Capítulo 18 - Ômega

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Os olhos de Arthur permaneciam vidrados em Regina e ela sentiu o pânico tomando seu corpo. A mulher se encolheu de dor e mais da sua excitação escorreu, umedecendo a parte de dentro das coxas.

Regina choramingou e o homem avançou na direção dela, ficando a pouca distância.

Um odor azedo tomou o ar, deixando a recém-apresentada Ômega enjoada. Ela percebeu que o alpha parecia hesitante e deduziu que o novo cheiro que Arthur emanava era de medo.

"Ótimo. Isso pode me dar tempo para fugir daqui."

Parecendo mais uma distração, o celular de Regina começou a tocar com insistência em cima do balcão. Quando a ômega levantou a cabeça e visualizou o nome de Emma na tela, seu coração bateu descompassado e ela tentou alcançar o equipamento, porém o homem agiu depressa, afastando o celular para longe dos dedos trêmulos dela.

— Você não precisa dela — o alpha falou numa pose confiante — Posso ajudá-la... Fazer sua dor passar.

Regina grunhiu com irritação, sentindo repulsa pela oferta.

— Não — ofegou — Quero Emma... Preciso da minha alpha. — esforçou-se para manter a firmeza na voz, pensando que desmaiaria a qualquer instante por causa das dores.

— Sua alpha te traiu e teve uma filha com outra ômega — Arthur lembrou venenoso — Ela não foi capaz de resistir aos encantos de Fiona — continuou, fazendo Regina choramingar de frustração. — Você deveria se vingar.

Regina sacudiu a cabeça, lutando para permanecer lúcida enquanto seu corpo parecia arder em quarenta graus de febre.

— Por favor — suplicou — Emma... — estremecendo de calafrios, a ômega vacilou e se ajoelhou no chão, instintivamente chamando pelo nome da única pessoa que ela queria.

Como se a escutasse, o celular de Regina voltou a tocar e Arthur rosnou enfurecido, esmagando-o contra a banca, quebrando o aparelho em pedaços.

— Vou levá-la comigo — ele disse passando os braços por baixo das pernas e pelas costas da mulher para erguê-la do chão.

— Solte-me — ela exigiu, socando-o como podia no peito.

— Vamos ver quanto tempo você vai resistir, antes de ficar de quatro pedindo para eu montá-la — o alpha caçoou da vulnerabilidade da ômega.

Regina permaneceu se contorcendo nos braços dele, tentando se livrar das mãos indesejadas do alpha, temendo que se ele a carregasse para algum lugar desconhecido, ela não teria forças para resistir quando o cio tomasse conta totalmente da sua mente, do seu corpo, das duas vontades. Quando fosse apenas uma refém de suas próprias necessidades.

Começou a chorar, imaginando Emma numa situação parecida com aquela, dopada e trancafiada num quarto, à mercê de seus instintos primordiais. Totalmente indefesa sem ter como impedir o inevitável.

— Tire as mãos dela, infeliz!

Regina ouviu o clique de uma arma sendo engatilhada e levou poucos segundos para reconhecer a voz de Ruby, permitindo-se suspirar pela primeira vez de alívio.

— Ora, ora — o homem não fez imediatamente o que a alpha determinou — Não me diga que está querendo foder a mulher da sua irmã, subxerife Swan...

— O que estou querendo é estourar os seus miolos — Ruby rosnou por entre os dentes — E se você não soltá-la agora, é exatamente o que farei.

Com medo da postura agressiva da alpha, Arthur resolveu não pagar para ver e soltou Regina de repente. A ômega não foi ao chão, porque conseguiu se apoiar na borda da banca.

Vínculo [SwanQueen - Universo ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora