Capítulo 4

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Caralho, e agora ? Como ela me achou ? Nem sei o que faço. To suando frio... Ah merda !

~ Flashback on - Dois anos antes (2013)

Eu : Vou conseguir esse emprego. Eu preciso desse emprego. Não posso sustentar uma casa e uma menina com dinheiro de estágio. Esse emprego aqui no banco tá no papo. - Digo, quando percebo uma mulher entrar.

Puta merda, é a morena mais gata que eu já vi e ... E.. Ela tá vindo pro meu lado ?! Merda, haja naturalmente.
~Le perna cruzada, viro o rosto pro outro lado~
Caralho, to suando. Isso não esta bom.

Xxx : Olá ! Meu nome é Marina. Qual o seu ? Veio para a entrevista também ?

Eu : *Cacete* - Penso. - Oi .. Eeh.. Meu nome é Tomás, e vim sim. Prazer em te conhecer.

Marina : Que nada. Ai, estou nervosa. É minha primeira entrevista e nem sei quantas vagas são. Eles esqueceram de mencionar isso.

Eu : Aah, eu acho que haviam 10 vagas. Mas na semana passada houve uma entrevista para mais experientes, e sobraram duas vagas.

Marina : Mentira ? Ai meu Deus, pelo menos agora os dois tem chances de conseguir.

Eu : Ée, verdade. *Larga de ser bobão Tom.* Então, quantos anos você tem ?

Marina : Eu farei 18 daqui a três dias. E você, quantos anos tem ? É tão fofinho, parece ter uns 15 anos. - Olhei para ela com vergonha... Merda, merda, merda.

Eu : Ah, eu tenho 17. Completei faz pouco mais de um mês.

Marina : Entendo. Ah, tem alguém vindo.

Aplicador : Irei chamar duas pessoas de cada vez. Você e você, venham. - Ele aponta para mim e Marina.

Nos levantamos e desejamos boa sorte um para o outro.

~ Flashback off

Assim que saímos do banco naquele dia, ela me deu seu número e eu lhe dei o meu. Uma semana depois veio a notícia que os dois haviam conseguido as vagas. Ela pediu para me encontrar para podermos comemorar juntos. No dia seguinte a notícia, fomos almoçar fora e quando deixei ela no ponto de ônibus, não aguentei e a beijei. Pedi passagem com a lingua, que foi assentida com uma pressão entre nossos corpos. Depois disso, nos falavamos todos os dias no trabalho, e depois também. Viramos grandes amigos, e eu me sentia atraído por ela. Ou gostava, não sei. Só sei que eu me sentia ótimo perto dela. Só não consegui a pedir em namoro porque ela começou a namorar um rapaz de sua rua. Mas no ano seguinte ela teve que se mudar para Minas Gerais e saiu do emprego. Mudou de número, então nunca mais nos falamos.

No dia seguinte acordei mais cedo para ver uma roupa legal, e avisar ela que iríamos jantar, ao invés de nos vermos no pouco tempo de almoço. Olhei a roupa e ... Ok ! Mandei a mensagem avisando ela, e vejo Layla na porta me observando.

Layla : Encontro ? - Ela arquea a sobrancelha.

Eu : Apenas uma janta.

Layla : Quem é a da vez ?

Eu : A mesma de sempre. - Ela me olha incrédula. Já sabe quem é.

Layla : Não acredito que ela voltou. E ai, ficou suando frio de novo ? - Diz e começa a rir.

Eu : Fica quieta Layla. Aqui... - Pego a carteira e lhe dou 100 reais. - Almoça fora hoje com a Carol. Já que todo dia vocês comem lasanha e não gostam da minha comida.

Layla : Caaraaaa, você é o melhor amigo e melhor responsável que alguém pode ter ! - Diz me abraçando.

Eu : Tá ôh puxa saco. Se arruma pra ir pra aula logo. Acorda a Carol agora também.

Layla : Puxa saco ? Magoei. Também não elogio mais.

Eu : Então corto seu estoque de Finny no fim do mês.

Layla : Você vai a merda hein Tomás !

Eu : Quem é que ganha o dinheiro aqui ? - Digo rindo.

Layla : Aarrgh, eu te odeio. - Ela bate o pé e sai do quarto.

Eu : Também de amo, Lay do meu coração.

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O dia passa como uma bala e eu já estou correndo pra casa. Tenho que estar no restaurante às 20:00, e já são quase 19:00. Maldito chefe que pediu que eu contasse o dinheiro dele logo hoje.

Chego em casa e vejo Carol e Layla dormindo no sofá. Nem posso zoar elas, tenho que me apressar. Tomo um banho rápido, me visto, penteio o cabelo, passo perfume e escovo os dentes. 19:45. Não resisto, e tive que fazer algo para zoar elas. Pego o celular de Layla para despertar daqui a dois minutos, e saio correndo. Ligo o carro e ouço un grito.

Layla : VOCÊ ME PAGA TOMÁS !

Saio da garagem rindo e corro para o restaurante. Chego lá e me sento na mesa proxima a janela, de costas para a porta. Passasse 10 minutos, e nada. Acho que ela não vem.

Marina : Tomás ?

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