(0.3)

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- Solte ela! - Grito alto.

Quando saí da festa me deparei com um homem tentando beijar uma mulher a força.

- Não se meta! - Ele retruca.

Tudo indica que ele está bêbado, então aproveito e lhe dou um chute com toda força na perna.

- Está louca?! - Ele grita furioso.

- Eu mandei soltá-la. - Digo entredentes.

Ele solta o braço da moça, e ela começa a correr mais que depressa para longe de nós.

Percebo que estou em uma enrascada das grandes quando ele começa a andar em minha direção.

Me viro rapidamente e começo a correr, mas sou surpreendida quando ele me segura pelos cabelos e me puxa para trás com força.

Não consigo me segurar e caio, e para o meu desespero ele se deita sobre mim.

- Me solta seu nojento! - Tento me soltar mas é em vão.

- Vamos brincar um pouquinho belezura. - Ele fala perto do meu ouvido.

Começo a fazer ânsia de vômito pelo seu forte bafo de bebida. Nem assim o homem me solta e começa a beijar meu pescoço.

- Socorro! - Grito. Começo a me espernear, mas ele é mais forte que eu, então não consigo me soltar do seu toque repugnante.

Ele tenta tampar minha boca com a mão, então lhe dou um mordida até sentir o gosto de sangue na minha boca.

Vadia! - Ele me desfere um tapa no rosto.

Minha cabeça começa a latejar imediatamente, e não consigo decifrar se o gosto forte de sangue na minha boca é dele ou meu.

- Por favor me solte. - Imploro.

Lágrimas turvam minha visão, mas me dou conta de que meu pedido não será ouvido quando ele começa a beijar meu pescoço novamente.

Ele tenta beijar meus lábios, mas viro o rosto para todos os lados para impedi-lo. Sinto que minhas forças estão se acabando, e não sei por quanto tempo conseguirei resistir.

Ele rasga meu vestido, mas antes que tenha tempo para fazer algo, ele é impedido. Agradeço quando de repente o homem é puxado de cima de mim, e não tenho coragem de olhar para ver o que está acontecendo.

Escuto o que parece alguém sendo espacando, então tapo meus ouvidos para não ouvir os gemidos agonizantes do homem.

- Tira esse verme de perto de mim. - Alguém diz com a voz grave.

- Sim senhor. - Alguém o responde.

Continuo com os ouvidos tapados com minhas mãos, e os olhos fechados.

- Está tudo bem senhorita?

Não digo nada, pois minha voz sumiu na garganta e a única coisa que consigo fazer é chorar.

- Não chore. - Ele diz com a voz baixa. - Está tudo acabado agora.

Ele coloca sua mão no meu ombro, mas por reflexo me distancio do seu toque.

- Não vou machucá-la. - Fala com a voz doce.

Ele leva a mão ao meu braços novamente, mas dessa vez não fujo. Sou surpreendida quando ele me levanta nos braços com facilidade.

Envolvo meus braços em seus ombros e escondo meu rosto em seu pescoço.

Me surpreendo comigo mesma, ao sentir que meu coração está se acalmando com nossa proximidade. Não sei quem é o homem que está me carregando em seus braços, mas me sinto em segurança e não consigo explicar o motivo.

𝗘𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗮 𝗩𝗶𝗻𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗲 𝗼 𝗔𝗺𝗼𝗿|ⁿᵒᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora