Nem havia notado a outra porta no seu quarto quando Baji me conduziu até ela e entramos no banheiro. Keisuke fechou a porta atrás de mim e acendeu uma luminária que ficava sobre a bancada.
Ainda segurando minha mão, me puxou para perto. Passou sua outra mão pela minha nuca, fazendo carinho enquanto me olhava nos olhos. Senti meu coração disparar e minhas pernas falharem. Ele sorriu e beijou meus lábios. Suas mãos lentamente se moveram para os botões da minha blusa, desabotoando um por um sem pressa. Ele então tirou a blusa, se afastando um pouco e me olhando por alguns instantes. Mordeu o lábio inferior, ainda mantendo um sorriso cheio de maldade e em seguida soltou o botão da minha calça com apenas uma mão.
Estava de lingerie diante dele. Ele me olhava como um predador ao mesmo tempo que parecia se preocupar se eu estava à vontade. Ele passou as mãos pelas minhas costas, me puxando para junto do seu corpo, descendo até a minha bunda, apertando com força enquanto passava os lábios pelo meu pescoço, respirando forte, sentindo o meu cheiro.
Comecei a tirar seu uniforme, primeiro a parte de cima. Seu corpo foi se revelando aos poucos sob a luz quente da luminária. Era perfeito, seus músculos desenhados, seus braços compridos e fortes, seu abdome definido, suas pernas... ele era muito gostoso.
Tiramos nossas roupas íntimas e nos beijamos. O contato dos nossos corpos nus incendiou o nosso beijo e sem descolar nossos lábios, Keisuke me arrastou para dentro do box. Ligou o chuveiro me puxando para debaixo da água quente enquanto ainda nos beijávamos.
Sua mão esquerda alcançou meu peito e ele começou a estimular gentilmente meu mamilo, que se arrepiou àquele toque. Soltei um pequeno gemido, próximo ao seu ouvido e isso pareceu deixa-lo ainda mais excitado. Senti seu membro duro e grande contra o meu corpo. Seus cabelos molhados caiam sobre o rosto e ombros e ele estava mais lindo do que nunca.
Keisuke desceu a outra mão, deslizando-a pela minha barriga até alcançar minha intimidade. Começou a estimular meu clitóris lentamente, em movimentos circulares, aumentando a velocidade aos poucos. A mão que estava em meu mamilo foi até os meus cabelos, agarrando-os, puxando minha cabeça levemente para trás, deixando meu pescoço exposto. Ele começou a beijar e morder meu pescoço, enquanto estimulava meu clítoris cada vez mais rápido e eu gemia no seu ouvido.
Senti uma onda de espasmos me invadir inteira, num orgasmo intenso. Senti meu corpo falhar e Keisuke me abraçou, me encostando na parede. Ele sorria, mas dessa vez não havia malícia no seu sorriso, apenas uma expressão de felicidade.
Ele selou seus lábios nos meus, pegando o sabonete. Passou o sabonete por todo o meu corpo, acariciando-o.
- Você é muito linda. Eu estou perdido por você. – Disse no meu ouvido enquanto ensaboava as minhas costas.
Terminamos de nos limpar e Baji fechou o chuveiro. Saímos e nos secamos. Ainda havia muita tensão sexual no ambiente.
Baji separou uma blusa dele para mim, que ficou enorme, quase um vestido. Me senti ridícula, mas ele pareceu discordar. Olhava para mim como se estivesse vendo alguma miragem.
- Ficou linda, pode ficar pra você. – Disse.
- Obrigada. – Agradeci, para ser educada.
Olhei um relógio na parede e já eram 22:50. Me assustei. Baji viu minha expressão e soltou um suspiro.
- Queria poder te convidar pra ficar aqui hoje, mas sei que não pode. – Disse, enquanto penteava os cabelos.
- Eu... preciso ir. – Disse isso muito contrariada.
- Eu te levo.
Cumprimentei Haruki na saída e partimos. Como sempre, Baji pilotava rápido pelas ruas, e naquele momento eu desejei que ele fosse só um pouquinho mais devagar, para que eu passasse mais tempo com ele.
Ele estacionou na esquina da minha casa, para não acordar minha mãe com o barulho da moto e me levou até a porta. Ficamos alguns instantes apenas nos encarando, com as mãos dadas, sem vontade de soltar.
- Ayane eu... eu acho que...- Ele começou a falar, mas parecia não encontrar as palavras.
Olhei para ele erguendo as sobrancelhas, encorajando-o a dizer de uma vez o que queria.
- É que...bom...você e eu...toda essa situação com a Valhalla...- Continuou.
- Ahn? – Eu não estava entendendo nada.
- É que eu acho que a gente deveria namorar. – Falou de uma vez.
- Você está me pedindo em namoro, é isso? – Falei, contendo o riso. Como ele era atrapalhado às vezes.
- Estou, eu acho. – Disse, olhando para o lado.
- Eu aceito.
Baji sorriu e eu também. Nos beijamos carinhosamente e nos despedimos. Suspirei ao vê-lo sumir ao dobrar a esquina.
Quando cheguei em casa minha mãe não estava mais no sofá e o meu bilhete já não estava mais aonde eu havia deixado. Ela estava dormindo em seu quarto. Entrei silenciosamente e fui direto pro meu quarto. Troquei de roupa, guardando a blusa de Baji no fundo do armário, não sem antes cheirar ela por alguns instantes, me entorpecendo com aquele perfume. Deitei na cama, absolutamente exausta. Embora ainda estivesse com a cabeça no que acabara de acontecer, o sono não demorou para chegar e em alguns minutos eu dormi.
Fui acordada no dia seguinte antes do meu despertador pela minha mãe, que me chacoalhava pelo ombro.
- Ay, acorda. Vamos conversar.
Levantei sonolenta e andei até a sala, sentando no sofá. Minha mãe se sentou em uma cadeira na minha frente, me encarando muito séria.
- A verdade Ay, eu quero a verdade. – Disse, cruzando as pernas.
Respirei fundo.
- Estou namorando um integrante de uma gangue de Tóquio chamada Toman. Estou apaixonada mãe. Pedi que você confiasse em mim porque diferente das outras vezes eu não estou fazendo isso pra te contrariar ou por rebeldia e nem estou procurando confusão. Eu só me apaixonei... – Disse, também séria.
- Gangue, Ayane? Gangue? Eu não consigo acreditar. Depois de tudo que a gente passou? – Sua voz falhava, ela passava as mãos nos cabelos diversas vezes.
- Eu sei o que você está pensando, mãe. E você tem razão de pensar assim. Mas eu sinto que vai ser diferente. O Keisuke me trata bem, cuida de mim, ele me defendeu do...- Parei de falar, não queria que minha mãe soubesse que o Koji estava em Tóquio.
- Filha, não posso concordar com isso. Não vamos chegar a lugar nenhum com essa conversa. Não tem minha aprovação e nem minha permissão. – Se levantou.
- Prefiro que você sinta raiva de mim do que colocar sua vida em perigo. – Disse por fim, saindo em direção ao seu quarto.
Fiquei sentada no sofá sem reação. Minha mãe não permitiria o meu namoro com Baji e aparentemente não havia muita coisa que eu pudesse fazer. Como eu poderia convencê-la? Pensava e pensava, mas não chegava a lugar nenhum.
Me arrumei para a escola com desânimo. Não quis comer nada, tomei meia xícara de café. Esperei minha mãe no sofá e seguimos para a escola. Não se ouviu uma palavra durante todo o trajeto, exceto quando chegamos na porta da escola.
- A partir de hoje você vai voltar com o transporte escolar, Ay. – Disse minha mãe.
- Ok. – Apenas concordei.
Parei na frente da escola pensando insistentemente em um plano para convencer a minha mãe sobre o meu namoro. Enquanto pensava ouvi um barulho familiar. Era a moto de Baji.
Ele veio pilotando a moto até a frente da escola, estacionando-a do outro lado da rua. Vestia o uniforme da escola, mas não estava com seu "disfarce" habitual de nerd. Ele estava de cabelos soltos e sem óculos. Ele vinha na minha direção, absolutamente lindo e radiante.
Percebi que algumas pessoas da escola pararam o que estavam fazendo para observá-lo. Ele continuou vindo na minha direção. Se aproximou e selou nossos lábios em um beijo. Sorriu para mim, passou um braço por cima do meu ombro e começamos a caminhar em direção à entrada da escola ao som de comentários e sob os olhares dos outros alunos.
Minha mãe querendo ou não, eu era a namorada de Keisuke Baji.
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Cabelos Negros - Keisuke Baji x Reader
Fiksi PenggemarApós sucessivas tentativas de te afastar das "más companhias", sua mãe decide que vocês vão se mudar para Tóquio. Você deixa seus amigos e sua vida nada tranquila em Osaka para trás, com a promessa de recomeçar do zero na nova cidade e tentar se com...