(2.4)

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Depois que me mudei para a casa do Noah, passei a maior parte do tempo organizando meus pertences no meu novo quarto.

De vez em quando eu checava meu celular para ver se havia recebido alguma mensagem sua, mas infelizmente ele não deu sinal de vida. Não me ligou, como também não atendeu minhas ligações.

Já é tarde da noite e Noah ainda não voltou para casa, e já estou começando a ficar preocupada. E se aconteceu alguma coisa com ele?

Pego meu celular sobre o criado mudo e tento ligar para ele novamente, mas é em vão.

- Por que está fazendo isso Noah? - Suspiro alto.

Me levanto rápidamente quando escuto uma movimentação fora do quarto, então corro até a porta e a abro.

Antes que eu saia do quarto, praticamente trombo com Noah completamente bêbado.

- Minha doce esposa. - Ele aponta para mim.

Noah quase cai, então pego seu braço e coloco sobre meu ombro e o guio com dificuldades até a cama.

Ele parece adormecer no mesmo instante que cai na cama, então tiro seus sapatos para deixá-lo um pouco mais confortável.

Depois de ficar algum tempo o observando, pego meu travesseiro e vou para o quarto vizinho. Não irei dormir com ele fedendo a bebida, então apagado a luz e fecho a porta do quarto.

Deixo meu travesseiro no quarto, e caminho em seguida até a cozinha. Guardo na geladeira toda comida que fiz, na esperança de conseguir jantar com meu marido.

- Idiota. - Murmuro baixinho.

Acabou que nem eu jantei após perder o apetite. Passei o dia sem comer nada, apenas bebi um pouco de suco, já que não conseguia comer nada.

Lágrimas banham meu rosto enquanto lavo a louça. Por mais que eu tentei segurar foi em vão. Eu pensei que enfim seria feliz, mas estava errado como sempre. Estou sobrecarregada há anos, e nada de bom acontece na minha vida, e pelo jeito com esse casamento não será diferente.

Se eu ao menos imaginasse que Noah mudaria, não teria me casado mesmo o amando. Agora o que me resta é chorar, pois não tenho outra opção.

Depois de lavar a louça volto para o quarto e tranco a porta. Apago a luz do abajur e me deito na cama em seguida.

Não sei por quanto tempo chorei abraçada ao meu travesseiro, e acabei adormecendo enquanto solucava baixinho.

...
A

bro os olhos lentamente para me acostumar com a claridade do quarto. Olho para o lado e não encontro Noah, então me lembro do ocorrido da noite passada.

Me levanto, arrumo a cama com calma, em seguida caminho para a porta do quarto, mas antes que eu a abra escuto Noah chamar por mim.

Saio do quarto, e antes que eu feche a porta Noah aparece na minha frente.

- Achei que tinha ido embora. - Ele me abraça com força.

- Como se fosse possível. - Cochicho baixinho.

O empurro para longe de mim lentamente, e no mesmo instante Noah me olha e parece confuso.

- Não quer que eu te abrace? - Ele pergunta.

- Não. - Digo apenas.

Mateo ainda está fedendo a bebida, mas não quero abraçá-lo por esse motivo, apenas quero distância.

- O que eu fiz Sina? - Ele pergunta na maior cara de pau.

- Quer mesmo que eu responda a essa pergunta? - Sorrio incrédula.

𝗘𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗮 𝗩𝗶𝗻𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗲 𝗼 𝗔𝗺𝗼𝗿|ⁿᵒᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora