(0.4)

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- Vo... você o quê? - Arregalo os olhos.

- Lhe dei banho. - Diz.

- Você é doido?! - Grito.

- Não precisa se preocupar. - Sorri de canto.

- Você não faz meu tipo.

- Você...

- Como eu disse não precisa se preocupar... - Me corta.

- Já vi coisa muito melhor.

Sorrio incrédula com a ousadia desse homem.

Pouco me importo se ele não me acha atraente, o que me deixa brava é saber que ele me deu banho sem a minha permissão.

- Seu sem vergonha. - Murmuro entredentes. - Não tem motivo algum para estar brava. - Ele cruza os braços. - Apenas lhe dei um banho porque estava imunda, e não iria deixar você dormir na minha cama toda suja.

- Mas eu não permiti. - Digo. - E muito menos pedi para dormir na sua cama.

- Não sou nenhum tarado mocinha. - Fala bravo. - Então não vejo nenhum motivo para tanto drama.

- Drama? - Retruco brava. - Você me viu nua. - E pelo que parece sou o único. - Ele gargalha alto.

Meu sangue ferve nas veias, e quando me dou conta estou segurando seus cabelos entre meus dedos.

- Está louca mulher?! - Ele grita. - Me solte! - Seu idiota! - Grito também.

Me assusto quando ele me levanta nos braços, e me joga na cama e deita sobre mim.

- Me solte! - Me esperneio.

Ele pega minhas mãos e prende acima da minha cabeça, e não me solta.

- Se não me soltar agora eu vou te matar. - Digo com a voz ameaçadoramente baixa.

- Você pode tentar. - Diz com a voz baixa.

Desisto de tentar escapar, pois ele é bem mais forte que eu, e toda luta seria em vão.

Minha respiração vai se acalmando aos poucos, enquanto nos encaramos olho no olho.

Se ele não fosse um completo idiota, até que eu poderia ficar atraída por ele, mas nesse momento quero apenas matá-lo.

Sei que estou mentindo para mim mesma, porque sinto meu coração acelerado com nossa proximidade. Sua respiração quente contra minha pele faz cócegas, e por um instante desvio meu olhar do seu e olho para seus lábios entreabertos.

Fico me perguntando como seria beijá-lo, mas então de repente meu juízo está no lugar novamente e eu peço:

- Me solte.

- Você quer me beijar. - Ele diz convencido.

- Eu o quê? - Arregalo os olhos.

- Quer me beijar. - Repete novamente.

- Você não faz o meu tipo... - Digo com desdém.

- Então pode me soltar.

Ele sorri com malícia, e vão para seus lábios convidativos.

- Vamos descobrir? - Ele pergunta.

- Descobrir o quê? - Se não faço seu tipo.

Dito isso ele abaixa seus lábios até os meus e me beija. Tento resistir o máximo que consigo, mas como previsto não consigo.

Sou tão burra que acabo retribuindo o beijo. Sei que vou me arrepender, mas isso não me impede de cometer essa burrada.

Ele para de me beijar, me olha nos olhos com um sorriso sacana nos lábios e diz:

𝗘𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗮 𝗩𝗶𝗻𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗲 𝗼 𝗔𝗺𝗼𝗿|ⁿᵒᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora