VIAGEM || 33

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Estava do lado de Jack, minha barriga embrulhava e eu tinha ânsia de vomito, ele acariciava minhas costas como se isso fosse parar com o engoo.

Luiza estava do meu lado mechendo no celular. Eu estava no meio.

- Acho que vou vomitar - fasso ânsia de vomito. Levanto rápido atropelando as pernas de Luiza.

Vou para o banheiro que por sorte estava vazio. Vomito tudo, quase que eu do descarga com a minha cara lá perto. Quase que fico sem rosto.

Volto para meu lugar.

- Cara, você nunca vomita nas viagens...

- É.. não sei oque aconteceu - digo ainda um pouco enjoado.

- Talvez porque você comeu 3 pacotes de bala fini - Luiza disse.

- É mas.. oque eu posso fazer, eu não consigo resistir a fini - faço uma cara meio triste, ela revira os olhos e volta para o celular, Jack faz o mesmo.

Eu odeio vomitar, é uma das coisas mais horríveis que tem! E sapos, eu odeio sapos.

[...]

Chegamos no Brasil, e já era noite então fomos direto pro hotel.

- Eu tô morrendo de fome! - Jack cai em cima da cama.

Eu e Jack iríamos dividir o quarto, e Luiza iria dormir no quarto ao lado.

- Tchau gente, eu vou pro meu quarto.

[...]

Acordo com as luzes em minha cara. Jack estava na frente da janela aparentemente arrumado, "apreciando" a vista ou algo do tipo.

- Cara fecha essa janela, eu tô tentando dormir - me cubro com a coberta.

- Acorda Hacker! Estamos no Brasil!! A cidade que nunca dorme! - ele batia palmas para me acorda bem animado, animado até demais.

- Esse ditado é de Nova York - mostro o rosto.

- Quem liga - da de braços - vamos acordar porque agente tem muita coisa pra fazer no rio de janeiro - olho para baixo e vejo os seus shorts.

- Acho que você confundiu sua mala com a da Luiza - do um risinho.

- Haha engraçadinho - faz uma caretinha e sai do quarto, mas antes para na porta - Não dorme de novo!

Olho no meu celular e era seis da manhã, não sei quando foi a última vez que acordei tão cedo.

Tomo um banho, visto uma regata branca, Coloco um shorts de moletom preto, meu boné pra trás e um chinelo também preto.

Jack disse que estaria lá em baixo, então eu desço e vejo ele lá Luiza numa mesa com várias comidas.

Luiza estava com um top rosa pink que tinha um tipo de laço na frente, uma saia longa que tinha uma parte aberta deixando uma de suas pernas a mostra, ele era verde neon, e era um pouco transparente. Ela tinha um coque preço com uma presilha dourada que tava meio bagunçado.

E Jack estava com uma camisa social florida e um short curto branco.

Eles me olharam com uma cara de tipo "que roupa é essa?"

- Eu gosto de preto e branco - falo enquanto sento na cadeira, eles só franzen a sombrancelha.

- Bom.. Pra onde a gente vai primeiro?

- Você pode nos levar pra conhecer a cidade - Jack da a ideia.

- Pode ser - Luiza responde.

Nós comemos o nosso café da manhã e Luiza nós leva para vários lugares, ela nós leva para comer, para uma arquibancada de jogo de futebol, shoppings. E por último a praia, já era por do sol então não tinha tanta gente assim.

- Eu não recomendo você entrar no mar assim Jack - Luiza dizia para Jack que estava querendo entrar no mar.

- A gente veio na praia pra que então?

- Essa água não é muito higiênica, se eu fosse você esperava até a manhã quando nos formos andar de barco.

Revia os olhos.

- eu vou pegar uma água de coco.

Fica somente eu e Luiza sentados na areia observando o por do sol.

- Aqui é bonito, é como eu pensava tipo a vibe brasileira e tals - olho para ela.

- É... Aqui é bonito, só não quando tem tiroteio.

- Aqui tem tiroteio? Tipo no dia a dia?

- Tem! - Arregala os olhos - só que são mais nas favelas que acontecem.

- Você já morou na favela?

- Já, só não era tão perigosa como muitas por ai - a escuto falar - mas de pois que eu saí de casa eu fui morar com minha amiga e lá era bem perigoso, já quase levei um tiro.

- Meu Deus.

- Você conheceu minha mãe né? Na queles dias que ela tava lá.

- Sim, ela parece ser legal, mesmo com as coisas ruins que ela fez. Ela me contou algumas coisas.

- O que ela te contou?

- De como você foi expulsa de casa por conta de fazer vídeos para a internet.

- Exatamente.

- E você.. não pretende falar com ela?

- Não sei, eu já voltei faz tempo, isso saiu em vários lugares e ela ao menos me mandou mensagem - abaixa a cabeça - Deve que ela queria meu dinheiro.

- Ela não parecia tar interessada no seu dinheiro.

- Você não conhece minha mãe... Bom.. mais eu não quero ficar falando sobre ela.

- Quer falar sobre o que então? - pergunto e ela olha prós meus lábios e e os devora.

Eu realmente não esperava por isso, mas é claro que correspondo o beijo. Beijar ela era tão.. bom, mas tipo muito bom! Eu não sei explicar.

- Você já queria fazer isso a muito tem né - digo ao pararmos o beijo, e sorrio.

- Claro, já fazia três semanas que não davamos nem um selinho - sorri de volta.
Reviro os olhos de uma forma boa.

- E cadê o Jack? Ele já tá a muito tempo sozinho.

- Verdade, ela disse que ia pegar água de coco.

Vamos em direção a barraca de água de coco, as antes damos três selinhos. Jack estava falando um pouco alto num tom irritado com o moço da barraca.

Ele tentava dizer que queria água de coco para o homem mas o homem aparentemente não entendia.

- Moço, AGUA DE COCO! AQUILO QUE VOCÊ VENDE AQUI! aí meu deus, por que você só não me dá a água de coco! É a coisa que você faz aqui! - Luiza chega e fala em português.

- Moço três águas de coco por favor, e desculpa meu amigo, ele é gringo não entende nossa língua. Pronto Jack, não precisa gritar com ele.

- Aí.. desculpa, porque eu tava a meia hora tentando falar pra ele que queria água de coco - revira os olhos.

Pegamos nossa água de coco e voltamos para o hotel.

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Tudo Por Você - VINNIE HACKER Onde histórias criam vida. Descubra agora