- Tem certeza disso Sina?
- Não tenho muita opção. - Falo.
Conheço meu pai bem o suficiente para saber que se eu não for nesse jantar, é capaz dele comprar esse prédio e me expulsar.
Ele não gosta de ser contráriado, como também não gosta de que alguém não obedeça suas ordens imediatamente. - Desculpe amiga, mas seu pai é um ser humano horrível.
- Eu já sei disso. - Dou de ombros. - Então nem precisa pedir desculpas.
Já tem muitos anos que aceitei que meu pai não vale o que come, apesar de ser triste ter um pai assim, já que acostumei com sua distância.
Na verdade prefiro que ele se mantenha distante, ou eu teria que viver deixando do mesmo teto que ele, e sendo obrigada a seguir suas regras inúteis.
A melhor coisa que fiz na minha vida foi me tornar independe dele, ou ao contrário minha vida seria degradante.
Mesmo não tendo um convívio, ele ainda manda e desmanda em mim quando bem entende.
Acabo obedecendo não porque sou burra, mas porque cuido das pessoas que me rodeiam. Ele não pensaria duas vezes antes de destruir a vida de alguém se isso for lhe trazer algum benefício. Então como o conheço bem o suficiente, prefiro não ir contra sua vontade.
- Ainda acho melhor você não ir. - Any fala.
- Prefiro ir por livre e espontânea vontade, do que sair daqui arrastada pelos seguranças dele.
Seria exatamente isso que iria acontecer se eu me negasse a comparecer no jantar e desobedecesse sua ordem, então prefiro manter minha dignidade intacta e ir com minhas próprias pernas do que ser arrastada.
- Que ódio. - Any diz brava.
- Você tem sorte em ter pais maravilhosos. - Falo. - Então os valorize muito.
Os pais de Any são totalmente diferentes do meu pai. Posso dizer sem dúvidas que são perfeitos como pais, e minha amiga recebe o amor de ambos sem dar nada em troca.
- Meus pais são maravilhosos. - Ela sorri abertamente. - Realmente tenho muita sorte.
Meu pai só se interessa por mim quando precisa da minha ajuda para algo. E na maioria das vezes que me procurava queria que eu seduzisse algum velho rico para seu benefício. Por sorte sempre consegui fugir, mas não antes de enfrentar sua fúria.
Com toda certeza sempre preferi apanhar do que me rebaixar ao que ele queria. Tenho até medo do que ele tem preparado para hoje, mas como sempre irei fugir sem medo das consequências.
Mesmo sendo humilhante apanhar não tendo feito nada para merecer esse castigo, ainda acho melhor do que me envolver com um homem apenas para lhe ajudar em seus planos nojentos.
Já tem alguns anos que ele não me bate, porque da última vez revidei. Meu pai não merece respeito algum, então não me senti nem um pouco culpada por chutar suas partes íntimas. Na verdade eu me senti vingada por toda surra que levei sem merecer.
Ele gritou, espraguejou, me xingou de todos nomes ruins que já ouvi, e por um momento achei que ele iria me matar, quando vi sua feição extremamente furiosa.
Por sorte ele apenas me expulsou de casa, e desde então ele não me ligou. não me chamou para fazer parte dos seus planos. Achei que ele havia me esquecido, mas para minha tristeza estava errada.
- Que horas o motorista vem te buscar?
Antes que eu responda, alguém toca a campanhia do apartamento.
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𝗘𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗮 𝗩𝗶𝗻𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗲 𝗼 𝗔𝗺𝗼𝗿|ⁿᵒᵃʳᵗ
FanfictionNoah Urrea passou a maior parte de sua vida se esforçando ao máximo para chegar ao topo. Não é atoa que aos 28 anos ele é um dos homens mais ricos de Nova York. Mas sua busca por vingança poderá tomar um rumo diferente do que ele havia planejado. Ac...