Depois de um ótimo dia com Théo e as meninas, fui para casa com Layla e Carol. No caminho, Carol dormia no colo de Layla. Porém, minha best estava estranha.
Eu : Layla, tudo bem ?
Layla : Tudo, só.. To cansada.
Eu : Cansada de ontem ou de algo ?
Layla : De viver. - Ela abaixa a cabeça.
Eu : Chegamos em casa. Deixa eu carregar Carol, abra a porta pra mim. - Ela se levanta com cuidado para não acordá-la e abre a porta de casa.
Peguei Carol no colo e subi para o quarto com Layla. Coloquei ela na cama e sentei para retomar a conversa.
Eu : Layla, vem cá. - Ela se senta do meu lado e deita a cabeça em meu ombro. - Diga, porque esta assim ?
Layla : Sinto falta dos meus pais. Desde que se mudaram para Berlim nunca mais tive contato. Eu não tenho mais família aqui. - Ela lacrimeja.
Carol : Está enganada. - Ela levanta e abraça Layla. - Você tem eu e o Tom. E agora tem a possibilidade de ter Marina também. Sabe como foi ontem. Ela adora você. E eu e Tom te amamos.
Eu : Exatamente. Nós somos sua família. Mesmo que sejam poucas pessoas, somos as que mais valem nessa vida. E não é me gabando. - Abracei ela também. - Isso é só uma fase. Todas as pessoas no mundo passaram por isso. Algumas elevaram essa fase para outra coisa. Essas pessoas que elevaram, não foram fortes o suficiente para superar isso, e não tinham ninguém para apoiar. Mas você... Ah, você muito forte. Você venceu o preconceito, venceu todos aqueles que te xingaram e disseram que ia pro inferno por isso. E você tem meu apoio e o apoio de Carol. Eu te amo lesba.
Carol : Eu te amo amor. - Elas dão um selinho.
Layla : Muito obrigada. Eu amo os dois. - Ela nos abraça e chora. - Minha família.
Eu : Isso mesmo. Agora durmam. Eu irei resolver uma coisa. Quando acordarem, a cozinha é de vocês. Me liguem qualquer coisa.
Carol : Ok. Vou cuidar dela aqui.
Layla : Obrigada Tom.
Eu : Durmam bem. - Fechei a porta e respirei fundo.
Eu não trabalho no domingo, mas terei que ir lá para resolver o problema de Marina. Peguei o carro e fui para o banco. Chegando lá, cheguei no Adam, o sub-gerente, que é um grande amigo meu.
Eu : Ei, Adam !
Adam : Fala Tomás. Hoje você não trabalha, esqueceu ? - Disse rindo.
Eu : Não vim para trabalhar não. - Ri também. - Você se lembra da Marina ? Que trabalhou um ano aqui quando eu entrei e tal ?
Adam : Marina Ferraz ?
Eu : Isso.
Adam : Me lembro sim. O que tem ela ?
Eu : Então, é que ela voltou para o Rio, e precisa de um trabalho. Queria saber se você tem como arranjar alguma vaga. Ela precisa muito de um trabalho.
Adam : Por que ? Ela esta endividada ou algo assim ?
Eu : Ainda bem que não. Porém ela depende do noivo dela e não quer mais isso.
Adam : Entendo. Vai ser complicado, e pode demorar. Mas verei o que posso fazer.
Eu : Você é demais Adam. Valeu mesmo. Te devo essa !
Adam : Apenas cobro aquela bebida que você me deve, da aposta. Pensa que esqueci ?
Eu : Não sei que aposta. - Dei e ombro e ri da cara dele. - Pode deixar. Próxima folga quitarei isso.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Nossa Amizade
Teen FictionApós seus pais se mudarem para outro país, Layla Miranda acaba indo morar sozinha com seu melhor amigo e responsável, Tomás. Os dois juntos, vivem grandes momentos, e grandes desavenças.