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Pov.Kara

Eu tenho 21 anos, estou no terceiro ano da faculdade dos meus sonhos, não moro mais com meus pais desde dos 18 anos de idade, porque só conseguir a medicina em outra cidade, eles não gostaram muito da ideia mas me apoiaram, o que já está de bom tamanho, sinto saudades deles e até ligo para eles de vez enquanto, mas não é a mesma coisa do que conviver com a pessoa pessoalmente.

Faço faculdade a noite, então são dez e meia, a hora que estou saindo do local, vou andando em direção ao ponto de ônibus, pego o que vai em direção ao meu endereço e me sento no final do automóvel, eu ainda não tenho meu carro, mas já fiz auto escola e passei. Depois de meia hora, solto no meu bairro, vou andando em direção a minha casa, eu poderia morar em um apartamento, porém não gosto muito.

Vou andando em direção ao condomínio, passando perto de um beco escuto um barulho e fico em alerta, está muito escuro, não dava para ver nada, então ando um pouco pra frente e sinto alguém me observando, mordo meu lábio inferior e olho para o local.

- tem alguém aí?- pergunto alto e escuto algo caindo- apareça- falo firme, mas por dentro estou morrendo de medo. Espero a pessoa sair, me deixando completamente surpresa, ao ver uma menina saindo de cabeça baixa, com seu corpo pálido e magro, cabelos bagunçado, machucados pelo corpo e com roupas surradas, me fazendo perceber que ela é uma garota que está ali a muito tempo, meu coração se aperta.

- diculpa, Lee naum quelia axustar voxe, xó está cum fominha- coloca a mão na barriga e sinto meus olhos se marejarem- baiguinha tá dodoi- acaricia a barriga e eu me seguro para não chorar- corpinho dodoi tabem.

- está tudo bem, foi só um susto não de leve- me aproximo dela e parece se assustar dando um passo para trás.

- naum, maxuca a Lee- diz fazendo um biquinho choroso e eu suspiro.

- não irei te machucar, só quero te ajudar- seus olhos se encontram com meu, eles tem a cor mais linda do mundo, um verde intenso.

- Lee...- ela não termina de falar, perdendo o equilíbrio da perna e antes dela cair no chão, consigo sustentar o seu corpinho e a pego no colo, a ajeito em meus braços, peço um uber que chega em minutos, entro dizendo o endereço do hospital e o motorista arranca com o carro.

Chegando no meu destino pago o motorista, saio com um pouco de dificuldade do carro, entro no local, quando os enfermeiros me veem com ela nos braços, a levam para sala de emergência e eu fico na sala de espera, aflita e preocupada, espero que não seja nada grave. Fiquei horas esperando alguém vim, até que uma médica caminha em minha direção e fica em pé em minha frente, automaticamente me levanto.

- como ela está Doutora?- ajeito minha bolsa em meu ombro.

- agora está bem na medida do possível, ela teve uma intoxicação alimentar e Alergia a algum alimento que saiu para fora, fizemos todos os exames e estamos esperando sair o resultado dos outros, ela reagiu bem aos medicamentos, o que é bom, ficará de observação hoje e amanhã, para ver qual será os resultados- diz e me entrega uma receita- receitei esse antibiótico e analgésico para quando ela ter alta, começar a administrar em casa, está tudo direitinho e explicando quantas vezes ela tem que tomar os remédios- assinto e guardo o papel na bolsa.

- posso vê-la, Doutora Grey- pergunto lendo seu jaleco e ela assinte começando a caminhar pelos corredores.

- ela está no quarto 115, está no soro com antibiótico e analgésicos para dor- assim que chegamos, ela abre a porta do quarto para mim e eu entro- ela só acordará amanhã.

- tá bom, obrigada- digo e me sento na poltrona ao lado de sua cama observando a mesma, ela dormia profundamente, com a respiração calma e o rosto angelical sereno. Uma coisa que não saiu da minha cabeça, foi o jeitinho como ela falou, já ouvi dizer sobre pessoas com infantilismo, mas nunca pesquisei muito a respeito, pego o meu celular e pesquiso sobre, preciso saber de tudo, para cuidar da pequena do jeito que ela merece.

Lendo o que é, parece ser uma coisa muito interessante, eu desejei ser médica para fazer uma pesquisa sobre determinados assuntos, agora eu sei sobre o que pesquisar no futuro e me aprofundar no assunto, agora é minha meta, muitas pessoas ver infantilismo como uma grande bobeira, mas é uma patologia como outra qualquer, onde a pessoa precisa ser cuidada, respeitada e receber muito amor, dói o coração ver uma pessoa não só infantilista, mas com outras doenças, serem abandonadas pelos pais ou menosprezadas por terem nascido ou desenvolvido alguma doença, são pessoas especiais que merecem uma atenção especial e eu estou decidida a cuidar da pequena e não deixa-lá sofrer.

Percebi que não iria conseguir dormir, então me levanto, acaricio o rostinho da mesma, peço para a enfermeira ficar de olho na Lee, saio do hospital, peço um táxi, vou em casa, tomo um banho, troco de roupas e como alguma coisa, perto do condomínio tem uma farmácia 24 horas, então compro os remédios para deixar em casa, vou até um supermercado que também fica aberto 24 horas, compro algumas chupetas, mamadeiras, pratinhos de bebê, copinhos com tampa, colônias sem álcool, sabonetes líquidos, kits de shampoo e condicionador, cremes para pentear, pente e escova de cabelo, prendores de cabelo, escovas de dentes e pastas, a maioria dessas coisas para bebês ou crianças, levo tudo para o caixa onde pago e vou para casa, onde guardo tudo no quarto de hóspedes que estava vazio, tenho que comprar algo para ela vestir no hospital mas eu faço isso amanhã, pego uma bolsa minha onde coloco uma das chupetas, escova de dente e pasta de dente, shampoo e condicionador com cheirinho de melancia, colônia, creme de pentear, pente e escova de cabelo e prendendo de cabelo, fecho a bolsa e volto para o hospital, deixo as coisas dentro do armário que tinha ali no quarto, coloco meu celular para carregar e inclico a poltrona logo dormindo.
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Hey meus amores, vocês me pediram uma fic infantilista onde Lee é a baby, então aqui está. Espero que vocês gostem e divirtam-se.

I Love You, Mommy❤Onde histórias criam vida. Descubra agora