Epílogo: Lucas

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1 mês depois:

Hoje eu e Lisa estávamos fazendo um mês de namoro. Eu sei, é pouco, mas ainda é especial.

Como qualquer outro dia fomos juntos para o trabalho e tomamos café lá. Estávamos felizes com o nosso relacionamento e queríamos aproveitar o dia de hoje o máximo possível.

O nosso dia no trabalho foi tranquilo e bem divertido, com beijos roubados, abraços por trás e muita risada. Muitos clientes olhavam para nós e sorriam nos dizendo para aproveitar o tempo que tínhamos juntos e que nunca devemos deixar essa "chama" se apagar. O sorriso de Lisa sempre se alargava mais e mais toda vez que alguém nos elogiava dizendo que éramos um casal fofo ou coisas do tipo.

Quase no final do dia não tinha mais nenhum cliente entrando na Le Café, nos deixando a sós. Já fazia algumas horas desde a última vez que eu tinha "dado em cima" da minha namorada, então decidi surpreendê-la, enquanto ela estava de costas para mim, limpando a máquina de café.

- Oi, moça bonita! – Eu disse, a abraçando por trás e afundando meu rosto em seu pescoço, deixando alguns beijinhos lá – Vem sempre aqui?

Escutei Lisa rindo enquanto balançava a cabeça.

- Na verdade, sim!

- Umm, como eu nunca reparei uma garota bela igual você por aqui?

- Eu costumo ficar atrás do balcão. Talvez seja isso! – Ela disse com uma voz feliz, deixando transparecer seu sorriso em seu tom.

- É, talvez! Tem namorado, gatinha?

Elisa se virou de frente para mim, apoiando as costas no balcão atrás dela e colocando as mãos no meu peitoral.

- Sim, sim! 100% comprometida! – Ela disse, me mostrando sua mão direita enquanto brincava com a aliança que eu havia a dado alguns dias antes, como presente de "mesversário".

- Uhumm, ele é muito sortudo por ter uma garota incrível como você. – Eu disse, dando um beijo suave na bochecha dela.

Quando me afastei ela colocou as suas mãos delicadas no meu rosto e olhou nos meus olhos com um brilho apaixonado que eu não me cansava de ver. Provavelmente, naquele momento, eu também tinha esse mesmo brilho nos meus, pois conseguia sentir que estava me perdendo nos olhos castanhos e apaixonantes na minha frente.

- Acho que eu sou sortuda por ter ele, na verdade! – Ela disse, me dando um selinho quando terminou de falar.

Nos afastamos e ambos tínhamos sorrisos enormes e brilhantes nos nossos rostos. Voltamos a trabalhar, mas não sem, às vezes, fazer contato visual, seguido de um sorriso tímido, enquanto sentíamos nossas bochechas esquentarem.

Ao final do dia estávamos um pouco cansados, mas ainda estávamos sorrindo e nos divertindo juntos.

Assim que entramos no carro, começou a chover, mas não nos importamos com isso, já que adoramos o clima de chuva. Fomos para casa de mãos dadas o caminho inteiro e sem tirar os sorrisos que se mantiveram em nossos rostos durante o dia inteiro.

Durante todo o trajeto do trabalho até a minha casa, choveu. Estávamos escutando música, o que fazia com que a melodia se misturasse com o som das gotas batendo no teto do carro, deixando um clima mais calmo.

Quando chegamos, eu tive uma ideia. Já fazia tempo que eu queria dizer algo para Elisa, mas não sabia como, e nada mais romântico do que dançar na chuva. De novo.

Coloquei "Dandelions", a nossa música, no máximo e saí do carro, indo em direção a porta do passageiro.

Puxei Lisa para fora do carro e começamos a dançar na chuva, assim como fizemos no nosso primeiro beijo.

Segurei sua cintura o mais firme que pude e a afundei em meus braços. Enquanto ela ainda estava nessa posição, eu aproximei nossos lábios, lhe dando um beijo. A pus de pé e aproveitei a oportunidade para aprofundar nosso beijo.

Quando nos separamos pela falta de ar, Lisa me perguntou:

- Por que fez isso?

- Porque eu te amo! - Eu disse com um sorriso, enquanto encostava minha testa na dela.

Ela riu da minha resposta, tombando sua cabeça para trás, mas não porque achou graça, sim porque estava feliz.

- Eu também te amo, meu amor! - Ela disse assim que se recuperou.

Não pude evitar o sorriso que apareceu em meu rosto.

- Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo! - Eu disse, entre beijos.

Ficamos abraçados embaixo da chuva, balançando de um lado para o outro.

Era um momento simples, mas eu não conseguia parar de sorrir.

Nunca estive tão feliz na vida. Tinha a mulher que eu mais amava em meus braços, e eu havia a ensinado o verdadeiro amor. Afinal, o amor existe!

O amor (não) existeOnde histórias criam vida. Descubra agora