- Solte ela! - Grito alto.
Quando saí da festa me deparei com um homem tentando beijar uma mulher a força.
- Não se meta! - Ele retruca.
Tudo indica que ele está bêbado, então aproveito e lhe dou um chute com toda força na perna.
- Está louca?! - Ele grita furioso.
- Eu mandei soltá-la. - Digo entredentes.
Ele solta o braço da moça, e ela começa a correr mais que depressa para longe de nós.
Percebo que estou em uma enrascada das grandes quando ele começa a andar em minha direção.
Me viro rapidamente e começo a correr, mas sou surpreendida quando ele me segura pelos cabelos e me puxa para trás com força.
Não consigo me segurar e caio, e para o meu desespero ele se deita sobre mim.
- Me solta seu nojento! - Tento me soltar mas é em vão.
- Vamos brincar um pouquinho belezura. - Ele fala perto do meu ouvido.
Começo a fazer ânsia de vômito pelo seu forte bafo de bebida. Nem assim o homem me solta e começa a beijar meu pescoço.
- Socorro! - Grito. Começo a me espernear, mas ele é mais forte que eu, então não consigo me soltar do seu toque repugnante.
Ele tenta tampar minha boca com a mão, então lhe dou um mordida até sentir o gosto de sangue na minha boca.
Vadia! - Ele me desfere um tapa no rosto.
Minha cabeça começa a latejar imediatamente, e não consigo decifrar se o gosto forte de sangue na minha boca é dele ou meu.
- Por favor me solte. - Imploro.
Lágrimas turvam minha visão, mas me dou conta de que meu pedido não será ouvido quando ele começa a beijar meu pescoço novamente.
Ele tenta beijar meus lábios, mas viro o rosto para todos os lados para impedi-lo. Sinto que minhas forças estão se acabando, e não sei por quanto tempo conseguirei resistir.
Ele rasga meu vestido, mas antes que tenha tempo para fazer algo, ele é impedido. Agradeço quando de repente o homem é puxado de cima de mim, e não tenho coragem de olhar para ver o que está acontecendo.
Escuto o que parece alguém sendo espacando, então tapo meus ouvidos para não ouvir os gemidos agonizantes do homem.
- Tira esse verme de perto de mim. - Alguém diz com a voz grave.
- Sim senhor. - Alguém o responde.
Continuo com os ouvidos tapados com minhas mãos, e os olhos fechados.
- Está tudo bem senhorita?
Não digo nada, pois minha voz sumiu na garganta e a única coisa que consigo fazer é chorar.
- Não chore. - Ele diz com a voz baixa. - Está tudo acabado agora.
Ele coloca sua mão no meu ombro, mas por reflexo me distancio do seu toque.
- Não vou machucá-la. - Fala com a voz doce.
Ele leva a mão ao meu braços novamente, mas dessa vez não fujo. Sou surpreendida quando ele me levanta nos braços com facilidade.
Envolvo meus braços em seus ombros e escondo meu rosto em seu pescoço.
Me surpreendo comigo mesma, ao sentir que meu coração está se acalmando com nossa proximidade. Não sei quem é o homem que está me carregando em seus braços, mas me sinto em segurança e não consigo explicar o motivo.
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𝗘𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗮 𝗩𝗶𝗻𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗲 𝗼 𝗔𝗺𝗼𝗿|ⁿᵒᵃʳᵗ
أدب الهواةNoah Urrea passou a maior parte de sua vida se esforçando ao máximo para chegar ao topo. Não é atoa que aos 28 anos ele é um dos homens mais ricos de Nova York. Mas sua busca por vingança poderá tomar um rumo diferente do que ele havia planejado. Ac...