Algumas semanas se passaram depois que Regina fez a cirurgia para remoção do chip. A recuperação, como previsto, foi tranquila e ela logo regressou para casa.
Nos dias que se seguiram, Emma não saiu de perto da esposa, sempre atenta a uma possível mudança no comportamento dela ou a qualquer tipo de queixa estranha que Regina fizesse.
Porém, conforme o tempo avançou, a beta não mostrou nada que sugerisse alteração em seu status. Também não desenvolveu um apêndice (pau) entre as pernas, nem apresentou variação em seu apetite sexual. Regina sequer teve febre, fator que poderia indicar que estivesse entrando no cio.
Com os dias transcorrendo na mais absoluta paz, Emma voltou a trabalhar no departamento e Regina também passou a abrir a quitanda todos os dias. Elas decidiram seguir morando na cabana, pois a antiga casa, onde viveram antes da separação, trazia lembranças amargas para a beta, pelo motivo de, durante anos, também ter sido o lar de Emma com Fiona.
Elena também parecia bem adaptada à vida no campo e, só quando tinha saudades das primas, pedia para passar uma noite ou duas na casa das tias Ruby e Belle.
Nos dias que ficavam a sós, Emma e Regina aproveitavam para aplacar o fogo que as consumia desde a reconciliação. Às vezes, fazendo amor gostoso sobre a cama no quarto da beta e, em outras, fodendo rudemente pelos cantos da cabana, recuperando o tempo perdido por causa da longa separação.
Em virtude do novo status do relacionamento das duas e por sugestão de Regina, Emma decidiu limpar o sótão, onde arrumaria o quarto para Elena. A alpha guardaria todas as caixas e objetos deixados ali pelo pai da beta, no pequeno galpão de madeira que a sheriff e Ruby construíram perto do curral das ovelhas.
A beta queria mais privacidade para as duas e não aguentava mais ter que dormir separada da esposa, muito menos gostava de deixar Elena trancada no quarto, nas noites que escapulia com destino a sala para fazer amor (ou simplesmente foder duro) com sua alpha.
Parecia que tudo se encaixava de novo, voltando ao mesmo estado de antes, como se o universo houvesse dado uma trégua, restabelecendo a normalidade para a vida da Alpha Sheriff e sua companheira Beta.
— Você fez a lição de casa como te ensinei? — perguntou Regina ao passo que escovava o cabelo comprido de Elena.
— Sim, Gina! — a garotinha respondeu — Você tem mais paciência do que mommy para me ensinar — olhou de soslaio por cima do ombro para a mulher por quem a cada dia sentia mais afeição.
Regina sorriu satisfeita com o elogio da pequena.
— Me alegra saber disso! Mas não fale sobre isso com sua mãe, porque vai deixá-la com ciúmes.
Elena assentiu, voltando a olhar para frente.
— Você e mommy vão se casar?
Regina parou bruscamente a escovação no cabelo de Elena, surpreendida pela pergunta dela.
— Porque assim eu teria outra mãe de novo — a menina disse num murmúrio entristecido.
Regina engoliu em seco, recobrando-se para falar:
— Você lembra da sua outra mãe? — mudou um pouco o foco da conversa.
Fiona faleceu anos antes, após ficar meses em coma, depois de um trágico acidente de carro sofrido durante uma forte nevasca. Na época, Regina sentiu uma grande necessidade de estar perto de Emma para apoiá-la em seu momento de dor, porém a mágoa somada a uma boa dose de orgulho, mantinham a beta fechada em uma bolha de rancor e indiferença, impossibilitando qualquer gesto de compaixão causado pela morte da ômega.
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Vínculo [SwanQueen - Universo ABO]
Random[TERMINADA] Regina Mills está separada de Emma Swan há mais de nove anos, porém elas mantém um vínculo praticamente inquebrável. Mas essa ligação é ameaçada quando o misterioso Arthur Pendragon chega a cidade. ⚠️NÃO AUTORIZO ADAPTAÇÕES/TRADUÇÕES DAS...