo após me soltar, como se lhe pertencesse.

Na verdade pertence, acabei esquecendo que ele comprou o prédio.

Ele vai até Noah e o cumprimenta, e então começa com a falsidade.

- Entre Josh. - Falo.

Ele fica me encarando e não dá um passo sequer em minha direção.

- Não precisa convidá-lo para entrar. - Meu pai fala. - Ele espera aí fora.

- Entre Josh. - Digo novamente.

- Não se preocupe senhorita. - Ele fala. - Irei esperar aqui fora.

- Não me faça pedir novamente. - O encaro séria.

Meu pai pode ser o dono do prédio, mas isso não lhe dá o direito de interferir e proibir alguém que estou convidado de entrar no meu apartamento.

- Sina querida. - Papai pega minha mão. - Ele é apenas um empregado, não precisa tratá-lo como se fosse da família.

- Não me importo se ele é seu empregado ou não. - Falo seria. - Estou o convidando para entrar no meu apartamento porque ele é meu amigo.

- Seu amigo? - Ele retruca.

- Por que está surpreso? - Pergunto. - Não posso ser amiga dele? Não sou melhor do que ele.

- Não. - Ele fala.

Seu olhar sobre mim é mortal, mas ele mantém a máscara de bom pai porque Mateo está por perto.

- Ótimo. - Bato palmas.

Caminho até Josh e o abraço, o que o pega de surpresa.

Em seguida pego sua mão e puxo para dentro do apartamento e fecho a porta em seguida.

Não estou tentando provocar meu pai, realmente gosto de Josh, e nos tornamos amigos depois que nos conhecemos.

Sempre nos falamos por telefone, e colocamos as conversas em dia.

- Essa é minha amiga Any.

- Muito prazer senhorita. - Ele acena com a cabeça.

- O prazer é meu. - Ela fala.

Any lança um olhar interrogativo sobre mim, em seguida olha para Josh novamente.

Está bem estampado na sua cara de safada seu interesse imediato por ele.

- Olá minha querida. - Meu pai abraça Any.

Ela o empurra disfarçadamente, enquanto exibe um sorriso forçado nos lábios.

- Olá. - Ela diz apenas.

- Já faz algum tempo que não nos víamos. - Ele fala.

- Poderia continuar sumido. - Ela retruca.

- Não faz falta alguma.

Ele leva a mão a barriga enquanto solta uma gargalhada forçada.

- Engraçada como sempre. - Meu pai aperta sua bochecha.

Any limpa seu rosto enquanto faz uma cara de nojo, e nem se preocupa em disfarçar seu ódio por ele.

- Você continua chato como sempre. - Ela sorri abertamente.

Noah continua observando tudo em silêncio, e quando seu olhar se encontra com o meu me preocupo.

Aponto para o sofá para Josh e ele se senta, meu pai se senta ao seu lado, mas está estampado em sua cara que não está nem um pouco feliz.

𝗘𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗮 𝗩𝗶𝗻𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗲 𝗼 𝗔𝗺𝗼𝗿|ⁿᵒᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora