Depois de uns 15 minutos esperando eu escutei a porta da cafeteria abrir. Como estava de costas não vi quem entrou, só escutei meu chefe falando:
- Ah! Você está aqui. Sua aprendiz chegou. Está esperando por você atrás do balcão.
Quando percebi que estava falando de mim, me virei de frente para o recém-chegado e não acreditei no que vi.
Lucas. Parado na porta. Olhando em minha direção.
Vi seus olhos se arregalarem de surpresa ao me ver, mas logo o choque foi substituído pelo mesmo brilho de antes.
Quando percebi que ele iria me treinar, revirei meus olhos e cruzei meus braços.
Ele veio até o outro lado do balcão, vestiu o avental e estendeu a mão para mim.
- Oi! – Falou com um sorriso.
Não queria ser grossa, então aceitei seu cumprimento, mas acho que Lucas percebeu que eu não queria estar naquela situação.
- 'Tá' bom, então. Umm, me pediram para te ajudar por, pelo menos, dois meses até você conseguir usar a máquina e conseguir fazer os cafés por conta própria.
"Pode ser um pouco irritante, mas eu vou te supervisionar e te ajudar sempre quando tivermos algum cliente. "
- Ok.
Não queria discutir com ele sobre nada, assim como fizemos na rua, porque o nosso chefe estava olhando para a nossa interação, e deu para perceber que o Lucas também só estava sendo gentil por causa disso. Também não estava nem um pouco a fim de puxar conversa, então comecei a organizar algumas coisas no balcão e percebi que ele copiou os meus movimentos.
Ainda não tinha me acostumado com a ideia de ser ensinada por Lucas. Não nos conhecemos da melhor maneira e eu não tinha nem um pouco de vontade de "me abrir" e ser receptiva com ele.
Já sabia que seriam longos dois meses.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O amor (não) existe
RomanceDuas pessoas podem verdadeiramente se amar? Elisa acredita que não, e acha impossível algo ou alguém mudar seu pensamento. Até que ela conhece Lucas que a mostrará o amor verdadeiro.