Capítulo 03 - O cativeiro

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Emma gemeu e intensificou o movimento da mão em torno do seu membro endurecido.

– Regina – ofegou quando o nó inchou de novo, prestes a explodir em mais um orgasmo.

Ela recostou uma mão e a cabeça na superfície fria dos azulejos e rosnou quando o primeiro fluxo de esperma saiu. Seu corpo já não estava mais tão superaquecido, mas Emma ainda sentia as gotas de suor escorrendo na pele pegajosa e caindo no chão enquanto esvaziava toda sua carga, respingando sêmen grosso no vaso.

A cada fio de porra que caía na porcelana, a alpha rosnava o nome da beta, frustrada por não tê-la embaixo de si para poder dar o nó e encher o ventre da sua companheira com filhotes. De seus filhotes. De pequenas e lindas criaturas parecidas com Regina.

Com mais uma bombeada forte, Emma relaxou, dando dois passos para trás e encostando-se na parede do banheiro com a boca aberta, quase sem fôlego e sentindo o corpo exausto. O pênis começou a ficar flácido e um sorriso fraco surgiu em seus lábios. Sua rotina finalmente chegou ao fim e ela sobreviveu aos dois dias de sofrimento.

Com as pernas trêmulas, andou apoiada na parede para fora do banheiro e encontrou o quarto completamente bagunçado, como se um furacão tivesse passado por ali. Havia restos de frutas e muitas garrafas d'água vazias espalhadas pelo chão.

A cama estava revirada e com os lençóis amontoados e rasgados embaixo de uma pilha de travesseiros. Emma sentiu um pouco de vergonha ao recuperar uma memória de si mesma fodendo os travesseiros enquanto rasgava os lençóis, rosnando ferozmente. Aquela rotina havia sido muito violenta, além de inesperada.

Ela tinha tomado supressores duas semanas antes, então não deveria ter entrado no cio naquele período. Sua rotina acontecia a cada seis meses, mas, desde que se separou de Regina, passou a consumir aquelas drogas para ter apenas um cio por ano. Era uma escolha arriscada, pois os cientistas ainda não conheciam muito bem os efeitos do uso regular dos supressores nos organismos de alphas e de ômegas.

A alpha começou a arrumar a bagunça, antes de ir tomar banho. Desde que George prendeu-a ali com Fiona, o lugar se transformou em sua prisão. Sempre se isolava naquele quarto quando sua rotina se aproximava, porque temia ir atrás de Regina e machucá-la no momento que seu cio atingisse o ponto mais doloroso, quando sua mente estivesse totalmente nublada pelo instinto de acasalar e procriar.

Emma sentiu sua garganta apertar de fome e de sede, enquanto recolhia os restos de comida e as garrafas, jogando-os no saco de lixo. Mas abafou essa sensação e passou a retirar a roupa de cama, incluindo os travesseiros, dando o mesmo destino a essas coisas porque tudo estava imprestável. O colchão coberto de sêmen precisaria ser substituído antes de sua próxima rotina, que ela esperava fosse dali a seis meses, e o quarto estava mais que impregnado pelo odor forte de alpha no cio e precisaria ser lavado, mas faria isso depois também.

Estava muito debilitada e a fome e a sede só aumentaram com os pequenos esforços que fez ajeitando superficialmente a bagunça.

Ela voltou para o banheiro e ligou o chuveiro, ficando um tempo embaixo da água corrente, refrescando-se e bebendo pequenos goles, querendo amenizar pelo menos a sede que sentia. Ensaboou todo o corpo e cabelos, e quando se achou finalmente limpa, saiu do box, indo até o armário do quarto, de onde tirou uma toalha e roupas limpas.

Enfim, estava arrumada e poderia ligar para que sua irmã, Ruby, viesse libertá-la de seu cativeiro. Nos últimos nove anos, Ruby se transformou em sua protetora, a pessoa responsável por mantê-la presa naquele quarto durante a rotina e também a que cuidava de Elena nos dois dias que a alpha permanecesse ali.

Achou seu celular no chão, embaixo da cama, e procurou o número da irmã, enviando a seguinte mensagem: "Pode vir me soltar, a rotina acabou."

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