(2.5)

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- Me desculpe Sina, mas não poderá continuar trabalhando aqui na escola.

- Por quê? - Pergunto incrédula. - O que está acontecendo?

- Precisamos fazer alguns cortes. - Lize fala. - Me desculpe por não ter te avisado antes.

Está na cara que Lize está mentindo, não teve corte algum, porque vi todos os professores trabalhando.

- Pode me dizer a verdade Lize. - Falo. - Não vou ficar brava.

- E... eu falei a verdade. - Ela gagueja.

Lize nem olha nos meus olhos enquanto fala comigo, e isso só me faz ter mais certeza ainda de que ela está mentindo.

- Eu sei que está mentindo. - Falo.

- Eu não tive escolha. - Seus olhos brilham pelas lágrimas. - Me perdoe.

Do nada me lembro de Noah, e nesse momento tenho quase certeza que ele é culpado por minha demissão.

- Foi meu marido não foi? - Pergunto.

- Sim. - Ela assume. - Ele mandou seu secretário aqui para nos ameaçar.

- Me perdoe por ter que passar por isso. - Pego suas mãos e aperto de leve.

- Eu que preciso te pedir perdão por ter cedido tão facilmente, mas infelizmente não tenho outra opção visto que ele é um homem importante.

- Você fez a escolha certa. - Digo. - No seu lugar teria feito o mesmo.

Apesar de gostar das pessoas que trabalham na escola, nunca iria permitir que todos fossem prejudicados por causa de um. Lize fez a escolha certa, só assim ela manterá todos em segurança.

- Preciso ir embora. - Pego minha bolsa. - Muito obrigada por tudo que fez por mim até agora.

- Sinto muito por tudo. - Lize me puxa para um abraço. - E mais uma vez, me perdoe.

- Não preciso te perdoar por nada. - Sorrio abertamente. - Cuide das minhas crianças por mim.

...

Depois de ter meu coração despedaçado ao me despedir dos meus alunos, voltei para casa e chorei até não ter mais nem uma gota de lágrimas.

Se Noah queria me magoar ele realmente conseguiu. Ele sabia o quanto meu emprego era importante para mim, e mesmo assim seu preconceito egoísta falou mais alto, e ele me fez perder algo importantíssimo na minha vida.

Foi tão difícil conseguir o emprego, então quando enfim consegui me senti extremamente feliz. Foi algo que consegui com muita dedicação e esforço próprio, era algo que eu realmente amava, mas infelizmente ele só se importou com o que as pessoas poderiam pensar, e não pensou no mais importante, eu.

Não irei perdoá-lo por ter tirado algo tão precioso de mim. Noah é tão ruim quanto meu pai, e eu sei que ele sempre foi um monstro, e apesar das ameaças nunca interferiu no meu trabalho, mas Noah conseguiu ser ainda pior que ele.

Meu celular toca pela milésima vez, então o desligo porque nesse momento não quero nem ouvir sua voz, muito menos vê-lo perto de mim.

Me levanto da cama, e caminho até o closet. Junto todos os meus pertences e guardo em uma mala, em seguida caminho para o banheiro e faço a mesma coisa.

Depois de juntar todos os meus pertences escolho um quarto bem longe de Noah e começo a guardar tudo. Na verdade minha vontade é de ir embora, mas se meu pai descobrir que terminei com ele seria o fim, então terei que fazer esse sacrifício por mais algum tempo.

𝗘𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗮 𝗩𝗶𝗻𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗲 𝗼 𝗔𝗺𝗼𝗿|ⁿᵒᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora