Capítulo 9

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Depois de um ótimo dia com Théo e as meninas, fui para casa com Layla e Carol. No caminho, Carol dormia no colo de Layla. Porém, minha best estava estranha.

Eu : Layla, tudo bem ?

Layla : Tudo, só.. To cansada.

Eu : Cansada de ontem ou de algo ?

Layla : De viver. - Ela abaixa a cabeça.

Eu : Chegamos em casa. Deixa eu carregar Carol, abra a porta pra mim. - Ela se levanta com cuidado para não acordá-la e abre a porta de casa.

Peguei Carol no colo e subi para o quarto com Layla. Coloquei ela na cama e sentei para retomar a conversa.

Eu : Layla, vem cá. - Ela se senta do meu lado e deita a cabeça em meu ombro. - Diga, porque esta assim ?

Layla : Sinto falta dos meus pais. Desde que se mudaram para Berlim nunca mais tive contato. Eu não tenho mais família aqui. - Ela lacrimeja.

Carol : Está enganada. - Ela levanta e abraça Layla. - Você tem eu e o Tom. E agora tem a possibilidade de ter Marina também. Sabe como foi ontem. Ela adora você. E eu e Tom te amamos.

Eu : Exatamente. Nós somos sua família. Mesmo que sejam poucas pessoas, somos as que mais valem nessa vida. E não é me gabando. - Abracei ela também. - Isso é só uma fase. Todas as pessoas no mundo passaram por isso. Algumas elevaram essa fase para outra coisa. Essas pessoas que elevaram, não foram fortes o suficiente para superar isso, e não tinham ninguém para apoiar. Mas você... Ah, você muito forte. Você venceu o preconceito, venceu todos aqueles que te xingaram e disseram que ia pro inferno por isso. E você tem meu apoio e o apoio de Carol. Eu te amo lesba.

Carol : Eu te amo amor. - Elas dão um selinho.

Layla : Muito obrigada. Eu amo os dois. - Ela nos abraça e chora. - Minha família.

Eu : Isso mesmo. Agora durmam. Eu irei resolver uma coisa. Quando acordarem, a cozinha é de vocês. Me liguem qualquer coisa.

Carol : Ok. Vou cuidar dela aqui.

Layla : Obrigada Tom.

Eu : Durmam bem. - Fechei a porta e respirei fundo.

Eu não trabalho no domingo, mas terei que ir lá para resolver o problema de Marina. Peguei o carro e fui para o banco. Chegando lá, cheguei no Adam, o sub-gerente, que é um grande amigo meu.

Eu : Ei, Adam !

Adam : Fala Tomás. Hoje você não trabalha, esqueceu ? - Disse rindo.

Eu : Não vim para trabalhar não. - Ri também. - Você se lembra da Marina ? Que trabalhou um ano aqui quando eu entrei e tal ?

Adam : Marina Ferraz ?

Eu : Isso.

Adam : Me lembro sim. O que tem ela ?

Eu : Então, é que ela voltou para o Rio, e precisa de um trabalho. Queria saber se você tem como arranjar alguma vaga. Ela precisa muito de um trabalho.

Adam : Por que ? Ela esta endividada ou algo assim ?

Eu : Ainda bem que não. Porém ela depende do noivo dela e não quer mais isso.

Adam : Entendo. Vai ser complicado, e pode demorar. Mas verei o que posso fazer.

Eu : Você é demais Adam. Valeu mesmo. Te devo essa !

Adam : Apenas cobro aquela bebida que você me deve, da aposta. Pensa que esqueci ?

Eu : Não sei que aposta. - Dei e ombro e ri da cara dele. - Pode deixar. Próxima folga quitarei isso.

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