Capítulo 30

1.4K 78 4
                                    

Victoria

Nathan havia deixado bem claro que me queria fora de sua vida. Por mais que ele diga que aquilo foi na hora da raiva e que se arrepende do que disse, suas palavras me machucaram, mas não posso colocar a culpa somente sobre ele. A culpa disso tudo é minha, a culpa de sua dor é minha e a culpa da minha dor é minha... Ouvi a campainha e me levantei do sofá onde estava sentada tentando ler.

- Quem é? -perguntei antes de abrir.

- A sua dory favorita. -disse Oli com uma voz fina engraçada.

Abri a porta encontrando o lindo homem alto na minha frente. Ele e Nathan eram os homens mais lindos que eu já tinha visto. Porém só Nathan me atraía, Oliver era como um irmão.

- Você é minha única, dory! -digo em um tom de tédio deixando ele entrar.

- Aí... pra que isso?! -disse fingindo mágoa enquanto passava pela porta.

- Desculpe, eu não... desculpe! 

- Ei, eu tô brincando. O que aconteceu? -perguntou preocupado.

- Nada...

- Bom, estava passando por aqui e resolvi encostar e saber se você não quer jantar. -perguntou Oli.

Demorei alguns segundos pra responder

- Não aceito "não" como resposta. Faz tempo que a gente não se ver, por favor vamos! -fez uma carinha de cachorro sem dono pra mim, e foi impossível resistir.

- Ta bom, eu vou. -digo indo trocar de roupa.

(...)

Coloquei um vestido preto rodado e nos pés calcei uma sandália aberta preta também. Peguei uma bolsa branca e desci.

Quando desci encontrei Oliver sentado no sofá segurando o livro que eu estava tentando lê alguns minutos atrás, o nome era CORTE DE CHAMAS PRATEADAS da Sarah J. Mass. 

Quanto mais ele lia, mais era possível ver surpresa, choque e diversão em suas expressões.

- Oli... -digo me aproximando.

- "Coloque as mãos na cabeceira da cama. Segure firme." Mas que safada... -disse com um sorriso travesso.

- Como? -digo fazendo a Kátia.

- Você lê essas putarias com essa cara de santinha. -disse com um sorriso surpreso. 

- Não sou safada. Eu leio, mas não pratico! 

- Você tem fantasias com o Nathan, não tem? Gente, que safada!

- Não seja idiota. -digo pegando o livro de suas mão e colocando em cima do sofá. 

(...)

Estavamos no restaurante  e eu pedi apenas um pedaço de torta de maça com um suco. 

- Vai me contar o que aconteceu entre você e Nathan ou vou ter que tirar dele na base do soco?

- Não aconteceu nada, Oli.

- Aconteceu sim, e pela sua cara foi algo muito ruim. O que ele disse? -não havia diversão em seus olhos, apenas muita cautela e curiosidade.

- A culpa é minha, ok? -tento segurar o choro.

- Como assim? -pergunta com o cenho franzido.

- Primeiro tenho que contar a você que o namoro é falso -vi uma onda de surpresa percorre seu rosto- Fizemos o acordo pois em uma reunião de negócios foi exigido que ele tivesse comprometido com alguém. E bom fizemos um contrato onde não podiamos contar a ninguém sobre o nosso acordo, mas esse acordo acabou nos aproximando de mais e fazendo com que surgissem sentimentos fortes um pelo outro. Tivemos uma pequena briga na casa dele alguns dias atrás e eu acabei levantando barreiras entre nós, foi horrivel vê a felicidade e esperanças sumirem de seu olhar... e a uma semana ele me chamou para conversar e acabamos falando coisas um ao outro que não deveriamos ter falado, eu disse que não tinha sentimentos por ele, e Nathan foi claro em dizer que me queria longe dele e de sua família.

Maldito CEO e seu contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora