Quando cheguei no meu apartamento meu celular começou a vibrar enlouquecidamente. Olhei para ver o que era e minha barra de notificações estava cheia de mensagens do Lucas.
Lucas: Gatinha, por favor, me deixa explicar o que aconteceu!
Amor, eu preciso falar com vc pessoalmente
Deixa eu te explicar tudo amanhã, por favor
Eu prometo que eu não sou igual ao Gustavo
Eu preciso que vc me escute amanhã no trabalho
Princesa...
Amor...
Linda...
Lisa...
Merda, é claro que vc não vai me responder
Desculpa, eu esqueci que vc me pediu pra parar com os apelidos
Elisa, por favor, me deixa te explicar
Senti meu coração se apertar ao ver o quão desesperado ele estava para se explicar, mas logo me lembrei do que vi na cafeteria e fiquei com raiva por ele achar que eu realmente acreditaria nele.
Bloqueei seu número para que eu parasse de receber suas mensagens implorando pela minha atenção e desliguei meu celular o jogando no sofá. Me encostei na porta, fechei meus olhos e respirei fundo. Meu apartamento parecia tão silencioso e vazio sem Lucas aqui para me fazer companhia. Eu queria que ele estivesse aqui para me envolver em seus braços, que às vezes pareciam me engolir, e dizer que iria ficar bem, mas ao mesmo tempo eu sabia que nada estava bem e a culpa era dele.
Deslizei minhas costas pela porta, fazendo com que, em segundos, eu estivesse sentada no chão. Abracei minhas pernas, as puxando para perto do meu peito, e escondi meu rosto nos meus joelhos enquanto deixava as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, fazendo com que eu me sentisse uma pequena bolinha de sofrimento e dor.
Não sei por quanto tempo fiquei assim, mas eu sei que depois de um tempo eu escutei alguém batendo na porta da minha casa.
Me levantei do chão, limpei meu rosto e olhei pelo olho mágico quem era. Atrás da porta vi minhas amigas, Dayana, Vitória e Millie.
Imediatamente abri a porta e me deixei cair nos braços delas que me seguraram com força e me confortaram enquanto entravam no meu apartamento e fechavam a porta.
- Eu acabei de chegar. Não consegui fazer nada. – Eu disse, com a voz falhando por causa das lágrimas que não paravam de escorrer.
- 'Tá' tudo bem! A gente vai te ajudar, ok? – Dayana disse, com a voz calma enquanto me afastava do conforto dos braços das minhas amigas.
- Eu vou ajeitar o sofá para ficarmos confortáveis, Millie pode fazer alguma coisa para a gente comer e Dayana pode te ajudar a se arrumar e colocar uma roupa mais confortável. – Vitória disse, com um ar de mandona.
- Senhora, sim, senhora! – Millie disse, fazendo uma continência para Vitória, enquanto todas nós ríamos.
Dayana e eu fomos para o meu quarto enquanto as outras meninas preparavam tudo para uma "noite das meninas" que mais parecia uma "noite das lágrimas". Quando abrimos a porta achamos Vitória de braços abertos para mim e Millie um pouco sobrecarregada na cozinha que logo pediu ajuda para Dayana.
Enquanto Day ia para a cozinha, eu fiz meu caminho para o sofá, afundando a cabeça no colo de Vitória que imediatamente começou a acariciar os meus cabelos tentando me acalmar.
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O amor (não) existe
RomanceDuas pessoas podem verdadeiramente se amar? Elisa acredita que não, e acha impossível algo ou alguém mudar seu pensamento. Até que ela conhece Lucas que a mostrará o amor verdadeiro.