Incrível

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Baji me encarava em posição de luta enquanto eu mantinha minha base firme, apesar de sentir que poderia desmontar a qualquer momento. A simples presença do garoto era o suficiente pra me desestabilizar por completo. Precisava de uma estratégia.

Avancei primeiro, surpreendendo Baji. Tentei uma sequência de socos rápidos e ele manteve a guarda baixa, apenas desviando habilidosamente enquanto mantinha o sorriso no rosto. Em um movimento rápido, pegou meu punho esquerdo, levando até as minhas costas e me imobilizando por trás. Aproximou o rosto do meu ouvido e pude ouvi-lo rir.

- Não vai me acertar se não levar a sério.

Soltou meu punho e eu rapidamente assumi minha postura novamente. Senti que as provocações de Baji começavam a fazer efeito pois meu coração batia forte e meu rosto estava queimando. Eu estava com raiva.

Ele era rápido. Tentei acertar alguns chutes, mas ele sempre desviava, me deixando cada vez mais irritada. Pegou minha perna no ar, me fazendo desequilibrar e cair no chão desajeitada.

- Você fica linda com raiva. – Disse.

Aproveitei o breve momento de distração e avancei, chutando baixo sua perna da frente, fazendo-o perder o equilíbrio. O segurei pelo uniforme empurrando-o para trás enquanto coloquei uma perna atrás da sua outra perna, derrubando-o no chão e por fim, caí sobre ele, colocando meu antebraço em seu pescoço, imobilizando-o.

Baji arregalou os olhos por alguns instantes, a boca aberta em surpresa. Em seguida passou a língua pelos lábios e seu olhar ganhou um brilho intenso. Soltei seu pescoço e levantei vitoriosa, ajeitando a minha roupa. Olhei para os que nos assistiam e muitos pareciam surpresos com o desfecho daquela luta. Smiley aplaudia sozinho.

- Eu sei que ela é incrível, mas o show acabou. – Disse Baji se levantando. Ele ajeitou o uniforme, andou até mim e me pegou no colo em um movimento rápido.

- Agora ela é minha. – Falou bem baixinho, para somente eu ouvir.

Saímos da sede em direção à sua moto e só então ele me colocou no chão. Me encarou por alguns instantes e em seguida me puxou para um beijo intenso e quente, nossos lábios se encontrando cheios de desejo. Nossos corpos se atraíam de uma forma magnética.

- Eu ainda tenho algumas horas... – Tomei a iniciativa.

Automaticamente Baji se virou para a moto, manobrando-a, subiu e parou do meu lado para que eu subisse também. Senti uma pontada de nervoso, mas fui mesmo assim.

Poderia ser só impressão, mas ele pareceu dirigir mais rápido do que nunca. Nossos cabelos estavam voando contra o vento e eu me agarrava a ele com todas as minhas forças. Coloquei uma das minhas mãos por dentro do uniforme, acariciando seu peitoral. Senti sua pele se arrepiar.

Chegamos na frente da sua casa em poucos minutos. Ele me conduziu pela mão até a porta e abriu. Entrei um pouco sem graça, sem saber se sua mãe estava em casa.

- Ela está no trabalho, mas uma hora vai ter que conhece-la. – Antecipou a minha pergunta.

- Uhum...- Concordei, imaginando esse momento com certa apreensão.

Haruki, o gato, dormia tranquilamente em cima da televisão. Agora que estava mais claro pude ver como era bonito e peludo. De certa forma, lembrava o Baji.

- Quer beber algo? – Perguntou.

- Água está bom. – Respondi, sentando no sofá.

Ele encheu um copo, colocando algumas pedrinhas de gelo e me serviu, sentando-se em uma cadeira na minha frente. Enquanto eu bebia, Baji ficou me olhando, percorria meu corpo com os olhos, parando por vezes na minha boca e então olhando nos meus olhos. Fez esse movimento algumas vezes.

Terminei a água e ele se levantou, tirando o copo da minha mão e colocando sobre a mesa de centro. Segurou minha mão e me levou até o corredor, abrindo a porta do seu quarto.

Entrei primeiro e ele entrou logo atrás de mim, me abraçando por trás e beijando meu pescoço. Ele respirava fundo sentindo meu cheiro e com as mãos, começava a soltar os botões da minha roupa.

Fiquei só de lingerie na frente dele, enquanto ele tirava o uniforme da Toman. Assisti-lo tirar a roupa era extremamente excitante. Terminamos de tirar nossas roupas e entramos no banheiro rapidamente. Nem ligamos a luz.

A água quente percorria meu corpo enquanto eu o beijava enlouquecidamente. Nossos corpos se misturavam no vapor e eu podia sentir cada centímetro do seu corpo contra o meu, seus músculos e seu membro duro. Podia senti-lo pulsar.

Ele me virou de costas, com as mãos na parede do box, afastando o meu cabelo da nuca e começou a beijar ali, dando leves mordidas. Com a outra mão começou a movimentar seu membro entre a minha bunda, colocando-o bem próximo da minha entrada.

- Vamos para a cama? – Perguntou próximo ao meu ouvido.

Assenti com a cabeça. Queria passar confiança, mas no fundo eu estava um pouco nervosa. Era minha primeira vez.

Nos enxugamos e saímos do banheiro. Baji colocou a mão na minha cintura, me levando até a cama gentilmente. Ele me deitou na cama e ficou em pé alguns instantes me olhando. Em seguida, abriu uma gaveta na cômoda ao lado da cama, tirando uma camisinha, a qual ele colocou rapidamente. Ele era enorme e eu me perguntei se aguentaria tudo aquilo.

Baji então veio até mim, se deitando devagar sobre mim. Selou seus lábios nos meus e em seguida beijou minha testa. Eu abri as pernas lentamente, permitindo que ele se encaixasse entre elas. Ele segurou seu membro, posicionando-o na minha entrada e então colocou para dentro devagar. Gemi alto, apertando seus braços fortes e cruzando minhas pernas nas suas costas.

Eu conseguia ver em seus olhos o esforço de auto controle. Ele começou um movimento de vai e vem lentamente, suas mãos torciam o lençol ao lado da minha cabeça com tanta força que suas veias saltavam dos braços musculosos. Ele estava à beira da loucura.

Eu gemia a cada estocada dele e mesmo devagar, conseguia senti-lo bem fundo. Mesmo com medo, senti que queria mais.

- Mais rápido...- Pedi.

Keisuke me olhou por alguns segundos. Seus olhos felinos brilharam e ele abriu um sorriso malicioso. Ele parecia uma miragem, seus cabelos ainda úmidos caiam bagunçados pelo rosto, lhe dando um ar selvagem. Eu não precisei pedir de novo, ele começou a colocar mais rápido e mais forte. Meus gemidos ficaram mais altos e ele começou a gemer também. O barulho de nossas intimidades se chocando invadiu o ambiente.

Ele continuou naquele ritmo por mais algum tempo e então aumentou a velocidade, me fazendo sentir arrepios intensos na espinha. Senti minhas pernas tremerem e uma vibração intensa me invadiu me fazendo arquear as costas. Ele me penetrava quando eu gozei e alguns segundos depois o senti pulsar dentro de mim, soltando um longo gemido.

Ele deitou do meu lado, passando o braço por baixo da minha cabeça e me puxando em um abraço. Beijou minha testa e passou a mão entre os meus cabelos. Sua respiração estava ofegante. Passei a mão por seu abdome, fazendo carinho ali.

- Você é incrível, Ay. – Falou, recompondo-se, um pouco rouco.

- Hmm... foi isso que você escreveu naquela mensagem apagada? – Perguntei. Aquilo estava me matando.

- Não. – Ele desviou o olhar. – Aquilo foi outra coisa.

- O que foi então? – A curiosidade só aumentava.

- Algo que eu não deveria ter falado por mensagem.

- Quanto mistério... – Provoquei.

-Na hora certa você vai saber.

Cabelos Negros - Keisuke Baji x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora