Victória
Entrei na minha sala e coloquei o projeto em cima da minha mesa de trabalho, corri para o banheiro e vomitei todo meu café da manhã. Quando não tinha mais nada no estômago comecei a chorar.
Ele estava cortando laços comigo, estava me cortando de sua vida e da vida das pessoas que ele ama e que me amam. E nem posso culpa-lo, eu tinha dilacerando seu coração, machucado sua alma e tirado qualquer esperança que um dia ele teve sobre nós. Eu o forcei a erguer um muro entre a gente, o forcei a desistir de nós. Me afastar e agir de forma fria foi a forma que encontrou de se protejer.
Me sentei no chão do banheiro encostando as costas na parede e continuei a chorar, até minha cabeça começar doer. Quando finalmente meu corpo cansou pelo choro contínuo me levantei do chão do banheiro e lavei o rosto.
Voltei para minha sala e tudo estava girando, me sentei na minha cadeira e esperei a tontura passar um pouco. Quando finalmente passou peguei um remédio para tontura e dor de cabeça e tomei com um copo de água.
Depois que já estava um pouco melhor, comecei trabalhar no projeto e arrumar todo o erro que eu havia feito. Trabalhei durante horas tentando arrumar o máximo que conseguisse do projeto, nem fui almoçar pois não estava com fome. Ninguém veio falar comigo durante todo o dia, nem mesmo Nathan.
Fiquei até depois da horário de sair. O que fez com que eu perdesse o ônibus e não tinha coragem de pegar o metrô. Tinha ouvido várias historia de mulheres abusadas em metrô desde que cheguei, diziam que tarde da noite, homens ficavam esperando pela primeira oportunidade. Ia tentar pegar um táxi, se não eu iria a pés mesmo, por mais que pareça idiotisse eu confio mais em mim indo a pés do que no metrô! Enfim, é foda ser mulher.
Sai da minha sala um pouco tonta, eu sabia extamente o porquê. Meu corpo já estava se acostumando a comer normalmente, e como não tinha nada no estômago, eu não estava muito bem.
Assim que sai da sala vi Nathan sentado em uma cadeira mechendo no celular, seus olhos encontraram os meus segundos depois e percebi que ele tinha ficado tenso. Comecei a caminhar para o elevador a passos rápidos!
Ele se levantou indo para o elevador também. Nathan chegou primeiro e apertou o botão fazendo com que as portas se abrissem. Ele entrou e segurou as portas para mim.
- Não precisa! Vou de escada. -digo caminhando em direção as escadas.
Ele saiu de dentro do elevador vindo até mim me segurando pelo braço.
- Por favor! -pediu.
Cedi ao seu pedido pois sabia que se começasse a descer aquelas escada com certeza ficaria tonta e cairia. Puxei o braço para que me soltasse e fui para dentro do elevador.
Ficamos todo tempo em silêncio. Quando as portas finamente abriram quase corri de dentro mas novamente sua mão me parou.
- Não vai encontrar ônibus está hora, e o metrô é perigoso a esse horário. E será dificil encontrar um táxi.
- Não se preocupe, eu tenho pés, e sei como usa-lós. -disse me desvencilando de seu aperto mais uma vez.
- Céus porque é tão teimosa? -pergunta para si mesmo- Pare de birra, só quero seu bem! -não acredito que acabei de ouvir isso.
- BIRRA?!! O senhor foi bem claro em dizer que me queria fora de sua vida. Agora vem me dizer que quer o meu bem, me poupe. -tentei sair mas ele se pôs em minha frente.
- Eu não deveria ter falado aquilo daquela forma, mas acho justo mantermos certa distância para não haver mais sentimentos. E no momento prefiro que vá comigo, para garantir que não aconteça nada a você.
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Maldito CEO e seu contrato
Romans"Acabará de acontecer tantas coisas ruins em minha vida, será que dá pra ficar pior?" Todos sabem que quando as coisas estão ruim já mais devemos falar uma coisa dessa, pois as coisas podem piorar! Mas com a Victória as coisas foram diferente. As co...